Há casos que deviam ser normais e vulgares, mas como, infelizmente, são raros e excepcionais, merecem ser destacados para servirem de exemplo a seguir por todos os de boa vontade. Refiro aqui o post de Beezzblogger, em A Voz do Povo, com o título «Ainda há quem pense nos outros», transcrevendo alguns excertos.
Hoje, dia 20/08/2007, ao ouvir uma notícia no telejornal da TVI, nem queria acreditar, afinal ainda há quem pense nos outros, mesmo que isso implique um pequeno ou grande sacrifício próprio.
Quando, um jovem, ou um homem escolhe uma profissão como a de médico, tem consciência à partida de que se trata de uma actividade Humanitária, de serviço às pessoas em situação difícil, em que é exigido grande esforço emocional e muitas vezes, até, grande desgaste físico.
Cinco administradores do Hospital Pedro Hispano abdicaram da viatura que, por direito, teriam como detentores de um cargo Público (que não é essencial para o desempenho das suas funções), a fim de em alternativa equiparam o Hospital com equipamento próprio para tratamento da epilepsia, uma doença que afecta, infelizmente, mais de 150.000 portugueses.
Estes médicos-gestores, merecem o maior aplauso de todos os Portugueses, pois em detrimento da sua comodidade e bem estar próprio, proporcionarão a milhares de doentes tratamento mais adequado e eficaz no combate a uma doença terrível.
Este tipo de notícias deve ser difundido largamente, pelo que tem de exemplar e de estímulo para que mais detentores de altos cargos públicos, mesmo os nossos governantes, que tanto apregoam a crise, seguíssem este exemplo de Humanismo, e de amor à profissão, abdicando de certas mordomias em prol do bem estar dos demais cidadãos e contribuintes de Portugal.
Bem hajam Senhores Doutores!!!
E bem haja o Beezz por não deixar passar este caso sem a publicidade que merece.
A Decisão do TEDH (399)
Há 30 minutos
4 comentários:
Parece oportuno trazer para aqui um excerto do artigo do jornalista Sérgio de Andrade, no JN de hoje, com o título Médicos.
Os médicos, como todos os hipocondríacos sabem, são uma espécie de semideuses, de feiticeiros da tribo, de barreira contra a Parca. Logo, acabamos por colocá-los num pedestal - e sucede que a alguns a altura lhes sobe à cabeça. E foi pensando nisso que a Administração Regional de Saúde do Norte distribuiu uma circular por esses (e outros) profissionais de saúde, lembrando-lhes algumas normas que deveriam ter bebido do peito das mãezinhas, mas que alguns já esqueceram. São sobretudo questões de relacionamento com os doentes. Embora o tipo de conselhos seja do género dos que se dão às crianças da primária, embora a linguagem utilizada raie os limites do pueril, e daí o mal-estar causado pela circular, a verdade é que esta não surgiu por acaso, resulta de reclamações apresentadas. Tenho encontrado médicos a quem pago a consulta e que me falam do alto da burra. Pergunto-me, portanto, como é que será na «Caixa»...
Em suma talvez a ARSN tenha exagerado um pouco - mas não há mal nenhum em lembrar a certos profissionais de saúde que, de vez em quando, devem descer do Olimpo e que, se podem ser objectores de consciência, também podem, e devem, fazer objecção a qualquer tipo de relacionamento menos próprio com os doentes.
Colo aqui um comentário que fiz noutro blog:
Estas palavras suscitam uma reflexão. Todos queremos que o mundo seja melhor, mais seguro e mais fraterno, com as pessoas a respeitarem-se mais. Mas a maior parte recusa-se a pensar que a melhoria da vida da humanidade não pode ser esperada por milagre, e ninguém tem o direito de desejar que sejam os outros a conseguir esse resultado e trazê-lo a nossa casa. Se a humanidade somos todos nós, cabe a cada, com todas as suas capacidades morais, intelectuais e técnicas, cumprir a sua quota-parte desse dever cívico de melhorar aquilo que estiver ao seu alcance.
Seria tudo muito fácil se todos reflectissem nisto.
Este post em que me baseei é muito feliz porque sublinha a importância de um caso exemplar, a conveniência de vir a deixar de ser um caso raro pra ser normal e vulgar, integrando o comportamento quotidiano de cada um. Um exemplo a seguir.
E, nessa ordem de intenção cívica, sublinha a forma como alguns profissionais sabem encarar a sua missão perante a sociedade. Estes médicos que aqui são citados encaram a sua função como um serviço à colectividade, tratando da melhor forma a saúde daqueles a quem ela falta a fim de a recuperarem e, por esse motivo, recebem a recompensa adequada e justa.
Mas, no pólo oposto, desta mentalidade civicamente elevada, há a maioria dos casos, que todos conhecemos, em todos as profissões, cujo objectivo é ganhar dinheiro para serem ricos, para ostentarem os maiores indícios de abastança. E, para isso, sacrificam-se a ter um emprego que encaram como um frete que os maça.
É esta espécie de gente que tem de mudar de atitudes e comportamento para que o mundo passe a ser pacífico e as pessoas mais felizes. Cabe a cada um o dever de contribuir para isso.
Gostei do que li.Aqui vai um cmentário teste.
Cara Briz,
Agradeço o seu comentário. Dado o êxito do seu teste, espero ver por aqui muitos mais comentários seus.
Cumprimentos.
A. João Soares
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