segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

A Nova Era já chegou

Há realmente coincidências, ou acasos felizes. Depois do post «Já estamos na Nova Era» , que fez meditar muitos leitores, recebi agora por e-mail o seguinte texto muito interessante que deixo para os amigos apreciarem. Nada é imutável na Natureza e devemos estar preparados para a revolução e, na medida do possível, colaborarmos adaptando-nos às mudanças.

Caro João: Descobri você, meio por acaso, aqui no Google, e achei que podia enviar-lhe este texto (Sérias coincidências, resumo de conversas com rapaziada de faculdades aqui no Rio). Vê aí o que você acha. Sou arquiteto e professor universitário aqui no Rio de Janeiro e percebi que temos preocupações semelhantes. Grande abraço! Mauro.

Sérias coincidências.

Não deixa de ser curioso notar estas coincidências na história do desenvolvimento da Raça Humana através dos tempos, com as situações que estão ocorrendo agora, nestes momentos de transição. Planetária? Humana? Dimensional? Tudo junto?

Como informam os pesquisadores, arqueólogos, historiadores, há 2 milhões de anos os seres humanos iniciais viviam principalmente na África centro-oriental em regiões que hoje são o Quênia, Tanzânia, Etiópia. Vejam só: o Quênia, justamente a terra de origem deste novo e surpreendente ser humano tornado presidente da mais poderosa, fascinante e terrível nação do planeta, situada no chamado “Novo Mundo” da época dos descobrimentos. Este novo mundo, do qual fazemos parte os americanos do norte, sul, e do centro, foi percebido pelos europeus e demais povos ao mesmo tempo em que se começou a entender a Terra como um corpo esférico, flutuando no cosmos, girando em torno de si mesma e do Sol.

Uma transição dimensional, - A Terra não era só uma superfície de tamanho não sabido, a Terra é um volume de tamanho definido, e recursos limitados, uma forma tridimensional, não uma superfície bidimensional infinita como pensava de maneira geral a humanidade pré-renascentista.

A consciência desta mudança de percepção dimensional do espaço planetário levou uma tremenda desarrumação às leis, aos poderes, aos ensinamentos, aos conhecimentos, convicções e atitudes aceitos e oficiais daquele tempo. Galileu, para evitar a fogueira, teve que negar o que havia descoberto, os importantes avanços no conhecimento científico daquele período de transição.

Quase 400 anos depois veio a ser absolvido, ou perdoado, pelo Papa João Paulo II, no final do século XX.

Voltando aos tempos ancestrais, sabemos que a humanidade foi saindo do nomadismo, da caça e pesca pela sobrevivência, à medida que foi se entendendo com a Terra e as estações, e como indica Alvin Toffler, deu início à primeira onda civilizatória: a agricultura. Descobriu que podia alimentar-se sem precisar estar em constante movimento atrás da comida. Surgiram então as primeiras cidades do mundo: Ur, Uridur, Babilônia, e outras na região chamada Mesopotâmia, o fértil terreno entre os rios Tigre e Eufrates, justamente onde se situa o atual Iraque. O início da civilização urbana que resultou em nós mesmos, é exatamente onde os atuais trogloditas, os Bushs, os Cheneys, estão querendo acabar com ela, em pleno século XXI. A chegada de um representante do Quênia, início da formação da raça humana, derrubando os trogloditas do império industrial-militar que praticam destruir os lugares onde surgiram as civilizações, parece um recado. Principalmente agora, quando se percebe que a crise civilizatória deste tempo especial que estamos vivendo não é só um impasse econômico, financeiro, religioso ou de raças, isto tudo é conseqüência. Trata-se de uma crise ética civilizatória. A consciência do ser humano posta em cheque.

Ética vem do grego Ethos. Ethos significa morada. A percepção demorou, mas está se dando agora, quando a Raça Humana pela primeira vez penetrou o espaço sideral: o que estamos fazendo, conosco mesmos e com a nossa morada cósmica, o planeta Terra?

Um Galileu de agora, o cientista Albert Einstein na sua Teoria da Relatividade já informou de outra mudança da percepção dimensional: o espaço-tempo, assim chamada por ele a quarta dimensão do espaço. Percorrer o espaço viaja-se no tempo?

Felizmente ninguém se lembrou de botar o Einstein na fogueira, mas estão botando fogo no mundo. Estas mudanças são radicais.

Preparemo-nos. Urge uma nova civilização necessariamente fundada na ética. Já imaginaram no que pode dar isto?

Mauro Halfeld dos Guaranys
Arquiteto-urbanista / Professor Universitário

3 comentários:

Anónimo disse...

Oxalá seja verdade!
É pertinente e muito importante que assim seja.
Mas primeiro seria importante que Ética não fosse uma disciplina opcional nas Universidades. Nos dias de hoje as pessoas nem sabem definir ética.

A. João Soares disse...

Caro AP,
Tenho muito apreço pelas suas ideias que aliam a prática à teoria aos ideais.
A ética antes ou depois? Há uma interactividade entre as causas e os efeitos, desobedecendo muitas vezes ao rigor da cronologia. Pelo que tem sido escrito, a actual camada activa mais jovem, com honrosas excepções, está viciada nos vícios paternos, na ostentação, no TER em vez do SER, na ignorância da ÉTICA e na adoração do dinheiro. Não se espera, por isso, dos actuais dirigentes que a Ética passe a ser estudada e segida.
Mas já fortes sinais de que os actuais adolescentes começam a estar conscientes de que têm de ser eles a construir um mundo novo em que poderão viver no culto de valores de ética e de amor ao ser vivo. São eles que irão valorizar a ÉTICA. A construção da Nova Era tem de ser trabalho deles e eles serão os primeiros beneficiados com isso.
Não é por mera coincidência que Barak Obama foi eleito e toma amanhã posse, com os aplausos e as esperanças de todo o mundo. Este acaso insere-se na máquina do movimento sinusoidal, dos altos e baixos da Natureza. Estamos a iniciar uma subida, a entrar numa Nova Era.
Não podemos perder tempo nem o comboio. Há que acelerar as boas reformas que não são as dos actuais governantes viciados num passado de corrupção, vício e vil materialismo ambicioso e desumano.
Um abraço
A. João Soares

Paula Raposo disse...

Uma interessantíssima reflexão que muito gostei de ler. Beijos.