O ministro das Finanças Teixeira dos Santos diz, com optimismo, que a China vai «reforçar» apoio Financeiro a Portugal. Sem dúvida que os portugueses têm razão para optimismo, pois, dada a incapacidade de os nossos políticos conseguirem equilibrar as contas públicas apesar de sacarem o tutano aos cidadãos mais carenciados, dada a sua falta de vontade de terminar com sumidouros de dinheiro sem o mínimo interesse para o País, como já foi dito em Dezenas de institutos públicos a extinguir, será boa decisão aceitar a supervisão de quem tem demonstrado saber gerir um desenvolvimento sustentado de cerca de 10% ao ano durante uma dezena de anos.
A China mostrou saber recuperar a crise criada por Mao Tse Tung e evitar o contágio da implosão da vizinha União Soviética e, agora, com o investimento que faz em Portugal, não vai deixar de vir vigiar muito de perto as contas do Estado e puxará as orelhas aos gestores da ‘colónia’ antes que haja erros com efeitos insuportáveis que coloquem em perigo a remuneração e o reembolso dos seus investimentos. Será, certamente, mais eficiente do que o FMI cujos técnicos têm grandes vícios capitalistas e não sentem os efeitos práticos de exageros burocráticos!!!
Com efeito, tudo leva a crer que os chineses não deixarão de apoiar Portugal discretamente, mas com rigor, para que as despesas do Estado sejam devidamente controladas e reduzidas ao indispensável, a fim de eles não perderem o seu investimento com esta ajuda financeira que estão a dar. Este é um sinal de esperança para vencermos a crise que tanto nos tem prejudicado.
Com os contactos mais frequentes teremos oportunidade de aprender o que há de mais positivo na cultura chinesa. Oxalá saibamos evitar os defeitos, que não são poucos, no que respeita aos Direitos Humanos e, de uma forma geral, aos direitos, liberdades e garantias.
Mas não esqueçamos que uma moeda tem duas faces e a China não se desenvolveu com desperdícios ou esbanjamentos. Portugal tem, do ponto de vista oriental, trunfos valiosos, como os melhores portos para cargueiros de grande calado, que servirão de entrada dos produtos chineses para o mercado europeu e essa entrada já está em marcha, como se vê nalguns dos posts linkados em baixo. Enquanto a América tem baseado o seu poder estratégico a nível mundial com a utilização das armas, os chineses estão a apoiar-se na economia o que lhes permite avançar sem conflitos, serenamente, até impor as suas ordens ao mundo.
Portugal irá servir de ferramenta estratégica de incomensurável valor nessa marcha ritmada para o domínio mundial. Oxalá os nossos dirigentes compreendam isso e usem os trunfos nacionais, para evitar a subserviência , e conseguir os melhores resultados para benefício do povo, principalmente da camada que tem sido mais sacrificada.
Posts com referências à China:
A China entra na Europa pacificamente
Dificuldade em prever o futuro Internacional
A China e o futuro da geoestratégia
A China em fase de evolução rápida
Transformações no Mundo
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terça-feira, 14 de dezembro de 2010
China ajuda Portugal
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4 comentários:
Eu dispenso a tutela dos chineses e dispensava também o senhor ministro que não levou esta caravela a bom porto.
Abraço do Zé
Caro João,
Se há assunto que os chineses levam MUITO a sério é o dinheiro.
E tudo que com ele se relacione.
Se a China auxiliar Portugal acredite-me que a factura a pagar será elevada.
Um abraço
Caro Zé Povinho,
Qualquer tutela significa menoridade, incompetência, incapacidade, independência, da parte dos escolhidos para nos governarem. Por isso dispensaríamos qualquer espécie de tutela.
Porém, no ponto em que o regime está, cheio de vícios despesistas, vivendo acima das possibilidades dos contribuintes, aumentando o número de pessoas com fome, parece que não há remédio senão chamar alguém de fora que venha ajudar a reparar esta AVARIA ÉTICA que não parece poder sanar-se sem ajuda de estranhos, com independência para colocar os pontos nos is.
Um abraço
João
Sempre Jovens
Amigo Pedro Coimbra,
Também tinha essa ideia, mas agora consolido-a com esta sua ajuda. Por isso é que alimento grande esperança na reorganização do sistema nacional
Vê-se que não brincam em serviço e que usam uma ponderação que concilia a prática com a teoria, sem fantasias ou palhaçadas.
Quem não irá gostar serão os nossos políticos habituados a pôr e dispor segundo os interesses próprios e do clã. Mas terão de se modificar e aprender a merecer o voto dos eleitores.
Um abraço
João
Só imagens
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