Chega mais uma notícia preocupante e chocante de um massacre numa escola. Gostei de ler aquilo que Ferreira Fernandes escreveu no Diário de Notícias. O problema é grave e a Comunicação Social não está consciencializada para este fenómeno e, talvez involuntariamente, está a deitar achas na fogueira, ao dar publicidade com relevo ao número de mortos e outros pormenores. Na juventude, há muita gente imatura e demasiado influenciada pelos programas que vê na Televisão, na Internet e até na vida real.
Hoje, a vida é apresentada às crianças e aos adolescentes ainda em formação da personalidade, como uma competição em que interessa a aparência, a ostentação, a visibilidade mediática (de que os políticos dão exemplos), em que vence o mais atrevido, o que estimula a adrenalina, que arrisca a vida em loucuras com as motas, os automóveis, os desportos radicais, perdendo o respeito pela vida, própria e dos outros. Segundo a interpretação de Ferreira Fernandes, este jovem criminoso, nem falava por estar concentrado a contar as vítimas, apostado em bater o recorde existente dos anteriores actos de violência escolar. Não é fácil evitar que aconteçam novos casos e, por isso, o próximo causará mais vítimas. Pelo menos será esse o objectivo do assassino.
A Comunicação Social deve ocultar estas ocorrências, para que outros não se sintam estimulados a dar nas vistas dessa forma. O fenómeno não é novo e, quando a Marylin se suicidou, os jornais alertaram para o perigo da muita publicidade porque o exemplo podia ser seguido por muitas fãs. E, apesar dos cuidados havidos, constatou-se uma pequena onda de actos semelhantes. E presentemente, a juventude não é suficientemente acompanhada e aconselhada, raramente tendo um ouvido atento aos seus lamentos e um ombro de arrimo. Os adultos têm de mostrar mais disponibilidade para ouvir e compreender as angústias dos jovens e ajudá-los a resolver situações e a contornar as crises.
A Decisão do TEDH (396)
Há 57 minutos
1 comentário:
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Meu amigo
Os acontecimentos que nos chegam ao conhecimento são extremamente preocupantes.
Para agravar tais acontecimentos ainda se explora de uma forma exagerada todas estas situações.
Se por um lado precisamos de ser informados, por outros, passaríamos bem sem a exploração mórbida dos mesmos acontecimentos que só servem para aquecer ânimos e ensinar aqueles que já têm tendências para fazer o mal, que aquilo que engendram é possível de se concretizar com relativa facilidade.
Necessário é modificar os valores seguidos e, em muitos casos, voltar às origens, pois entretanto, perdeu-se o rumo.
Beijo com amizade
Alexandra Caracol
COMENTÁRIO: Agradeço a sua gentileza. O problema é gravíssimo pelo que representa da feição actual da humanidade e da sua falta de valores. A demsiada publicidade alicia outros psicologicamente desequilibrados optarem por esta via tão visível. Nenhum jovem teria a «sorte» de fazer um vídeo que seria visto em todo o mundo, como agora aconteceu! Este psicótico acabou por ser um herói, um vencedor, quer no número de vítimas quer na sua projecção mundial. Isto é grave e devia fazer pensar os responsáveis pela Comunicação Social. As pessoas sensatas do mundo devem elevar a voz contra estas posições da Comunicação Social, que age como abutres perante cadáveres.
Cara Alexandra estamos do mesmo lado, mil beijinhos
João
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