Transcrição de um caso credível recebido por e-mail. Deve haver muitos casos como este, pois pelos vistos há cerca de 30.000 carros e milhares de «boys».
Ele é vogal de uma dessas entidades reguladoras portuguesas - insisto, não é ministro de país rico, é um vogal de entidade reguladora de país pobre - e foi de Lisboa ao Porto a uma reunião.
Foi de avião, o que nem me parece um exagero, embora seja pago pelos meus impostos.
Se ele tem uma função pública é bom que gaste o que é eficaz para a exercer bem: ir de avião é rápido e pode ser económico. Chegado ao Aeroporto de Sá Carneiro, o homem telefonou: "Onde está, sr. Martins?" O Martins é o motorista, saiu mais cedo de Lisboa para estar a horas em Pedras Rubras.
O vogal da entidade reguladora não suporta a auto-estrada A1.
O Martins foi levar o senhor doutor à reunião, esperou por ele, levou-o às compras porque a Baixa portuense é complicada, e foi depositá-lo de volta a Pedras Rubras.
O Martins e o nosso carro regressaram pela auto-estrada a Lisboa. O vogal fez contas pelo relógio e concluiu que o Martins não estaria a tempo na Portela.
Encolheu os ombros e regressou a casa de táxi, o que também detestava, mas há dias em que se tem de fazer sacrifícios.
Na sua crónica nesta edição do DN, o meu camarada Jorge Fiel diz que o Estado tem 28 793 automóveis.
Nunca perceberei por que razão os políticos não sabem apresentar medidas duras. Sócrates, ontem, ter-me-ia convencido se tivesse também anunciado que o Estado passou a ter 28 792 automóveis.
Imagem da Net
A Decisão do TEDH (396)
Há 3 minutos
4 comentários:
A auto-estrada está uma miséria (3 horas?).
O caminho de ferro uma desgraça (também 3 horas. E com bastante conforto).
Tinha mesmo que ir de avião.
Abraço
Caro Pedro Coimbra,
Sem dúvida que não estando na Suécia nem na Grã-Bretanha, o político não pode andar em transportes públicos!!!
Mas fazer deslocar ao Porto o nosso motorista com o nosso carro, para se deslocar do aeroporto à reunião e às compras e voltar ao aeroporto, convenhamos que não é de admirar que estejamos em crise e tenham de espoliar o povo tanto quanto podem.
No Porto podia deslocar-se de táxi, que por isso «não lhe cairiam os parentes na lama».
É o tal deslumbramento dos provincianos arrogantes, ambiciosos, exploradores, sugadores do dinheiro público sem sentido de responsabilidade nem de Estado.
Um abraço
João
Só imagens
Coitado do boy, ele só queria pagar horas extraordinárias ao motorista e fazer a rodagem ao popó.
Cumps
Caro Guardião,
Tive agora um problema técnico que me apagou o texto que tinha escrito e que já não tenho paciência para tentar repetir!
Gostei da justificação com a rodagem do carro, parece a outra que levou um político a ser assediado e a ser presidente de partido e depois PM.
Nem sempre tais assédios são úteis para os portugueses.
Um abraço
João
Só imagens
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