Transcrição do pequeno editorial de Silva Pires, no Global Notícias de hoje, que deveria merecer muita atenção daqueles que têm por obrigação zelar pela forma como é gasto o dinheiro público, que sai dos bolsos de todos os contribuintes, directos ou indirectos.
Falta de rigor alimenta as dúvidas
É um exercício curioso viajar pelo site transparência-pt.org como sugeria ontem um trabalho publicado pelo Diário de Notícias. Analisar o rigor posto nas compras feitas com dinheiros públicos, sobretudo em tempos de crise, é o desafio que se põe ao cidadão. Porque custa acreditar que o reboque de uma viatura possa custar 8500 euros. Ou que se gastem 50 mil euros para colocar papel higiénico em stock. E 6,9 milhões de euros em mobiliário diverso. Disponibilizar estes números para consulta pública é um serviço importante. Para vermos que nem sempre parece haver o devido rigor na aprovação de algumas despesas públicas.
NOTA: Que entidade controla a necessidade de se fazer a compra? Qual o preço? Como é utilizado o produto comprado? Que preços se praticam na concorrência para o produto necessário? Receio que todas estas interrogações tenham por resposta que isso fica a cargo do funcionário da Instituição e que não tem que dar contas pormenorizadas a ninguém, da mesma forma que a ERSE tem autonomia para pagar aquilo que paga a Jorge Viegas Vasconcelos que se despediu por sua livre vontade, ou que o Banco de Portugal paga ao Governador 23 vezes mais do que ganha o português médio, o que corresponde a 5 vezes mais que o Dr. Bernanke (da Reserva Federal Americana) que ganha apenas 4,5 vezes mais do que ganha o americano médio.
Que País o nosso!!! E ninguém controla nem sanciona os abusos!!!
El País
Há 1 hora
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