Segundo a notícia de 29 Set, Misericórdias portuguesas em risco de rotura financeira, como ressalta do comunicado do Conselho Nacional da União das Misericórdias Portuguesas
«Um comunicado entregue aos jornalistas, numa conferência de imprensa, nesta quinta-feira, em Lisboa, explica a situação: o número de refeições disponibilizadas nas cantinas sociais aumentou entre 300 a 400 por cento numa população cuja idade média de procura ronda os 40 anos; a capacidade dos familiares comparticiparem os serviços prestados pelas Misericórdias diminuiu em média entre 15 a 20 por cento; e registaram-se atrasos significativos por parte do Estado nos pagamentos das obrigações contratuais assumidas com as Misericórdias, nomeadamente nas Unidades de Cuidados Continuados, “que estão a provocar roturas de tesouraria e incerteza quanto ao futuro”.»
Perante a função social e de saúde que estas instituições têm vindo a desempenhar, suprindo deficiências da máquina estatal, é importante dar-lhes o apoio mais conveniente. Os seus provedores e outros responsáveis devem ser indivíduos com saber e experiência de gestão e uma grande sensibilidade para as pessoas e os seus problemas, principalmente quando se trata de pessoas com acentuadas carências de todos os aspectos da vida real. Devem ser indivíduos com generosidade e despidos de ambições pessoais, que não queiram usar o cargo como trampolim para obtenção de mais fama e proveito. Madre Teresa de Calcutá pode muito bem ser um modelo a seguir
Na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, houve, há uma semana, nomeação de novo provedor e o governo, talvez seguindo o critério atrás referido procedeu à nomeação de Santana Lopes. O tempo e os beneficiados da Santa Casa dirão se a nova equipa vai procurar atingir os melhores objectivos sociais que são ou devem ser apanágio desta Instituição.
Imagem do Público
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