Transcrevo a carta que Fernando Rezende escreveu ao General Joaquim Chito Rodrigues acerca do descontentamento dos militares, recebida por e-mail em que é pedida a sua divulgação.
Ex.mo Senhor Tenente General Chito Rodrigues
Digníssimo Presidente da Liga dos Combatentes
Por certo que terá V. Ex.ª conhecimento dos textos que abaixo transcrevo.
Mas considero que nunca será demais relembrá-los.
Não teremos nós capacidade para nos fazermos ouvir na Assembleia da República?
Só através de Pessoas Influentes como V. Ex.ª isso será possível, nomeadamente pela posição de relevo que tem junto do Sr. Ministro da Defesa Nacional que se prepara para mais uma “machadada” nos Militares.
Deputados: Os mais velhos ou não foram Militares ou foram desertores; os mais novos ou não o foram mesmo, ou passaram pela Instituição como “gatos por brasas”, guindando-se ao cargo através das juventudes partidárias.
Então quem nos poderá defender e levantar a sua Voz contra as Injustiças, Esquecimentos e Aleivosias de que estamos a ser Vítimas?
Se esse Grito de Revolta não vier da Plêiade de Ilustres Generais Combatentes, estamos entregues nas mãos de incompetentes e corruptos políticos de baixa craveira intelectual e moral, para quem contam apenas as Leis que produzem em benefício próprio.
O Povo, esse, é mero verbo de encher, apenas sendo importante e necessário para, iludido, preencher um boletim de voto.
Desculpe-me V. Ex.ª o precioso tempo que lhe ocupei.
Respeitosos Cumprimentos
Fernando Rezende
Os textos referidos são posts deste blogue:
- Militares vistos por um civil
- Militares amordaçados até à hora da morte
O regresso de Seguro
Há 1 hora
3 comentários:
Infelizmente não são apenas os militares que estão descontentes e se sentem esquecidos pelo poder político, é o povo em geral qualquer que seja a profissão que exerça, exceptuando-se apenas os "muitos grandes" e os que estão encostados ao poder.
Bom domingo
Cumps
Guardião,
Sem dúvida, que isto não é apenas uma perseguição aos militares, sendo mais um sinal da «lei da rolha» que vem sendo instalada no País. Este governo, desde o início, interpretou o facto de ter a maioria absoluta, como o direito de fazer o que lhe viesse à cabeça, começando cedo a perseguir os juízes com as férias judiciais, os professores, os médicos e farmacêuticos, as forças militares e de segurança, os funcionário públicos em geral e, de uma forma que só afectou os trabalhadores por conta de outrem, aumentou os impostos e tornou a vida cada vez mais difícil aos mais carentes.
Isto não é governar. Assim nada se contribui para uma vida mais desafogada e feliz de uma população que cada vez tem mais dificuldades.
São vários os casos de cerceamento da liberdade de expressão mas, apesar disso, tem havido manifestações justas que fizeram o governo recuar várias vezes de decisões que os próprio governantes consideraram erradas. Mas não têm aprendido com esses erros e continuam com a «diarreia legislativa», feita sobre os joelhos sem ter sido bem estudada previamente com perfeito conhecimento das realidades nacionais e sem uma adequada projecção dos seus efeitos.
Mero amadorismo de uma equipa com numerosos assessores que nada sabem fazer para evitar erros e manter o barco num rumo correcto.
Já nem Um milagre nos ajudará!
Abraço
A. João Soares
Militares contra sistema de assistência
http://jn.sapo.pt/2008/04/13/nacional/militares_contra_sistema_assistencia.html
A Associação dos Oficiais das Forças Armadas (AOFA) promoveu ontem, no Porto, um encontro sobre a situação "calamitosa" em que se encontra a Assistência na Doença aos Militares (ADM), que provoca um "crescente descontentamento".
O que os militares consideram a "degradação" do funcionamento da ADM, surgiu, segundo eles, após a fusão da assistência à saúde dos três ramos das Forças Armadas, estando a provocar a indignação das associações representativas dos militares na reserva e reforma. Num comunicado conjunto, as quatro associações sócio-profissionais de militares insistiram que os militares apenas vão poder incluir nas declarações de IRS, relativas a 2007, cerca de 20% das despesas com a saúde não comparticipadas.
O texto, subscrito pelas associações dos Militares na Reserva e Reforma (ASMIR), dos Oficiais (AOFA), dos Sargentos (ANS) e dos Praças da Armada (APA), criticou a posição do Ministério da Defesa, segundo a qual "as despesas não incluídas na declaração relativa a 2007 (...) o serão na respeitante a 2008".
Segundo o comunicado, os militares "sofrem uma dupla penalização porque vão ter de aguardar, não se sabe até quando, o pagamento das comparticipações a que têm direito, e suportar, durante mais um ano ou, talvez, para sempre, e encargos com o IRS que não deviam ter lugar". A AOFA chama a atenção para o facto se desconhecer que protocolos e convenções vão ser renovados.
Enviar um comentário