Agora podemos respirar e descer à moralidade. Esperemos que sim, que acabem as manobras de «assassinatos políticos, as rasteiras, as ofensas por erros ou defeitos pessoais, para denegrir o adversário. Como escreve António Manuel Pina, «Os comedores de carne eleitoral regressarão agora, durante uns anos, aos seus gabinetes ou refugiar-se-ão, ressentidos, nos obscuros tugúrios da oposição, das TV e dos jornais desaparecerá a palavrosa e astrológica subespécie dos politólogos e os cidadãos poderão voltar a frequentar as ruas sem serem agredidos por cartazes, discursos, beijos, arruadas e caravanas automóvel com música pimba aos berros. O país regressará à "normalidade" de sempre, a da miséria, da corrupção e do incumprimento das promessas, mas, pelo menos, durante algum tempo, ninguém nos pedirá (ou, se calhar ir por diante a vontade do imperador dos Açores, nos exigirá) que ratifiquemos tudo isso.»
Já que durante o espectáculo, por vezes degradante, pouco ou nada se analisou da situação interna de Portugal, dos portugueses, principalmente dos mais carentes, leia-se o muito que por aqui se encontra escrito e, principalmente, de forra mais elaborada o post de Pedro Faria «Os maiores problemas de momento».
Mas é preciso que a nova temporada se inicie de forma mais positiva do que a visão de Pina. No post «Momento de mudança» de 28 de Setembro, apresentava-se um primeiro esboço que merece ser desenvolvido, na metodologia das acções a levar a cabo para que Portugal corrija muitos dos erros detectados e seja reconstruído para benefício dos portugueses e prestígio internacional do País.
Oxalá a nova temporada comece com os melhores augúrios com todos os partidos a colocarem Portugal sempre acima dos interesses dos políticos quer individualmente quer dos partidos.
O dia mais longo do ano
Há 3 horas
4 comentários:
Caro João,
A Esperança é a última coisa a morrer e assim sendo tal como tu espero que os "ventos de mudança" finalmente apareçam e limpem toda esta "porcaria" que por aqui tem passado!
Um forte abraço.
Caro Amigo Luís,
Estamos em democracia, o que significa que o cidadão é soberano, o que dá direitos e deveres.
Um DEVER é não se limitar a esperar, a dormir, que os ventos de mudança surjam, é preciso contribuir para que eles comecem a soprar sem detenças. É preciso sugerir, pressionar, e fazer ruído para que as pessoas acordem e exerçam este dever, para poderem ter direitos.
Se os políticos não reagirem positivamente a sugestões e pressões pacíficas, acabarão por ser vítimas de reacções violentas do povo insatisfeito. Será, sem dúvida, melhor mudar pacificamente e essa é a minha esperança. Uma esperança infelizmente moderada e preocupada. Temo que a violência possa eclodir de forma indesejável.
Um abraço
João
"Oxalá a nova temporada comece com os melhores augúrios com todos os partidos a colocarem Portugal sempre acima dos interesses dos políticos quer individualmente quer dos partidos."
carissimo joao... infelizmente nao acredito que esse desejo seu e de todos se concretize!
Caro Bruno,
Nada na vida é a preto e branco, havendo imensas tonalidades de cinzento e de outras cores. Não se pode viver totalmente incrédulo ou totalmente esperançoso.
Não acredita na total dedicação dos políticos aos interesses nacionais. Isso é realismo e clareza de ideias. Se para eles a política fosse sacrifício não teriam feito tanto esforço nas campanhas eleitorais para obterem os votos que lhes hão-de trazer notoriedade,visibilidade, poder, fama e, principalmente (o valor mais idolatrado por eles) a riqueza fácil, rápida e elevada.
Salvo eventuais excepções, eles darão prioridade aos interesses individuais e aos do partido e, como reais «yes men», estarão sempre de acordo com os chefes que poderão emitir avaliações de desempenho, úteis para futuras nomeações. Estão neste caso os assessores que nunca levantam objecções ou dão sensatos conselhos para as decisões importantes.
Abraço
João
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