Na Tunísia o presidente Zine El Abidine Ben Ali e no Egito Hosni Mubarak abandonaram o Poder. Agora o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, imita-os, sem ter sofrido pressões, por sua iniciativa, para permitir novas soluções para o seu país, na convicção de que quem fez parte dos problemas dificilmente pode ser parte da solução. Não é fácil a mesma pessoa mudar o rumo e alterar a estrutura que criou e alimentou.
É pena que em Estados que se consideram mais antigos, mais modernos e desenvolvidos se mostre uma visão menos lúcida de respeito pelos interesses do Estado, dos seus concidadãos, e se imponham opiniões pessoais sem sintonia com os reais interesses nacionais.
Em Portugal aquilo que, nos dias actuais, os governantes dizem em público dificilmente ultrapassa as querelas interpartidárias acerca de uma promessa de moção de censura, deixando no escuro problemas essenciais para os portugueses, em que se inclui o aumento periódico de dívida soberana, através de consecutivas vendas de títulos de dívida a juros assustadores e perigosos para as gerações mais jovens e as vindouras.
O Magreb e o Médio Oriente estão a dar exemplos de que, em Democracia, «o povo é quem mais ordena» e os políticos devem interpretar os desejos colectivos da Nação e agir em conformidade com os interesses nacionais daí deduzidos.
Imagem da Net
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
A Palestina também dá lições
Publicada por A. João Soares à(s) 10:53
Etiquetas: Democracia, interesse nacional, sentido de Estado
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7 comentários:
Bom dia, João
Parecem-me acertadas as decisões desses governantes que estão, de lire iniciativa, abandonando o poder.
No nosso caso particular a altura não seria a ideal para que tal acontecesse (creio eu...).
Mas não há que "recear" que tal aconteça enquanto eles não esvaziarem por completo o tacho.
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A «Casa da Mariquinhas» festeja hoje o seu 3º.aniversário e oferece um selinho aos seus visitantes.
Dás-me o prazer de ir buscá-lo?
Boa semana. Beijinhos
PS - Gostaria de o ver por lá :)
Rectifico "livre iniciativa" e não "lire"
Querida Amiga Mariazita,
Muitos parabéns, pelo aniversário. Tenho seguido com atenção a viagem destes três anos, embora pouco tenha comentado porque o tempo não dá para tudo e os meus diversos blogs exigem muito de mim!!!
Assisti e ajudei à criação da obra que, desde o início mostrou ser prometedora. Tinha pensado que o 14 de Fevereiro tivesse sido escolhido por ser dia de S. Valentim e, em mente, dei os parabéns ao Eurico. Afinal foi por ser o aniversário dos netos, o que também é um motivo muito edificante. Parabéns a eles e que tenham uma vida plena de sucessos.
Desejo-lhe que continue por muitos anos, com saúde e boa disposição a dar-nos o prazer dos seus blogues, a preparar mais livros e a dar a sua companhia solidária ao marido, aos filhos e netos.
Quanto à saída dos políticos citados no post, o exemplo não será seguido entre nós, pois nem sequer se substituem ministros que se mostram menos sintonizados com o PM. Não tem havido refrescamento na equipa, o que mostra que o líder está convicto de que o desempenho tem sido a 100 por cento!!!
Mas os fortes laços de conivências e cumplicidades se forem rompidos ocasionam catástrofe, porque «quando se zangam as comadres sabem-se as verdades». E estas não são para divulgar, tais são as suas características!!!
Beijos
João
Sempre Jovens
Um castelo de cartas no Médio Oriente?
É possível.
Em Portugal, a politiquice reina.
E o rei ainda é o mesmo.
Um abraço
Caro Pedro Coimbra,
O Médio Oriente é uma área muito complexa com fragilidades que podem despertar ambições das grandes potências e gerar um conflito mundial indesejável e de graves consequências num mundo que está doente.
A posição geográfica e geoestratégica, os problemas religiosos, o petróleo, as misturas etnográficas, formam uma mistura explosiva.
Se o baralho de cartas ruir como está a prever-se, haverá vários a querer apanhar as cartas e irão envolver-se à pancada.
Agora veio a lume que a guerra do Iraqie ocorreu com base numa mentira de um «espião», sabe-se lá se estava a ser pago pelo «complexo industrial militar» de que Eisenhower temia o perigo e fez um alerta muito divulgado. Veja a notícia em http://www.publico.pt/Mundo/espiao-iraquiano-curveball-confessa-ter-inventado-programa-de-armas-quimicas_1480488
Isto demonstra que a diplomacia precisa de uma excelentíssima reforma, para aprender a confirmar as notícias e recortá-las com base em dados de várias origens, para as transformar em informações credíveis, e não se deixar iludir por um «simpático?» amigo de copos e croquetes. Com a mentira de um vigarista e a imbecilidade de diplomatas e políticos, destruiu-se um país rico em arqueologia histórica, uma população numerosa e sacrificada, riquezas de vária ordem, e a paz no mundo. Se realmente há justiça internacional, devem ser rigorosamente julgados todos os culpados, sem deixar de fora o George W Bush e os que o acompanharam nesta senda de crimes contra a humanidade.
Um abraço
João
Só imagens
A Palestina não é um país.
E nunca o será. Para além da impossibilidade geográfica, ninguém é capaz de dizer, num mapa, onde fica esse misterioso Estado, há uma outra razão mais simples: Israel nunca o permitirá.
Cato Táxi,
Segundo o purismo da linguagem pode ser considerada País, já o mesmo não se possa dizer da qualidade de Estado. Bem podia ter aprendido com Israel na rentabilidade do deserto que transformaram em ricos pomares e criaram indústrias de ponta, com base em investigação científica, boas técnicas e boa qualidade de trabalho.
Mas a lição deste gesto de recusa de ditadura, é muito edificante e um bom exemplo para Estados que se dizem evoluídos e modernos.
Um abraço
João
Sempre Jovens
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