Transcrição do post de Maria Letra Tomé publicado no seu blog Letras Sem Tretas como «trabalho de aplicação» da lição exposta no post aqui colocado antes deste. Um bom exemplo do aproveitamento das lições de bom viver e da regra de que andamos a aprender até morrer. Espero que estas publicações sejam úteis para os visitantes dos blogs.
- Nunca deixei que os medos paralisassem os meus planos e, daí, ter feito algumas asneiras na minha vida. Não basta esperar que sejamos bem sucedidos. É preciso estarmos atentos ao lobo que, infelizmente,espreita em cada esquina.
- Nunca amaldiçoei a minha sorte, nem os lobos que encontrei pelos atalhos. Soube aprender com as lições que a vida me deu. Enchi o peito de ar, o coração de amor e parti para uma nova luta sem pensar mais no passado. Se foi para glória de quem me fez mal, não sei, mas que os desprezo e os bani do meu mundo, isso aconteceu.
- Consciente como sou, nunca culpei ninguém, nem mesmo a minha pessoa, dos meus erros. Já tive oportunidade de dizer que tudo o que fiz na vida foi feito pensando estar a fazer o meu melhor, consequentemente, não me acuso de nada. Reconhecer o erro duma posição tomada não é culparmo-nos dele, mas sim, servirmo-nos dele para corrigir o que esteve mal.
- Não acredito, nunca, que haja alguma coisa escrita nas estrelas. Acredito, isso sim, que somos nós próprios quem rege o caminho a seguirmos. Mais ainda, não acredito que haja um Deus a guiar-nos. Esse Deus, para mim, é o mistério de sabermos, ou não, viver dentro das normas impostas por esse grande sentimento a que chamamos AMOR, de cujo grande mestre é a Natureza.
- O passado não me dita, nem nunca me ditou, outra coisa que não seja/fosse a ‘experiência’ que me ensina/ensinou a escolher o meu caminho em direcção ao futuro. Abomino os estados de ansiedade. Tenho sempre programas para o futuro, os quais vou actualizando sem pensar que o mundo vai acabar amanhã.
- Vivo numa boa sempre que consigo ‘ver-me livre’, tão depressa quanto possível, dos acidentes de percurso, na estrada em que caminho. Abomino os estados de ansiedade e não suporto viver no desgosto de …, seja o que fôr.
- Cabe a mim – e só a mim – aperfeiçoar-me, o que tento fazer tanto quanto possível. A única coisa que, nesse aperfeiçoar-me, não fui ainda capaz de vencer, foi o facto de não conseguir ultrapassar ofensas morais. Quem me ofende, moralmente, é excluído do universo em que vivo. Todo o resto tenho conseguido superar.
- Acreditar que tudo, à minha volta, melhore, seria esperar por que o ovo saísse lá do sítio. Irá levar mais tempo do que aquele que me resta viver.
- Acredito na Energia Universal, superior a tudo e a todos. Não acreditando, porém, no castigo após a morte, levo a minha vida procurando melhorar a minha pessoa, enquanto viva. Embora não seja um exemplo de virtudes, faço o que posso e sei para não dar maus exemplos aos que me cercam.
- A preguiça é um grande inimigo do progresso e da vida. O que disse acima dará a resposta à luta que travo no meu dia-a-dia, pensando sempre no futuro em que acredito. O meu Ter e o meu Haver são valores muito activos, virados mais para o espírito, do que para a matéria. O meu Ter é aquilo que o meu coração tem para dar aos outros e o Haver é o que os outros me dão em troca desse amor. Dado que me dão muito mais do que aquilo que merecerei, tenho um Saldo muito positivo.
- Não tenho razões para ser feliz com a vida, como ela é, neste momento. Tenho, porém, razões para acreditar naquilo que possamos fazer para que ela melhore.
Fecho deste texto: O meu querido amigo João Soares termina este texto de Eustáquio de Sousa aconselhando-nos, muito sabiamente, desta forma:
“Pondere, portanto, ao se decidir pelo caminho que vai tomar pois é você que terá de se haver – sozinho e sempre – com as consequências de cada escolha que fizer.”
Ponderar eu pondero, meu amigo. Há muito que o meu caminho está bem escolhido e até o ‘alcatroei’. O problema é que às vezes, apesar das minhas boas intenções e tomadas de posição, vem cada enxurrada de água, que tenho de usar um barco a remos. Quando a força para remar falha, escolho parar e esperar que a cheia vaze …, o que leva o seu tempo. Só que, depois, tenho de alisar de novo o terreno. Tudo isto leva o seu tempo !…
Um grande abraço.
Maria Letra
A Decisão do TEDH (397)
Há 2 horas
2 comentários:
Meus Bons Amigos,
A "Escolha" é muito boa e reflete uma força muito própria da autora.
A sua forma de viver é assim como que um "marco" para todos nós e exemplo de bem estar neste mundo, por sinal muito desordenado e à revelia do exposto.
Mas se todos nós remássemos para o mesmo lado e, neste caso, para o "escolhido" pela autora o Mundo tomaria o rumo que se impõe para nosso bem,em especial para os nossos descendentes, claro!
Bem Haja!
Caro Luís,
A nossa amiga Mizita pegou muito bem neste texto e desenvolveu-o com um cariz pessoal de forma exemplar.
O texto, como o título fiz, refere essencialmente a nossa responsabilidade por aquilo que nos acontece, em consequência das nossas escolhas, das nossas decisões, pequenas e grandes.
A esse pretexto referi-me num comentário a um livro que já aqui tinha referido há alguns meses. Transcrevo esse pequeno texto:
«Há alguns anos, comprei um livro pelo qual tenho muito apreço - Conversas com Deus, um diálogo invulgar - de Neale Donald Walsch, que já ia da 14ª edição, da editora «Sinais de Fogo».
A propósito da escolha, do livre arbítrio, diz na pág 22: «Não vos obrigarei, contudo, a fazê-lo. Nunca vos coagirei, pois dotei-vos de um livre arbítrio - o poder de fazerem o que quiserem - e jamais vos tirarei isso, jamais».
Portanto a escolha é apenas de cada um de nós e, depois, temos que aguentar o prejuízo ou o beneficio que daí advém. Não convém teimar numa solução só porque nos parece correcta, o que interessa são os resultados obtidos face aos desejados, se forem muito diferentes é preciso voltar a decidir mas da forma que antes nos parecia errada. Não quer dizer que se passe a vida com o método das tentativas e erros, mas é preciso não ser teimoso e estudar com o máximo de profundidade todas as faces do problema para reduzir a possibilidade de erro.
Sem teimosia, mas com convicção baseada na análise, temos que fazer escolhas e, depois, assumir a responsabilidade do resultado.
Não faltam lições. Mas a nossa abertura à aprendizagem séria, é muitas vezes demasiado reduzida.»
Enfim, temos a vida nas nossas mãos e devemos saber gerir as oportunidades. A Amoiga Mizita preocupa-se muito efectivamente em praticar tal filosofia de vida e está felis com isso.
Abraços
João
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