Há quase dois anos senti conveniência em publicar aqui uma metodologia de preparação das decisões aplicável a qualquer tipo de decisão, isto é, de escolha entre várias hipóteses de solução para os problemas a resolver. Resume-se em pensar antes de decidir.
Mas, infelizmente, há governantes que seguem o caminho inverso: DECIDEM e depois procuram «PENSAR» na medida em que o conseguem! Isto é o que nos levam a crer duas notícias das quais se transcreve a parte inicial:
Directores e autarcas vão ser ouvidos sobre agregações de escolas
Jornal de Notícias. 16-09-2010. Alexandra Inácio
As "comunidades locais" vão passar a ser ouvidas sobre o processo de fusão de agrupamentos. A garantia tem sido transmitida pela ministra da Educação aos directores escolares. Isabel Alçada assumiu que o processo não terá decorrido como o ministério "desejava". (…)
Ministério ainda não aprovou avaliação para directores
Jornal de Notícias. 16-09-2010. Alexandra Inácio
Os dirigentes escolares ainda não sabem como vão ser avaliados, uma vez que o Governo tarda a aprovar o diploma que define o processo. A avaliação docente é um dos temas abordados pela ministra nas reuniões com os directores, por ser uma das questões "que vai marcar o ano lectivo". (…)
O ensino pelo exemplo costuma ser considerado mais profícuo do que quando seja apenas teórico. Mas estes exemplos de recorrer ao diálogo para remediar erros é estranho, pois o diálogo e o esclarecimento mútuo em livre discussão, analisando todas as hipóteses para ser escolhida a melhor, dariam mais resultado e concederiam mais prestígio e eficiência aos decisores.
Quando a simplicidade é virtude, é lamentável que se veja a teimosa procura do caminho mais complicado, que exige mais esclarecimentos posteriores para clarificar o que nasceu torto e confuso, devido a decisões mal preparadas.
Imagem da Net
A Decisão do TEDH (394)
Há 2 horas
2 comentários:
Esperando que o sorriso tudo resolva a ministra vai perdendo o pé, dando calinadas, e embrulhando as coisas. Não lhe auguro grande futuro.
Cumps
Caro Guardião,
Os graves problemas da Educação, que têm andado tão maltratados durante décadas, não se resolvem com sorrisos nem com postas de erudição. É preciso capacidade de gestão para equacionar todos os problemas e resolvê-los de forma coordenada para que uns não estraguem os outros.
Onde foi a ministra aprender essa capacidade de gestão de problemas complexos?
Segundo uma frase que agora li, "A diferença entre Portugal e a República Checa é que a República Checa tem o governo em Praga
e Portugal tem essa praga no governo".
Abraço
João
Só imagens
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