Há uns anos vivemos num ambiente de neblina sem nos podermos orientar pela sombra do Sol nem pela estrela Polar e até falta a bússola, por já não haver com que a comprar, dado o aumento dos impostos e do preço dos produtos essenciais, ao mesmo tempo que foram reduzidos apoios sociais e outros benefícios que, embora pequenos, minoravam a carência geral.
Tem razão o PR para aconselhar palavras de verdade, pois desde as promessas eleitorais de muitos milhares de empregos de que nunca mais se falou, às palavras optimistas mesmo depois de estarmos visivelmente em crise económica e financeira, as falsidades tendentes a criar ilusões insustentáveis de futuro melhor não param e surge agora o «Ministro da Economia diz que retoma é superior às expectativas do Governo».
Mas essas palavras esperançosas não convergem totalmente com o facto de que o «Estado volta a pagar mais juros para se endividar», de que os «Caminhos do Governo são “estreitos” para impedir subida do risco da dívida pública», de que o «Risco da dívida portuguesa atinge máximo de sempre», de que o «Risco da dívida portuguesa é o que mais sobe hoje».
Mas o que é muito mais grave é o sinal dado pela notícia de que as «Lojas que compram ouro usado duplicaram nos últimos dois anos», o que evidencia as graves carências sentidas pela maioria dos portugueses que se vêm na necessidade de se desfazer de património familiar, algum na posse da família há várias gerações, com um valor sentimental elevado, além do valor material. A duplicação de tais lojas é um sintoma ou uma prova da pobreza galopante que ataca a população distante dos centros de poder e que estão na mira dos exploradores das grandes empresas, como Soares dos Santos, que ignoram que teriam mais clientes e oportunidades de mais negócios e maiores lucros se à população mais pobre fosse dado algum poder de compra. Dessa forma, as empresas seriam mais favorecidas do que com a redução de IRS e IRC e aumento do IVA como defende.
Imagem da Net.
Almirante Gouveia e Melo (I)
Há 1 hora
4 comentários:
Os sinais são evidentes mas os abutres sabem muito bem que nestas situações de elevada carência é que se fazem os melhores negócios e se compram as verdadeiras pechinchas...
Cumps
O Ministro da Economia está de visita a Macau.
Os jornais locais noticiam que "não traz agenda" (sic).
Estou a pensar oferecer-lhe uma.
Não acham que era simpático da minha parte?
Abraço
Caro Guardião,
Os grandes empresários, na ânsia de maiores lucros, e agindo de forma pouco racional, podem estar a arruinar a empresa privada. Seria do seu interesse terem mais clientes, para o que seria lógico diminuir a quantidade de pobres, dando-lhe melhores condições de vida para produzirem e consumirem, pois com algum poder de compra seriam consumidores e dariam lucro aos vendedores.
Se as empresas não derem mais atenção à sua função social, criarão sucessivas crises ao ponto de o povo se voltar contra elas de forma altamente perturbadora da paz social. No Maputo, só depois de o povo se manifestar de forma claramente violenta, é que o Poder abriu o olho para as realidades e tomou medidas que já deviam estar em prática algum tempo antes.
O mesmo poderá acontecer por cá.
Um abraço
João
Sempre Jovens
Caro Pedro Coimbra,
Se ele não levou agenda é porque aproveitou o dinheiro do Estado para ir fazer turismo. Talvez leve dinheiro para investir no casino e vir de lá com a crise resolvida!!!
Não lha dê, porque ele ou não precisa dela ou não a sabe utilizar.
Um abraço
João
Só imagens
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