Circula um e-mail que mostra uma imagem em que se vê claramente o assoreamento ao longo da ponte Vasco da Gama.
Olhando para ele com serenidade, não é difícil pensar que dentro em pouco o rio será atravessado por uma barreira que reduzirá a capacidade de a água em quantidades semelhantes às de passado recente. O LNEC precisa de gente nova e meios para estudar este caso e outros semelhantes.
São sintetizadas as seguintes conclusões:
- o LNEC não previu este assoreamento da Vasco da Gama.
- o LNEC não previu que, como consequência, com um pouco mais de chuva, Sacavém fica submersa.
- o LNEC tem de ser deixado prever como é que o assoreamento da próxima ponte e tão perto da Vasco da Gama vai entupir o Tejo.
- o LNEC não teve tempo para estudar os efeitos de barreira que o assoreamento de duas pontes vai trazer ao caudal imenso do rio e das suas marés.
- o LNEC não pode ter tido a serenidade para estudar este factor que nos esta a comprar uma catastrofe.
- o LNEC não tem tido renovação de quadros
- o LNEC não teve tempo para estudar.
Dêm-lhe tempo, gente nova, meios novos e serenidade para estudar.
Não compremos uma desgraça a muito curto prazo com o assoreamento total do curso do Tejo
Pontos de vista:
Só?!
Fizeram a Vasco da Gama para ajudar a aliviar a circulação na ponte que já existia.
Qual foi o resultado?
Agora, com a mesma intenção – dizem –, querem fazer outra quase colada à segunda!
Qual será o resultado?
Poderá ser só corrupção ou não será também uma boa dose de estupidite? Parece que só à lambada seria possível sacudir-lhes a mioleira podre.
Se repararmos bem e não só na superfície, notaremos que salvo raras excepções o resto da população, empresas, etc., não vai melhor. Que teria provocado este atraso mental geral? Não será consequência de se terem estoirado os fundos europeus destinados a fazer progredir o país de todas as formas, o que mais do que certo teria obrigado as mentalidades a acompanhar. Obrigado, Cavaco & Cia.
De Leão Pelado
A primeira vez que passei a Vasco da Gama, ainda vivia em Espanha, pensei precisamente neste aspecto dada a pouca altura das aguas do rio...não tinha a noção. No entanto, não sendo especialista de pontes, era de prever que os pilares fossem pontos para retenção da muita matéria que as aguas transportam (lamas, terra, areis e matérias mais sólidas ) transformando-os em pequenas ilhotas ao redor e estas transformarem-se numa barreira. Acabando por entupir o livre curso das águas fazendo com que estas ultrapassem facilmente o normal curso do leito: seja pelas grandes chuvadas, em Portugal seja pelos degelos e chuvadas de Espanha. Penso no perigo para quem viva e tenha casas nessas zonas.
António Delgado
Estas achegas não se referem a queda da ponte.
Apenas demonstram, de forma muito racional, que a ponte Vaso da Gama está a produzir um assoreamento que constituirá uma barragem do Rio Tejo de que resultará, em caso de grandes caudais como os que ocorreram no fim da década de 70, inundações gravíssimas nas regiões marginais.
Já em tempos havia um plano para se abrir o canal da Marateca, que serviria para unir os baixos vales do Tejo e do Sado o que contribuiria para a Marinha poder sair para o mar em caso de bloqueio da foz do Tejo, ou obrigaria o inimigo a ter de bloquear as saídas dos dois rios Tejo e Sado..
Ora, se as duas pontes se associarem em criar dupla barragem à saídas das águia do Tejo, esse canal será aberto, pela força das águas, mas com prejuízo para as populações e as actividades económicas por não ter sido planeado e previsto.
Isto significa que, tanto a ponte Vasco da Gama como a Chelas-Barreiro, são aventura inconscientes sem um estudo completo e rigoroso dos efeitos posteriores sobre o ambiente, de que tanto se fala, mas a que é dada pouca importância.
Este é um tema importante a que vale a pena prestar atenção.
A. João Soares
A Decisão do TEDH (399)
Há 33 minutos
1 comentário:
Afinal, o bom senso parece não ter morrido! Segundo notícias de hoje, a nova ponte será metálica, com poucos pilares no rio, à semelhança da 25 de Abril, o que não irá agravar o assoreamento nem dificultar seriamente o percurso livre das águas.
Evita-se assim a dupla barreira ao caudal de cheia.
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