Para que, em data tão sensível, não seja ser suspeito de parcialidade cito uma notícia que vem no Público e no Diário de Notícias.
Refere-se a acusação que o membro do PS que foi cabeça-de-lista pelo círculo de Fora da Europa, nas legislativas de 2005, fez a dois dirigentes do mesmo partido muito mediáticos que terão negociado cargos políticos em troca de financiamento ao partido, em que terá estado envolvido um empresário da máfia dos bingos. Não cito nomes para não descer à baixa politiquice, mas basta seguir os links para saber os pormenores.
Há poucos dias foi notícia que noutro partido houve financiamentos parecidos e até foi referida a compra de votos.
Como não há fumo sem fogo, está a compreender-se melhor a afirmação de conhecido político de que a ética e a política são inconciliáveis. Tal maneira de fazer política sem ética, sem princípios, sem normas, não olhando a meios para atingir os fins, eles próprios muito discutíveis, faz lembrar a feira que se efectua duas vezes por semana no Campo de Santa Clara, em Lisboa, não pelo que lá se faz, mas pelo que deve ter estado na origem do nome, Feira da Ladra.
Nestes negócios da política, os cargos não são ocupados por competência mas por corrupção. Os financiadores, com um pequeno investimento, adquirem um tacho onde recuperam, a multiplicar por «n», o que pagaram e, dessa forma, a corrupção vai aumentando em espiral, em prejuízo dos empregados e dos clientes dos empresários e, em consequência, do País.
Com políticos deste jaez, o voto útil é o voto em branco, porque não se deve passar procuração com plenos poderes a gente que não merece confiança.
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
Cargos políticos à venda???
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2 comentários:
Caro João,
Sem dúvida que actualmente tudo se vende e compra. Reina a corrupção porque a Ética "foi à vida"... A propósito vai à Tulha que lá coloquei dois temas que acho pertinentes nesta época eleiçoeira.
Um abraço amigo.
Estes indivíduos que não foram escolhidos pelo povo (democraticamente)devido à sua competência mas por compadrio dos kamaradas de partido e, depois de estarem instalados nas fofas alcatifas não mais pensam no povo, quais pedras da calçada que pisam e exploram em seu próprio benefício. Acima de tudo colocam a sua ambição de visibilidade e de dinheiro (o enriquecimento ilícito e rápido através da corrupção). Claro que poderá haver eventuais excepções, mas ainda não apareceu nenhum que se propusesse a combater seriamente a corrupção e o enriquecimento ilícito. Todos esquecem a ética para não lesarem os seus interesses e os dos parceiros.
Abraço
João
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