É comum a opinião de que os governantes só agem sob pressão e não por previsão, antecipação ou planeamento. Agora surge um caso a confirmar.
Embora seja repetido que a austeridade para se sair da crise tem de ser suportada por todos sem excepção, surgiu a notícia Pensões vitalícias dos antigos políticos escapam aos cortes dos subsídios de férias e de Natal aplicados a quem tenha salários superiores a 1000 euros. Estes, em vez dos habituais 14.000 euros anuais passarão a receber apenas 12.000, o que é um «imposto» de 14,2857%.
Depois deste grito de alerta, surgiu a notícia Governo propõe que ex-políticos paguem “contribuição solidária”, alegando que estes não foram inicialmente atingidos por não se tratar de 13º e 14ª mês pois recebem apenas 12 vezes por ano.
A colmatagem desta lacuna agora notada só ocorre depois da pressão da opinião pública (veja-se a primeira notícia linkada). Daí outra ideia que hoje é muito repetida, o povo deve usar o direito à indignação e os cidadãos perigosos não são os que gritam e reclamam mas os que se calam e que ficam indiferentes.
Depois fica a dúvida se a lacuna ocorreu por incompetência dos governantes ou se foi por interesse de não ferir interesses dos «camaradas» e os seus próprios não criando um precedente que amanhã lhes contraria a ambição. Há quem defenda que não haverá incompetência na actual equipa governativa!!! E, pelos vistos ainda apresentam argumentos «lógicos»
Espera-se que os jornais estejam atentos para ver se os detentores de tais «remunerações» luxuosas contribuem para a crise, no mínimo, com a percentagem de 14,2857, aplicada aos trabalhadores que auferem o salário de 1.000 euros.
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quarta-feira, 19 de outubro de 2011
Erro ou intenção!!!
Publicada por A. João Soares à(s) 09:33
Etiquetas: justiça social
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3 comentários:
Não se esqueceram só dos das subvenções vitalícias, também se esqueceram de outros como os do Banco de Portugal e outros.
Quanto à tal contribuição solidária, cá estaremos para ver.
Cumps
Caro Guardião,
«Cá estaremos para ver», mas eles são peritos em camuflagem. Num momento em que se eliminam subsídios, há políticos com subsídio de residência, vitalício, pois apesar de estarem a funcionar longe, continuam a manter a residência inicial. Há os juízes e outros altos funcionários a mamar descaradamente nas tetas do Estado.
Criticam a subsidiodependência, mas eles não cessam de chupar quanto podem no dinheiro dos nossos impostos. Veja bem a lata do engenheiro Mira Amaral a defender que as reformas vitalícias dos políticos são intocáveis, mesmo que de milhões, e recorde como conseguiu a reforma dourada na CGD onde esteve inscrito na folha de pagamentos poucos meses, mas tinha entrado, por amizade, com um contrato com a condição de se reformado a contar todo o serviço prestado desde longa data!!!
Acabe-se com a mania dos subsídios e com todas as formas de exploração do Estado, para evitar que uma grande parte da população ande a trabalhar para pagar a muitos que nada fazem.
Um abraço
João
Sobre o tema deste post convém ler o seguinte artigo do PÚBLICO:
Cavaco Silva: corte dos subsídios é a “violação de um princípio de equidade fiscal”
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