Há poucos dias, foram aqui publicados dois posts «Desleixos trágicos» e «Perigo desprezado», de alerta contra o pouco cuidado com que são encarados os perigos. Um comentador totalmente anónimo, usando de palavras pouco corteses, criticou a intenção do segundo post acabando por dizer em termos fatalistas e provavelmente de braços cruzados, que os «acidentes acontecem».
Ora os acidentes são originados, na maioria dos casos, por erros devidos a distracção, a má preparação, técnica e psíquica ou a falta de cuidado com as máquinas, o que é passível de melhoria por forma a reduzir a probabilidade de ocorrência poupando-se vidas e haveres.
Neste domingo houve «um morto nas estradas». Na véspera, tinha havido «um morto e 27 feridos em despiste de autocarro» que capotou. Destes, «Cinco feridos ainda inspiram muitos cuidados», na manhã de hoje.
Entretanto, como as causas dos acidentes nem sempre residem na incúria dos condutores ou em avaria das máquinas, surgiu hoje um artigo a alertar para que «Ensino falha no cálculo do aquaplaning». E é bem conhecido o perigo de uma camada de água mesmo que ténue na estrada, tornando o carro ingovernável.
Mas os acidentes ocorrem em diversas actividades e, em todos os casos, o cuidado deve ser acrescido para os reduzir ou evitar. Notícia datada de ontem diz que «Acidentes de caça provocaram hoje dois mortos em Vila Real e Chaves» notícia também referida «aqui» o que eleva para «cinco as mortes a lamentar desde o mês de Junho». E não devemos negligenciar que uma vida humana tem elevado valor para os familiares e amigos e para a vida económica nacional.
Portanto, não podemos ser fatalistas ao ponto de aceitar de braços cruzados que tais tragédias se sucedam de forma continuada. No mínimo, devemos tomar precauções e apenas aceitar riscos calculados que sejam justificados pela actividade respectiva.
O regresso de Seguro
Há 21 minutos
4 comentários:
E eu concordo contigo. Beijos.
Querida Paula,
Obrigado pela visita e pelo comentário. Realmente, não há margem para ter uma opinião diferente sobre a necessidade de cuidados para prevenir acidentes. O que custa é encontrar medidas eficazes para obter bons resultados. No texto que transcrevo no post a seguir a este, o autor inclina-se para uma acção de autoridade, repressiva, que desmotive os abusos. Mas até isso é muito duvidoso, pois nem as polícias nem os tribunais são rigorosos quanto baste.
Só podemos cionfir na Srª de Fárima... mas está muitas vezes distraída com outros afazeres.
Beijos
João
Amigo João Soares,
Ela não estará distraída, quanto a mim, com outros afazeres. Talvez até já tivesse tentado fazer um milagre, o problema é que já não há milagre que pegue nas estradas portuguesas. Eu leio cada notícia sobre o agravamento cada vez maior da forma como os portugueses conduzem, que fico desolada. Uma verdadeira desgraça!
Um abraço.
Maria Letra
Querida Mizita,
Neste problema que é muito generalizado e abrange todas as actividades da nossa sociedade, as culpas não estão focadas em pessoas ou instituições específicas, porém a cura terá de começar pela autoridade, pelas polícias e pela Justiça reprimindo todo e qualquer falta de respeito pelos outros, pela lei.
A LIBERTINAGEM tem sido a envolvente da vida nacional, a irresponsabilidade tem levado aos atropelos das mais simples regras de convívio cívico. As pessoas idolatram as próprias liberdades sem pensar nas dos outros sem respeitar os direitos dos que ocupam o espaço ao lado, as mesmas vias.
Essa falta de consciência cívica vai ao exagero de nem sequer respeitarem a própria vida e a dos familiares e amigos.
Há que parar tais excessos.
A continuarmos assim, acabaremos por extinguir o País.
Beijos
João
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