Sua Santidade o Papa Bento XVI, durante a sua visita aos EUA apelou ontem a esta grande potência para "apoiarem os persistentes esforços da diplomacia internacional na resolução dos conflitos".
Para concretizar a sua recusa ao conflito musculado e o apoio à resolução pacífica das divergências, Bento XVI efectua um gesto de ecumenismo, de respeito pelas outras religiões, na continuação do seu antecessor e, em Nova Iorque, será o primeiro Papa a entrar numa sinagoga (em Park East, em Nova Iorque).
Quanto ao uso da diplomacia em vez do conflito bélico, não apresentou uma ideia nova mas, com a sua sabedoria e a experiência obtida pela permanente observação deste mundo de loucos, não quis perder a oportunidade de o afirmar no momento e local mais aconselhados para ser mais ouvido pelo mundo e, principalmente, pelos responsáveis pela potência militar e económica que maior uso tem feito das soluções bélicas para conflitos que poderiam e deveriam ser equacionados e resolvidos à mesa de conversações diplomáticas.
Recordo que, neste espaço de reflexão, este tema já aqui foi abordado, de uma forma ou de outra, sempre por estímulo de casos reais trazidos pela Comunicação Social. Para facilidade de consulta pelos interessados, fica aqui uma lista. «linkada» por ordem cronológica, de alguns posts.
20-06-2007. A Paz como valor supremo
21-06-2007. Paz pela negociação
15-07-2007. Guerra a pior forma de resolver conflitos
27-07-2007. A Paz pelas conversações
12-12-2007. ONU desrespeitada
28-12-2007. O mundo estará doente?
05-01-2008. Paz. Ocidente. Continentes. Futuro
09-01-2008. Vulnerabilidades da ONU
04-02-2008. Crises em África
17-02-2008. Negociar, coligar em vez de utilizar as armas
07-03-2008. Terroristas, dissidentes ou apenas oposição?
quinta-feira, 17 de abril de 2008
O Papa exorta à diplomacia em vez de bombas
Publicada por A. João Soares à(s) 17:07
Etiquetas: diplomacia, paz, violência
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4 comentários:
Só em situações limite deverão ser utilizados os meios bélicos e não como até agora que por "dá cá aquela palha" o fazem! E aí tenho a referir que não só os EUA como aqueles que estão contra eles. Estão as duas frentes (uns com forças convencionais os outros com terrorismo)degladiando-se e envolvendo outros estados nessa guerra absurda que tanto mal tem trazido ao Mundo. Haja, portanto, quem tente pôr cobro a tanta desgraça e traga Paz ao Mundo. Infelizmente sinto que é uma missão inglória pois ambas as partes já se empenharam tanto que dificilmente farão "marcha a trás" nas suas atitudes.
Soares da Cunha
É importante que o Papa vá pedir a Bush que seja mais diplomata, e menos bélico.
Oxalá isso lhe entre na cabeça, para que o mundo tenha alguns momentos de paz.
Um abraço
Compadre Alentejano
Caro Soares da Cunha,
Nunca devemos perder a esperança de as pessoas com responsabilidade melhorarem os seus comportamentos. No título falei de bombas e não de mísseis, por ser mais abrangente. Toda a violência deve ser condenada, porque causa mais destruições do que benefícios e estes acabam por ficar muito caros em vidas e recursos.
Cabe aos mais poderosos dar a mão para as conversações, porque lhes é mais fácil fazer pequenas cedências a fim de chegar a uma solução sem desgastes desnecessários, evitáveis.
O mal reside na teimosia e na desmedida ambição de vitória a qualquer custo. E estes custos não são sentidos pelos governantes, mas sim pelos inocentes cidadãos.
Haja serenidade e inteligência para que o mundo seja mais pacífico e colaborante para a felicidade colectiva.
Abraço
A. João Soares
Compadre Alentejano,
Como deixei no comentário anterior, a iniciativa do diálogo, da negociação, por via diplomática deve partir dos mais poderosos. Fazerem menos uso da ameaça militar, dá mais confiança ao mundo, mas é necessários que a diplomacia estabeleça regras informais de bom entendimento. Nisso há muito que esperar da ONU, se bem que tem sido muito pouco eficaz. O seu funcionamento não promete grandes esperanças, como mostram exemplos antigos e actuais.
Abraço
A. João Soares
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