Depois de ter aparecido em público de forma chocante a violência e indisciplina nas escolas aqui reflectida em alguns posts (Valores éticos são pilares da sociedade, Ressuscitar os valores éticos, Futuros cidadãos no Portugal de amanhã, Professores educadores), vale a pena referir a notícia do JN de hoje «Professor do ano diz que "pais, às vezes, demarcam-se das suas funções"».
Nela é divulgado que o professor de Física Alexandre Costa de 45 anos, docente há duas décadas, recebeu hoje o Prémio Nacional de Professores, numa cerimónia realizada na Universidade de Évora e presidida pela ministra da Educação, Isabel Alçada.
No seu discurso fez várias afirmações que merecem ser meditadas e aplicadas na prática.
"Os meus alunos e eu temos uma relação de grande empatia no trabalho, mas não é de amizade. Não sou amigo no sentido em que eles são amigos dos seus colegas adolescentes. Sou tão amigo quanto um pai ou um educador pode ser", afiançou.
Confessou manter uma relação de "grande empatia", mas não de amizade, com os alunos e defendeu que pais e docentes não se devem demitir das suas funções educativas.
Considera importante que estes papéis não se confundam e que pais e encarregados de educação não se demitam do papel que têm como educadores.
"A educação não se pode isolar da sociedade", alertou, sustentando que um dos "maiores problemas" actuais, neste âmbito, é a existência de "uma certa demissão das pessoas" relativamente ao que são "as suas funções".
"Os pais, às vezes, demarcam-se de ser pais e da sua responsabilidade na educação, transferindo isso para a escola" e, noutros casos, é o professor que "está mais preocupado em ser amigo dos alunos do que em ser seu professor".
"Há um contexto social no seu todo que leva a que, neste momento, o ensino tenha algumas deficiências".
Este cenário, defendeu, só se ultrapassa através da "educação da própria sociedade" e da "redescoberta" do que é "ser pai, professor ou aluno" e das "regras básicas de convivência entre as pessoas".
A Necrose do Frelimo
Há 5 horas
2 comentários:
Caro João,
Quantas verdades aqui estão ditas!
Tem sido a demissão das pessoas que tem trazido estas desgraças à nossa sociedade! Essa demissão é dos pais, dos professores e dos cidadãos em geral...
Um abraço amigo.
Caro Luís,
Esse diagnóstico, muito geral, está feito. Agora temos que entrar na fase mais importante e decisiva que é a da terapêutica. O que fazer para que «os pais, os professores e os cidadãos em geral» deixem de estar demitidos e entrem em acção reformadora, regeneradora dos valores que se perderam?
Isso é urgente que se inicie, sem esperar pelos políticos porque a situação a que se chegou foi devida à inoperância, incompetência e incapacidade deles, ou talvez da sua má vontade. Tem que ser iniciado já, mesmo contra eles, mas de forma responsável, positiva e controlada para se obterem os melhores resultados. PARA PIOR, JÁ BASTA ASSIM!!!
Os cidadãos têm de se organizar, em associações do tipo ONG, as organizações cívicas existentes têm de coordenar esforços, fazer reuniões do tipo seminários, conferências, para reflexão serena, profunda e séria. Não há tempo a perder, porque Portugal está a afundar-se, é uma urgência que necessita de acção imediata e correcta.
Um abraço
João
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