Costuma ouvir-se dizer que a Igreja e as Forças Armadas são as instituições que mais têm sabido resistir às dificuldades dos tempos e mantido as suas características próprias. Isso não acontece por acaso, mas a sua organização com hierarquia bem definida e disciplina de funcionamento adequadas, vão vencendo as crises exteriores, e continuam.
Mas a Igreja, não espera por milagres de modernização e actualização de procedimentos e dá uma boa lição aos organismos oficiais e até a empresas que se mostram avessos à adaptação aos mais modernos meios de gestão e demoram a aderir à melhores formas de actuar, sem perder a coerência com valores e princípios que devem ser mantidos imutáveis.
A vida moderna torna a gestão das organizações cada vez mais complexa exigindo sensatez na luta pela simplificação sem perda de eficácia e, por isso os «Bispos estudam liderança para administrar dioceses». Não lhes foi difícil encontrar mestres com conhecimentos práticos, pois gestores católicos voluntariaram-se para ensinar os prelados.
Os bispos portugueses reuniram-se em Fátima para estudar gestão e liderança, de modo a integrar na administração das dioceses normas similares às que são usadas pelas empresas na economia de mercado.
Sem nunca serem perdidos de vista os "critérios evangélicos e pastorais", procura fazer o enquadramento global "em ordem a uma gestão de recursos humanos e de administração dos bens da Igreja" atendendo a que "a Igreja é produtora de bens e serviços, mas não se compara a uma empresa que age num contexto de mercado".
Actualmente, no dia-a-dia, as dioceses confrontam-se com desafios no que respeita a gestão quotidiana que exigem a modernização da organização operativa e "é preciso delegar para se governar melhor".
São colocadas três perguntas para reflexão:
- É possível usar os conceitos gerais que valem para qualquer instituição produtora de bens e serviços?;
- «Como conjugar qualidade, eficiência e rentabilidade económica no contexto da organização eclesiástica?»
- «como promover, numa situação eclesial, os valores da dedicação, do profissionalismo e da criatividade que distinguem uma empresa?".
Quanto ao conceito de liderança, é referido o exemplo de Jesus Cristo que "lava os pés aos apóstolos" que corresponde a características fundamentais de qualquer líder: "O líder como servo, pastor e administrador". O líder como um membro da equipa que em relação aos outros tem maior responsabilidade de motivar e conduzir as vontades para um objectivo comum.
A Decisão do TEDH (397)
Há 2 horas
2 comentários:
Jesus Cristo como Lider deu sempre o EXEMPLO! A humildade por ele sempre manifestada devia ser agora seguida pelos actuais lideres terrenos, mas estes infelizmente só dão exemplos de arrogância, de vaidades e de prepotência. No fundo não são deteem é o poder. Na Vida devemos Ser para Ter! E não o contrário.... Hoje em dia luta-se por todas as formas, lícitas ou ilícitas, para se ter para dessa forma aparentarem ser! Efectivamente a Igreja dá um bom exemplo como se deve proceder!
Caro Luís,
Os bispos pensam a sério e reconhecem que o mudo mudou e as tarefas das dioceses tornaram-se mais complexas e beneficiarão com modernos métodos de gestão. Vão humildemente, como deve ir quem quer aprender, aos que sabem para com eles aprenderem a modernizar os seus serviços. É este exemplo que os políticos deveriam seguir, mas para eles não é fácil porque lhes falta conhecimentos de base para aprender e falta-lhes a humildade de quem quer aprender, isto é, a convicção de que não sabem o suficiente e precisam de se aperfeiçoar. Ora eles, com a sua arrogância, não admitem que precisam de aprender seja o que for!
Um abraço
João
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