Entrevista de um professor chinês de economia, sobre a Europa, o Prof. Kuing Yamang, que viveu em França:
1. A sociedade europeia está em vias de se auto-destruir. O seu modelo social é muito exigente em meios financeiros. Mas, ao mesmo tempo, os europeus não querem trabalhar. Só três coisas lhes interessam: lazer/entretenimento, ecologia e futebol na TV! Vivem, portanto, bem acima dos seus meios, porque é preciso pagar estes sonhos de miúdos...
2. Os seus industriais deslocalizam-se porque não estão disponíveis para suportar o custo de trabalho na Europa, os seus impostos e taxas para financiar a sua assistência generalizada.
3. Portanto endividam-se, vivem a crédito. Mas os seus filhos não poderão pagar 'a conta'.
4. Os europeus destruíram, assim, a sua qualidade de vida empobrecendo. Votam orçamentos sempre deficitários. Estão asfixiados pela dívida e não poderão honrá-la.
5. Mas, para além de se endividar, têm outro vício: os seus governos 'sangram' os contribuintes. A Europa detém o recorde mundial da pressão fiscal. É um verdadeiro 'inferno fiscal' para aqueles que criam riqueza.
6. Não compreenderam que não se produz riqueza dividindo e partilhando mas sim trabalhando. Porque quanto mais se reparte esta riqueza limitada menos há para cada um. Aqueles que produzem e criam empregos são punidos por impostos e taxas e aqueles que não trabalham são encorajados por ajudas. É uma inversão de valores.
7. Portanto o seu sistema é perverso e vai implodir por esgotamento e sufocação. A deslocalização da sua capacidade produtiva provoca o abaixamento do seu nível de vida e o aumento do... da China!
8. Dentro de uma ou duas gerações 'nós' (os chineses) iremos ultrapassá-los. Eles tornar-se-ão os nossos pobres. Dar-lhes-emos sacas de arroz...
9. Existe um outro cancro na Europa: existem funcionários a mais, um emprego em cada cinco. Estes funcionários são sedentos de dinheiro público, são de uma grande ineficácia, querem trabalhar o menos possível e apesar das inúmeras vantagens e direitos sociais, estão muitas vezes em greve. Mas os decisores acham que vale mais um funcionário ineficaz do que um
desempregado...
10. Vão (os europeus) direitos a um muro e a alta velocidade...
Imagem da Net
A Decisão do TEDH (399)
Há 36 minutos
4 comentários:
Há um manifesto preconceito ideológico no discurso.
Mas o que é lamentável é que tem substancial razão no que descreve com animosidade sobre a França, extensível a outros países europeus, onde nos incluimos.
Repare-se que não critica a ausência de garantias sociais no seu País,ou das condições remuneratórias que ali existem e são uma das principais sustentações da competitividade em relação ao Ocidente.Seguramente que é coisa que terá alteração mais tarde ou mais cedo.Entretanto:
Quando realça o prevalecimento dos direitos sobre os deveres por estes lados, tem razão.
Havendo descuido, receio que o saco de arroz esteja a caminho
Sem dúvida que se trata de uma visão condicionada pela ambiência com que está sintonizado, um grande país, que apesar de muita miséria no interior, ou talvez por isso, tem crescido a cerca de 10% ao ano.
Mas os nossos exageros estão bem caracterizados e só podem arrastar para um endividamento que causará a miséria de várias das próximas gerações. Estamos viciados nos exageros de viver muito acima do que é possível. Somos o extremo dos trabalhadores mal pagos da China.
Nem num caso nem noutro, mas sim no meio, é que está a virtude. Teremos que mudar de hábitos, e os nossos políticos terão de dar o exemplo e deixar de ser tão opulentos, passando a ser mais comedidos nas suas despesas por conta dos contribuintes. Nos países do Norte da Europa, os deputados e governantes são menos gastadores.
Abraço
João
Só imagens
Caro A. João Soares:
Recebi hoje um e-mail dum grande amigo remetendo para este vosso "post". Eu já o tinha recebido de outra fonte em 2010-10-05.
Transcrevo o que na ocasião divulguei pelos meus "correspondentes".
Saudações,
Rui Vaz Pinto
----- Original Message -----
From: Rui Manuel Vaz Pinto
Sent: Monday, November 08, 2010 1:53 AM
Subject: Youtube falso - A economia Europeia: Uma perspectiva chinesa - Cours d'économie du Vénérable Professeur Kuing Yamang
No passado dia 5 de outubro recebi o vídeo Youtube de 4 minutos (endereço ao fundo), transmitindo uma péssima imagem dos chineses, em total desacordo com a minha experiência de 16 semanas na China, o que me levou a pensar na falsidade da tradução (das legendas em língua francesa), pelo que pedi à sinóloga Dra. Sara Silva o favor de resumir o teor da entrevista. Foi o que ela fez no seu e-mail de 31 de Outubro (a seguir).
No momento em que o Presidente da República Popular da China visita Portugal, parece-me oportuno alertar-vos para estas "correntes criminosas" da internet que impedem o conhecimento dos outros povos e o respeito mútuo, sem os quais a paz mundial não será possível.
Saudações,
Rui Vaz Pinto
----- Original Message -----
From:
To: RuiVazPinto
Sent: Sunday, October 31, 2010 6:43 AM
(...)
A primeira pergunta do entrevistador é "Que produtos é que a China deve fornecer ao mundo agora que ocupa uma posição tão central?", ao que o convidado responde "Será que podemos contribuir com produtos de utilidade pública no que diz respeito às mudanças climáticas ou manutenção da paz?", seguindo-se uma consideração dos dois caminhos que a China tem percorrido nos últimos 20 anos: um orientado para mudar o mundo, outro orientado para encontrar pontos em comum com o mundo, sendo o último mais importante e estando particularmente em voga desde que o Obama "subiu ao palco". O resto da conversa na realidade consiste numa forte auto-crítica, referindo-se o convidado à Expo de Xangai, cujo tema foi a cidade, e cuja importância se prende com a necessidade da população chinesa aprender a ser mais civilizada (citando o feliz exemplo dos japoneses (!) que conseguem estar horas à espera em fila sem que no final deixem o local numa "pocilga"). Em suma, nada a ver com o declínio ou qualquer tipo de crítica arrogante da Europa como as legendas fazem parecer. É pelo contrário um discurso muito politicamente correcto, bastante típico por aqui, tendo em conta os "princípios harmonizadores" do governo chinês (...)
Este Youtube... é preciso muito cuidadinho. Outro vídeo que tem de ser completamente desconstruído é este: http://www.youtube.com/watch?v=OTSQozWP-rM (note-se especialmente que é um anúncio americano!)
(..)
Caro Rui,
Obrigado pela sua visita e pelas suas palavras.
Quanto à China, vinda do antigo Império do Meio, sem que ninguém durante os complexos percursos da História lhe possa atribuir culpas de conflitos com outros povos, pacífica e focando-se sempre na sua defesa contra Mongóis, Japoneses e Soviéticos, tem sido conciliadora nos conflitos entre vizinhos como agora aconteceu com o caso das Coreias, nada de mal se deve recear.
Se pesquisar neste blog encontrará muitas palavras, em posts e em comentários a comprovar esta minha opinião.
O medo é o maior inimigo das 4relações internacionais. Devemos procurar compreender para vermos as realidades e as possibilidades de coexistência harmoniosa e em paz. Os chineses com «sacas de arroz» ou outras ajudas hão-de fazer tudo para evitar que a Europa se afunde irremediavelmente, até porque pretendem ter aqui um bom mercado para os seus produtos e um entreposto para esta parte do Mundo...
Abraço
João
Sempre Jovens
Enviar um comentário