Estando em discussão, como preparação da decisão de escolha do futuro presidente europeu em que um dos candidatos era o inglês Tony Blair, a alemã Angela Merkel desferiu um golpe fatal nesta candidatura com o argumento de que «o cargo deverá ser ocupado por um dirigente de um ‘pequeno ou médio país’».
Merkel não hesitou em dizer que quer um presidente na concepção de chairman – ou facilitador de consensos – embora com peso internacional. E frisou que qualquer que seja o escolhido, mesmo de um pequeno país, terá sempre o peso de falar em nome de 500 milhões de cidadãos. Uma posição muito sensata que certamente será vencedora sem controvérsias.
Esta posição de preferência por um cidadão de um pequeno ou médio país merece ser devidamente enfatizada, por tender a evitar o domínio dos grandes contra os interesses dos pequenos, no conhecido estilo imperial. Igual conceito devia ser tomado em consideração quanto à constituição do Conselho de Segurança (CS) da ONU, em que imperam os países mais ricos com predomínio dos vencedores da II Guerra Mundial já terminada há 64 anos e ainda a produzir efeitos nos mais pequenos, mantidos em regime próximo do colonial.
Por exemplo, fala-se de «não proliferação de armas nucleares», em vez de falar de eliminação de todas as armas nucleares, o que seria a decisão mais lógica e sensata dada o perigo que tais armas representam para a humanidade. Sendo assim tão perigosas, o que leva a evitar a proliferação, fica a interrogação porque é que os poderosos continuam a manter os seus arsenais?
A Decisão do TEDH (397)
Há 2 horas
2 comentários:
Amigo João Soares,
G O S T E I !!!Qual Blair, qual carapuça!.
Um abraço.
Maria Letra
Querida Mizita,
Nem ponho a questão da pessoa, concordo com a Angela Merkel, quanto a evitar dar todos os cordelinhos aos países poderosos. Esse princípio é usado pela ONU na nomeação do Secretário Geral e nas agências humanitárias e sociais. Só é pena que no Conselho se Segurança só estejam grandes e ricos. Outra desgraça mundial são os G-8 e G-20 que cozinham a seu gosto a exploração do mundo a seu favor espezinhando os pobres que não têm condições de se fazerem ouvir.
Fazem falta organizações como as antigas dos «não alinhados» e do «terceiro mundo». Parece que os pobres se acanham de se assumir, para se defenderem da exploração gerada pela globalização e extrema ambição dos poderosos.
Beijos
João
Enviar um comentário