Parece que, no final das manifestações promovidas pela CGTP como protesto contra as medidas de austeridade do Governo, de 1 de Outubro, foi aprovada uma resolução para ser realizada uma semana de greves e paralisações, entre 20 e 27 de Outubro. Haverá a realização de um vasto conjunto de greves e paralisações nos locais de trabalho dos sectores público e privado”, também estando previstas “acções com expressão de rua”.
A referida a aprovação, nas circunstâncias emocionais existentes, perde «valor» real, fazendo lembrar a unanimidade da aprovação da «lei da rolha» num congresso do PSD, ou da aprovação no Parlamento da «lei de financiamento dos partidos».
Uma tal decisão devia ser precedida de uma metodologia do género da indicada em «pensar antes de decidir». Com efeito, analisando, mesmo que superficialmente, a situação da economia e das finanças do país e a necessidade de aumentar a produção, as exportações, o que obriga a melhorar a competitividade com melhor qualidade dos produtos a exportar, fica a dúvida sobre a racionalidade, a sensatez, de uma semana de greves. Será que pensam dessa forma desenvolver a produção em qualidade e quantidade? Será com greves que se aumenta a riqueza a distribuir pelos cidadãos para lhes aumentar o poder de compra? Tais greves afinal são contra quem e para quê? Como colher benefícios delas? De que forma elas melhorarão o futuro dos nossos filhos e netos?
Sem dúvida, é preciso estarmos atentos às decisões e às promessas dos governantes, criticar o que não estiver correcto e indicar, sugerir, propor, melhores soluções. Porque não organizar reuniões de discussão de problemas concretos e depois apresentar propostas ao Governo e exigir que sejam por ele devidamente apreciadas? Os trabalhadores conscientes e bem informados poderão e deverão contribuir para um Portugal mais desenvolvido e mais rico, com a riqueza distribuída com melhor justiça social.
Imagem do Google
domingo, 2 de outubro de 2011
Greves contra o quê e para quê?
Publicada por J. Soares à(s) 12:29
Etiquetas: desenvolvimento, greve, justiça social
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