Segundo o Diário de Notícias de hoje, «Militares vão continuar a utilizar as velhas 'G3'» que já é companheira de várias gerações, há mais de 40 nos, nas mais difíceis circunstâncias e agora vêm o processo de aquisição de nova arma para a substituir emperrado por razões administrativas há mais de dois anos e terão de esperar mais uns tempos.
Poderá haver opiniões contra a aquisição de nova espingarda, mas convém pensar primeiro se Portugal quer ou não ter Forças Armadas. Se as quiser ter, é bom ponderar o seguinte:
- Quantos portugueses usam ainda, na sua vida diária, um automóvel ou uma mota de modelo dos anos 60?
- Quantos usam a televisão do modelo original (dessa época)?
E, como a maior parte dos parelhos que hoje se usam só apareceram após essa data, pergunto:
- Qantos portugueses usam televisão a cores, ou leitores de vídeo, ou telemóvel, ou computador dos modelos originais?
Certamente têm trocado por modelos mais recentes por diversas vezes!!!
Os equipamentos antigos podem ser bonitos como peças de museu mas, obviamente, não serão eficazes nem fiáveis para os momentos actuais e os condicionamentos vigentes. Não é por acaso que as novas gerações de equipamentos domésticos e de uso corrente introduzem sucessivos melhoramentos no seu funcionamento. E a arma para um militar é a sua melhor amiga com a qual tem de contar sempre que necessário, pois pode ser uma questão de vida ou de morte.
Ter um Exército mal equipado e armado é um mau «negócio» para o País. Será preferível um mais pequeno mas eficiente quanto às qualidades dos materiais e à preparação do pessoal. Sem isso, será melhor pensar em deixar de ter Forças Armadas, o que não sendo curial perante os nossos parceiros europeus e da NATO, constituirá no entanto uma inovação muito ao gosto de alguns políticos e opinadores que têm dificuldade em analisar as situações reais com todos os seus condicionamentos e implicações.
O almirante e o medo
Há 38 minutos
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