Mais uma vez, tenho imenso prazer em aqui salientar casos muito esperançosos vindos, de gente jovem, gente de onde sairão os futuros governantes, gestores e dirigentes.
Universitários substituem férias por voluntariado em Maputo. São estudantes de Economia Universidade Nova de Lisboa (UNL) que vão ensinar num curso de Verão em Moçambique, experiência que já vem dos últimos anos.
Vão passar naquele País dois meses em contacto íntimo com estudantes locais, recebendo experiência dos contactos com realidades novas e ensinando coisas que são novas para os naturais daquelas paragens. Acaba por ser uma simbiose com interesse para as duas partes, de que resultam amizades que poderão ser muito úteis para o futuro de todos.
Ao todo, são 16 os jovens (entre 21 e 24 anos, de quatro faculdades) que irão a Maputo participar numa original experiência que já teve três edições. Alguns já participaram antes e ficaram com gosto de voltar.
O Programa Universitários em Maputo (Pumap) é uma iniciativa da Associação Humanitária para a Educação e Apoio ao Desenvolvimento (AHEAD), ligada à Faculdade de Economia da UNL. A ideia é transformar os estudantes em monitores responsáveis por um curso de Verão na Universidade Eduardo Mondlane, na capital moçambicana. O grupo ensina cadeiras de direito e gestão, e, além disso, alguns dos monitores trabalham numa escola primária dos arredores de Maputo, enquanto outros dão cursos de prevenção de HIV/Sida.
Este ano, além das faculdades de economia e de direito da UNL, participam as de ciências sociais e de medicina da mesma universidade. Os estudantes levam os seus próprios livros e sebentas, com os moçambicanos a fornecerem algum apoio logístico (por exemplo, fotocópias).
A experiência que vão ganhar é a vantagem mais referida pelos participantes. O contacto com a vida local, desde os transportes públicos ao alojamento e à alimentação, são enriquecedores para quem está a amadurecer na compreensão da humanidade diversificada e a quebrar barreiras sociais. É importante aprender a ser útil, no terreno.
A Decisão do TEDH (399)
Há 3 minutos
2 comentários:
Que pena este tipo de intercambio se verificar só em Moçambique, quando seria óptimo que tal se estendesse por todas as novas nações de lingua portuguesa! Seria uma forma de se continuar a aprofundar uma ligação já existente,com benefício para todos. Mas do mal o menos pois em Moçambique isso já está a acontecer há pelo menos 3 anos e com bons resultados. Valha-nos isso!!!
Amigo Luís,
É como dizes. É pena que tenha começado só há três anos,é pena que seja apenas em Moçambique, é pena que seja apenas a Universidade Nova de Lisboa. E as outras universidades? e os outros PALOPs?
Mas já é bom ter-se começado com este intercâmbio de jovens e a troca de saberes e de experiência. É bom ter-se começado porque, assim, já será mais fácil intensificar movimento tão positivo. Oxalá não haja partidos a politizar esta acção que, para ser verdadeiramente generosa, deve ser apartidária e isenta do ponto de vista de ideologias extremas. Será bom que eles pensem pela própria cabeça sem serem pressionados.
Um abraço
João
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