domingo, 20 de fevereiro de 2011

Crise e truques do Governo


          A Política é assunto demasiado complexo e importante para ser entregue apenas aos políticos

Dizer que Sócrates gosta de truques não parece ser calúnia de um ou outro cidadão, mas sim uma opinião generalizada que ressalta a cada passo, pela mão de pessoas credíveis. Hoje, na sequência de notícias anteriores, salta aos olhos «Sócrates gosta de truques». Também é recordado o antecedente do truque do Magalhães que incomoda empresários portugueses. As afirmações e contradições sobre casos como o grau académico, o Freeport, a Face Oculta, a Ota, o TGV, a TVI, o caso Figo, etc. mostram que a verdade foi sempre encoberta por truques de manipulação e de lavagens colectivas ao cérebro, não apagando indeléveis suspeitas.

Tudo isso, que não é fácil desaparecer da memória dos mais atentos e isentos, leva a compreender que o respeitável António Barreto tenha afirmado "Fomos enganados durante 6 anos"  e que a afirmação do PM de que os 
Números da execução orçamental são “um bom começo” tenha suscitado a opinião do líder da oposição que critica «nova modalidade» do Governo para divulgar execução orçamental e exorta Governo a fazer menos campanha e governar mais, e, também, a de Jerónimo de Sousa ao dizer que «Redução do défice foi feita à custa do corte dos salários» e não da redução das despesas da máquina estatal.

Em vez de uma informação clara correcta e leal aos concidadãos de que deve ser representante e defensor dos interesses nacionais, feita através de boletins oficiais com dados rigorosos (mais do que os das eleições presidenciais!), são usados slogans tipo «vendedor da banha de cobra, ou propaganda falaciosa, para criar falsas expectativas e ilusões quando ao futuro. E, perante isso, aparecem notícias como a que diz que Portugal esteve à beira da bancarrota na quarta-feira e a que informa que Economia e consumo privado estagnaram em Janeiro, que contradizem o falso optimismo pretendido pelo PM nas suas palavras pouco credíveis.

Entretanto, continua a discrepância e o fosso entre os mais ricos e os mais pobres que leva a perguntar «Crise e salários chorudos onde pára o bom senso?» e surgem alertas de perigo que arrastam o pensamento para o que se tem passado no Magrebe e no Médio Oriente, como o de «Empresários de transportes ameaçam parar o país» o que faz recordar que no Chile uma grande revolução foi iniciada pela paralisação do país com a falta de transportes.

Oremos aos deuses para que o bom senso, a verdade, a lealdade e o sentido de Estado entrem nas cabeças e nos corações dos governantes, para bem dos portugueses.

Imagem da Net

4 comentários:

José Lopes disse...

Sócrates apoia-se numa máquina bem oleada de propaganda que vai anestesiando muita gente. Política não é propaganda, e mais cedo do que tarde chegará a conta que não podemos pagar.
Cumps

A. João Soares disse...

Caro Guardião,

Oxalá não seja muito tarde que isto dê o estoiro. Agora, eles prevendo o fim desastroso que os espera, esmeram-se na corrida louca ao enriquecimento à custa do Estado, seguindo o conselho do humorista Vão Gogo, «rouba agora quanto puderes porque amanhã poderá já não ser possível!»
R`Veja-se essa loucura na determinação de fazerem contractos como o do TGV, do Aeroporto, de barragens e de autoestradas, para colherem as comissões pagas pelos construtores... Mas isso não passa de uns simples robalos!!!

Um abraço
João
Do Miradouro

Luis disse...

Caríssimo Amigo João,
Para além do que está no post enos comentários a ele feitos lembro a "campanha eleiçoeira desenfreada" que ele anda a fazer por todo o País. São as visitas às escolas, aos hospitais, às empresas, etc., etc. na tentativa de mais uma vez enganar o "pessoal", mas este já não cai na esparrela! No dia 12 de março ele vai ver como elas "mordem"...
Um abraço amigo e solidário.

A. João Soares disse...

Caro Luís,

O post tem muitos links que mostram que isto não está nada bem. Os truques acabam por sair tiros de pólvora seca que só faz fumaça.

Quanto ao dia 12, convém que os portugueses mostrem neste teste que estão vivos e pensam. Mas também é conveniente que os organizadores mostrem quais os objectivos. Há umas décadas, fizemos o 25A e não pensámos o que seria o 26, não o planeámos devidamente, deixando-o ao acaso e, depois, este saiu demasiado torto e ainda hoje padecemos das consequências do desastre.

Um abraço
João
Sempre Jovens