quarta-feira, 25 de maio de 2011

Vamos votar em quê?

Estamos a poucos dias das eleições legislativas, isto é, do dia em que iremos votar, escolher, aprovar uma proposta, um programa da gestão da vida pública, de todos nós, durante uns pares de anos.

Acerca disso, surge a notícia de que Loução diz que Governo e PSD "fogem como o diabo da cruz" de apresentar propostas, o que, por corresponder à realidade, nos deixa perplexos e a pensar que o melhor voto poderá ser em branco. Se são apresentadas propostas, não temos garantias de serem concretizadas, como tem acontecido com todas as promessas de políticos, mas na ausência delas ficamos sem nada que nos oriente o voto, que acabará por ser um cheque em branco, uma procuração com plenos poderes para tudo o que possa passar pelas mentes perturbadas dos políticos eleitos e daqueles que lhes puxarem pela arreata.

Nenhuma pessoa em pleno uso da razão passa uma declaração com plenos poderes a alguém em quem não deposita inteira confiança assente em provas dadas num passado honesto.

O mal parece não ser de um ou de outro partido mas do sistema que começou mal, com uma Constituição elaborada em momento conturbado, e que tem conduzido a vícios e manhas de todos os político em prejuízo dos portugueses comuns. Vale a pena ouvir com atenção as palavras de Carlos Coelho que mostrou ser um observador imparcial, esclarecido e que usa palavras que todos podem compreender.

Imagem do PÚBLICO

4 comentários:

José Lopes disse...

Temos que reconhecer que é difícil a alguns partidos (PS, PSD e CDS) apresentar um programa que os distinga dos outros quando estão enfeudados a um mesmo compromisso com a troika. Esta campanha eleitoral é uma farsa onde pouco se diz com clareza e muito se esconde, ainda que esteja no compromisso feito com a troika.
Cumps

Fenix disse...

Caro João,

O sr. Carlos Coelho consegue baralhar-me, pois sendo o discurso dele no Prós e Contras, revolucionário, não se coaduna com o que escreveu em 2007:

http://www.ivity-corp.com/pdfs/4made%20in%20chic%20china.pdf

A menos que a revolução que ele defende seja na peugada do ultraliberalismo....pois querer que Portugal siga o exemplo da China, convenhamos...ou fui eu que percebi mal?!

Abraço
Ana

André Miguel disse...

Quando a desinformação reina sobre o esclarecimento maus augurios se abatem sobre a nação.

A. João Soares disse...

Caros comentadores,

Desinformação, contradições, ocultação do essencial... e andam a aliciar o povinho a ir votar sem saber em quê.
Não será de estranhar que a abstenção aumente astronomicamente. Se ao menos, em vez de se absterem, fossem votar em branco, isso teria o significado de condenação do actual regime e poderia ser uma pressão para se alterar a Constituição, em profundidade.
Só depois veremos como os eleitores reagirão. Prognósticos só depois do dia 5!!!

Cumprimentos
João