quarta-feira, 8 de setembro de 2010

PSP dá lição aos políticos

Transcrição seguida de NOTA:

Convocada primeira greve na PSP
JN. 100908. 00h46m. ALEXANDRA FIGUEIRA

Está convocada para Novembro a primeira greve da PSP. Ontem, terça-feira, o terceiro maior sindicato anunciou o pré-aviso para os dias em que Portugal deverá acolher uma reunião da NATO, com a presença de Barack Obama. Mas a legalidade da greve não é unânime.

"Não estamos a inventar nada, estamos a cumprir a lei", assegurou ao JN o presidente do Sinapol - Sindicato Nacional da Polícia, que convocou a paralisação para 19, 20 e 21 de Novembro, dias aprazados para uma reunião da NATO, com a presença do presidente norte-americano, Barack Obama.

Armando Ferreira garante que sucessivas alterações à legislação, incluindo a que regula o contrato de funções públicas, acabaram por tornar legal a marcação de greves por sindicatos da PSP. E invoca pareceres de constitucionalistas como Gomes Canotilho e Jorge Miranda.

Armando Ferreira garante, por isso, a legalidade da decisão tomada ontem, numa assembleia geral do sindicato. "Estiveram presentes 60 pessoas; 58 votaram a favor e duas abstiveram-se", disse. (Toda a notícia aqui)

NOTA: Um bom aproveitamento da data. Serve para o sindicato ensinar aos senhores políticos que os polícias não devem ser considerados como simples e vulgares funcionários públicos.

Imagem da Net

5 comentários:

Anónimo disse...

Dois simples apontamentos:
1º) Não queriam a PSP totalmente civil, nomeadamente na sua Direcção? Tem melhorado em relação ao tempo em que havia Comando ?
2º) O Sindicato, é ou faz-se burro, pois sabe muito bem que a lei geral respeitante à administração pública,só se aplica quando não contrarie a lei especial aplicada à PSP

A. João Soares disse...

Anónimo,

Não concordo inteiramente com a sua opinião. O primeiro parágrafo vem confirmar a minha NOTA. Se os polícias não têm direito à greve devem ser recompensados por essa privação em relação com outros funcionários públicos. Os políticos ensinam que tudo deve ser raciocinado (se eles sabem o que isso é) em termos de dinheiro, como o fecho de escolas, etc.
Quanto ao seu segundo parágrafo, acho que o sindicato não é burro, é esperto. Mesmo que não façam greve, pregam um susto aos políticos com a data bem escolhida e faz que eles pensem nas dificuldades com que a corporação se debate. Os do Poder andam de antolhos e só olham para aquilo que lhes dá votos, desgastam-se com as tricas inter-partidárias e desconhecem as realidades dos portugueses.

Cumprimentos
João

Anónimo disse...

Não entendo. As pessoas exigem qualidade dos serviços da PSP, querem ser melhor «servidas», mas o sistema actual parece não funcionar. Os sindicatos apregoam dificuldades e necessidades e ninguém, mas ninguém mesmo os escuta e, contudo, exige-se este e aquele mundo. Os PSP e GNR são o suporte da legalidade democrática deste País, mas por outro lado retiram-lhes as condições e competências para poderem trabalhar. Triste comentadores estes. Os PSP e GNR são o fruto da sociedade, talvez estejam a «fazer a cama para todos nós nos deitarmos nela». Daqui a uns anos pergunto-me: quem quererá ser PSP ou GNR?!...

A. João Soares disse...

Não sei se é o mesmo anónimo ou outro, mas não deixo de dizer algo.

Portugal, e talvez o mundo mais atrasado, está a atravessar uma época de nivelamento por baixo em que o poder se preocupa em demolir os principais bastiões da ordem social e ética. Não lhes interessa haver algo que suscite comparações com a escória dos políticos que não conseguem libertar-se das piores suspeitas em variados «casos» judiciais. Daí que se empinem contra militares polícias, padres, etc.
Quanto aos militares também em breve deixará de haver voluntários, logo que acabem os tachos das missões da Nato e da UE. A Juventude Social-democrata inventou o «objector de consciência» em fins da década de 70. Depois acabaram com o SMO e começou a apenas ser militar quem se oferecesse. Mas como as condições de remuneração e de apoio de saúde vão diminuindo, dentro em breve, vale mais ficar com o salário de inserção do que ir acatar o RDM.
Depois falarão de patriotismo, coisa que desconhecem, mas já não atrairão ninguém. O certo é que terão de dignificar os profissionais das FA e das Forças de Segurança, sem demora. A criminalidade está a tomar conta de tudo e é urgente pôr-lhe fim.

Cumprimentos
João

A. João Soares disse...

O título do post confirmou-se, como se vê pela notícia

MAI cede a reivindicações dos polícias

Não se deve menosprezar o

Poder dos sindicatos