18 por cento dos portugueses são pobres e a situação tende a piorar
Público. 16.10.2009. Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza
O Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza assinala-se sábado, numa altura em que 18 por cento dos portugueses são pobres. Uma realidade que as instituições de apoio social dizem estar a agravar-se.
Segundo a Assistência Médica Internacional (AMI), os seus centros Porta Amiga apoiaram no primeiro semestre deste ano mais 10 por cento de pessoas do que no mesmo período do ano anterior.
"Estes valores demonstram uma nítida tendência para um crescente número de casos de pobreza persistente. A grande maioria destas pessoas encontra-se em plena idade activa, entre os 21 e os 59 anos de idade", pode ler-se num comunicado daquela organização. (Para ler todo o artigo faça clique aqui)
NOTA: Isto é chocante por evidenciar uma falta de sensatez e de equilíbrio por parte dos responsáveis políticos, pois enquanto a população mais desprotegida tem de se resignar a esperar a morte por inanidade, os políticos e seus compadres do BPN, do sector automóvel (ver aqui) e de outras organizações poderosas dos sectores económico e financeiro chupam à larga do dinheiro público.
Dos dinheiros que nos sacam quem vai beneficiar são os já ricos, os que recebem milhões de «prémio de produtividade» mesmo que a empresa tenha prejuízos por má gestão.
CONCORRÊNCIA DESLEAL
Há 17 minutos
8 comentários:
Caro JOão,
Conforme terminei o meu comentário no post dos contrastes o que se passa em todo o mundo é isso: os ricos cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres e em maior quantidade! Acabou-se a chamada "classe média" que era um tampão a esta miséria generalizada, na medida que era um degrau para os pobres poderem subir da pobreza em que viviam. Agora isso acabou ou se é rico ou se é pobre e o salto duma situação à outra cria a apetência da corrupção! É A MISÉRIA EM TODA A SUA EXTENÇÃO!!!
Um abraço.
Caro Luís,
Concordo e reitero o que deixei em comentários nos postas anterior e seguinte.
Um abraço
João
Amigos João Soares e Luís,
É, na verdade, revoltante continuarmos a assistir ao espectáculo degradante dos ricos continuarem a poder sê-lo e os inconscientes continuarem a não ver o que está a passar-se no Globo Terrestre. Estes são os dois pontos chave - sabem-no muito bem e até melhor do que eu - para que continuemos nós, os do "contra" (me parece!), a sofrer, PROFUNDAMENTE, com o que nos rodeia, podendo pouco fazer se não conseguirmos despertar o número dos que, como vem sendo hábito eu dizer, continuam a dormir. Está dentro de mim, bem enraizada, a não-indiferença a tudo e, portanto, sofro. Até quando?
Um abraço e bom domingo.
Maria Letra
Querida Mizita,
Não me considero do contra; sou a favor, pro, por um Portugal maia civilizado com os cidadãos mais felizes, com melhores condições de vida. Neste momento quem é contra são os políticos da oposição que são contra o Governo, mas sem terem nada, nem um pensamento abnegado, a favor de Portugal.
Nada acontece por acaso e é sempre possível encontrar as causas do bem e do mal, mas o conhecimento das causas não nos deve conformar com os factos negativos, antes pelo contrário, deve servir de impulso para a procura de soluções para acabar com aquilo que é negativo e socialmente injusto.
É preciso garantir dignidade a todos. Não significa que se premeie o desleixo e a incúria dos pobres com a acumulação de subsídios, mas sim dar-lhes orientações e condições para eles contribuírem para melhorar as suas condições de vida: esclarecimento, mentalização, organização e enquadramento técnico, e o financiamento equilibrado e indispensável.
Se é certo que muitos pobres nada fazem para melhorar a sua vida, acomodando-se a um fatalismo doentio e à «comodidade» do subsídio, há muitos que querem produzir mas não beneficiam de apoio de formação escolar e cultural e de enquadramento técnico compatível. E, pelo contrário, são vítimas da avidez e ambição desmedida de pessoas desonestas que não olham a meios para enriquecerem o máximo à custa de qualquer um. Os que enriquecem sem mérito mas apenas por «habilidades», tráficos, negociatas, corrupção, devem ser socialmente condenados.
Um grande mal é que o povo os elege como modelares, porque a perversão de valores mede o mérito pala fortuna acumulada e os seus sinais aparentes. Veja-se o resultado das eleições autárquicas.
Beijos
João
Bons Amigos,
Eu também não sou nem nunca fui do "contra" sou efectivamente a favor do bem de todos nós e por uma sociedade mais igualitária, onde as "espertezas" de alguns acabem de vez! Onde as pessoas tenham à partida as mesmas "chances" ainda que nem todos possam chegar em primeiro no final da sua corrida pela vida! Há sempre que considerar que nem todos se interessam da mesma maneira nem usam as suas qualidades da melhor forma, mas terão sempre as mesmas oportunidades e assim devem aproveitá-las!
Um abraço.
Amigo João Soares e Luís,
Eu ESPERO terem percebido o sentido da palavra "contra", que eu usei colocando-a entre aspas. Pelo Vosso comentário, não me pareceu, pois imediatamente me colocaram numa posição de tal forma que me pareceu ter sido excluída do verdadeiro sentido que queria dar ao meu comentário. Claro que eu queria dizer que sou do "contra" quando
- não sou a favor dos ricos estarem cada vez mais ricos.
- não sou a favor da destruição do meio ambiente por pessoas que continuam a negligenciar o princípio que nos impõe devermos respeitar a Natureza, cuidando dela em cada gesto nosso.
Eu, por exemplo, não votaria a favor da re-eleição dum primeiro ministro que, quanto a mim, provou não estar à altura das suas funções. É a minha opinião.
Por favor, agradecia me entendessem desta forma!
Um abraço e boa semana.
Maria Letra
Minha querida Amiga Mizita,
As palavras prestam-se a jogos de ilusão, em que os políticos são mestres e, com isso, enganam todo o mundo! Sem querermos, nós somos arrastados por essa pandemia!
Compreendo bem o que a Mizita queria dizer e, irreverentemente, repito que sou «a favor» da opinião que a amiga evidenciou acerca dos ricos e do meio ambiente. E neste «jogo duplo» acabo de dizer que concordo com aquilo que a Mizita diz ser «contra». Estamos em uníssono, com palavras diferentes!
Querida Mizita, parece que entre nós já não pode haver confusões de palavras que escondam a nossa sintonia na análise dos grandes problemas da nossa sociedade. Só há uma diferença que quero cultivar que é a de me deter no patamar dos conceitos, recusando descer aos pormenores concretos, a não ser para aí encontrar pretextos para dizer umas coisas no geral. É que nesse patamar é mais fácil manter a isenção e a equidistância dos vários actores, sem tomar partido por pessoas, mas sem perder a noção dos aspectos teóricos e abstractos.
Pode ser considerado defeito, mas tem virtualidades que me agradam.
Queira escolher das palavras contra ou a a favor, aquela que mais lhe agrade, e muito obrigado pela sua explicação muito própria da sua frontalidade sem ambiguidades, com transparência inequívoca.
Beijos
João
Amigo João Soares,
Esclarecido que está aquele assunto, deixemos este meu leve jogo de palavras, na verdade susceptível de má interpretação e continuemos na nossa luta.
Um grande abraço amigo.
Maria letra
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