É bom festejarmos aniversários de acontecimentos marcantes, pois permitem, fazer uma análise retrospectiva, uma autocrítica, e sedimentar as conclusões, para delas se retirarem ensinamentos para o futuro.
Faz hoje um ano que nasci na blogosfera, colocando o primeiro post no blog colectivo A Voz do Povo. Para quem não estava familiarizado com a Internet e mal sabia o que é um blog e muito menos o que é inserir posts, fazer comentários, etc., constituiu um desafio aceitar o convite que fora apenas motivado pelo facto de o Jornal de Notícias inserir o meu endereço de e-mail, depois do nome, nas cartas ao director. Fui superando as dificuldades resultantes deste desafio agravadas pela minha ignorância da informática, que começava logo nos rudimentos preliminares, com ajudas e dicas de amigos, nomeadamente, nos primeiros tempos, de Vítor Simões que me tinha convidado.
Foi um ano de experiências variadas e enriquecedoras que fui encarando com a calma de quem utiliza a filosofia de vida de que tudo é transitório, falível, efémero, perecível, volátil e nada merece que desgastemos o nosso equilíbrio psíquico nem abalemos os valores que nos têm servido de suporte nas mais difíceis situações. Estes devem se considerados permanentes embora sujeitos a leituras algo flexíveis para podermos adoptar aquela filosofia.
Antes escrevia para os jornais duas ou três cartas por semana, agora escrevo igual quantidade de posts por dia! Estes têm sobre aquelas a vantagem de não serem cortados e permitirem um diálogo com os visitantes que deixam comentários os quais ajudam a alargar e aprofundar a visão do tema focado. Com o entusiasmo surgido, fui deixando de enviar cartas aos jornais, diminuí o interesse pelos e-mails que se limitam ao envio de anexos sem nada de pessoal e, precisamente há 9 meses, criei um blog, que por lapso no acto criativo, saíram dois, só tendo sido alertado por um amigo, dois meses volvidos, que havia um outro, cujo fabrico pensei tivesse falhado.
Depois deste ano, em que granjeei um bom número de amigos que gostam de olhar para o mundo que nos rodeia, com olhar atento e interessado em compreender as causas e feitos dos acontecimentos, sinto-me satisfeito por ter aceite o convite. O homem sempre se interessou em compreender o que vê, mas hoje, com a globalização e a velocidade com que as interacções ocorrem, o esforço tem que ser mais intenso e alargado, para não sermos atropelados pala voragem das influências que chegam a todo o momento vindas dos mais remotos pontos do globo.
Espero poder continuar a actuar como até aqui, para manter os olhos abertos e estimular os visitantes a não se deixarem embalar pelo canto anestesiante das sereias. Espero e desejo continuar a merecer os comentários dos amigos que me mostram outras visões dos problemas a partir de pontos de vista diferentes e, por vezes, mais incisivas e profundas.
Cumprimento todos os visitantes não identificados e, principalmente, os que aqui deixaram os seus comentários. Continuo a contar convosco.
A Necrose do Frelimo
Há 4 horas
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