Na Natureza tudo o que está mais ou menos independente da influência humana, normalmente agressiva para o ambiente, desenvolve-se segundo regras bem definidas, previsíveis desde os animais mais rudimentares que passam por metamorfoses até aos mais volumosos que têm um crescimento progressivo sem roturas visíveis. É um sinal de harmonia cósmica, do sistema causa e efeito.
Mas o homem, por falta de concentração, constância e coerência, ou por falsas intelectualidades que geram o desafio da inovação, da invencionice, da ostentação e visibilidade, foge ao que é natural, ao lógico , e cai muitas vezes, mais do que as desculpáveis, no pára e arranca, no avança e recua, o mete e tira. E isto acontece frequentemente com características patológicas. E a seguir à METAmorfose vem a TIREmorfose.
Há vários sintomas desta doença com aspectos de epidémica
O PSD fez um congresso em Mafra a que se deslocaram muitos militantes, para passar um fim-de-semana diferente, encontrar uns amigos que já não viam há muito, dar dois dedos de conversa para a direita e para a esquerda (na fila de cadeiras!) e pouco mais nestes momentos de «política de recreio». E, como bons portugueses, ao ser-lhes apresentada uma proposta cerceadora da liberdade de opinião e de expressão para ser votada nem pensaram de que se tratava e se deviam aprovar ou reprovar ou abster-se e o resultado foi «aprovado por unanimidade».
Mas como a moda é o mete e tira, no dia seguinte, alguns desses votantes afirmaram publicamente que uma das cláusulas tem que ser retirada na primeira oportunidade, que será um congresso em meados do próximo mês. Nessa data será de esperar que seja retirada por unanimidade, atendendo à capacidade de raciocínio e avaliação de um texto evidenciados em Mafra!
Outro caso relaciona-se com a promulgação pelo Presidente da República das alterações à Lei das Finanças Regionais aprovadas em Fevereiro pelo Parlamento. A aprovação em 5 de Fevereiro contou com 127 votos favoráveis - das bancadas do PSD, CDS, Bloco de Esquerda, PCP, Verdes e o deputado socialista Luís Miguel França, eleito pela Madeira - e teve 87 votos contra, da bancada do PS. Este, nesse mesmo dia, anunciou que iria pedir a fiscalização preventiva do diploma junto do Tribunal Constitucional. Porém, para não fugir à estratégia do ‘avança e recua’, o PS congratulou-se com a promulgação pelo PR. Parece que não eram muito consistentes, nem com sólido sentido de Estado as razões que levaram ao voto contra de 5 de Fevereiro.
Vai longe a guerra que desviou as atenções dos portugueses dos importantes problemas sociais e económicos, para a localização do Novo Aeroporto de Lisboa, acabando por o Governo ter desistido dos «fortes» argumentos favoráveia à localização na Ota.
Mas, nestas coisas do ‘pára e arranca’ não é preciso recuar terminar rapidamente o processo de revisão daquele diploma. Ficamos sem saber ao binómio Ota-Alcochete, por diariamente aparecem casos. Por exemplo, o Ministério da Educação, para fazer algo, decidiu unilaterlmente, introduzir alterações no Estatuto da Carreira Docente, mas como estas foram muito contestadas pelos sindicatos de professores, acabou por retirá-las com o argumento de assim terminar rapidamente o processo de revisão daquele diploma.
Em todos estes casos aplica-se a boa norma de Pensar antes de decidir.Com estes erros perde-se a confiança que se deve inspirar nos cidadãos e gastam-se recursos valiosos, um dos quais o tempo que é irrecuperável.
O regresso de Seguro
Há 53 minutos
1 comentário:
Caro João,
Actualmente nos carros mais modernos existe o chamado "stop and go" para melhorar os consumos nas cidades! Os nossos governantes fazem o contrário assim "avança e depois pára" e dessa forma aumentam os consumos...
realmente não pensam antes de tomar decisões... Azar dos Cabrais!!!
Um abraço amigo.
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