Segundo o site AngoNotícias, Armando Vara é o novo PCA da Camargo Correia África, tendo assim a seu cargo as actividades da empresa brasileira em Moçambique e Angola. Irá fazer boa equipa com Guebuza (ver aqui, aqui e aqui) e dos Santos.
Armando Vara, beneficiado por uma carreira «fulgurante», desde o seu início ao balcão da CGD em Vinhais, sujeito a muitas polémicas, em que se falou do compadrio com António José Morais, as obras no monte que comprou em Montemor o Novo, a fundação para a prevenção rodoviária, a licenciatura, a passagem da administração da CGD para o BCP Milenium, a Operação Face Oculta e os robalos do Godinho, aceitou agora um presente estrangeiro e abandona o barco.
Os «boys» nunca ficam a perder, pois a coesão entre os elementos do grupo faz-se sentir sempre que seja necessário evitar que se «zanguem as comadres para não se saberem as verdades», velho ditado popular que mostra conhecimentos de sociologia. Tudo se encaixa nesta complexa malha de que enferma a sociedade moderna, não só nacional como também internacional.
Quanto ao abandono do barco, não é o primeiro e não será, provavelmente, o último, sendo de recordar o ex-administrador do BPN, Dias Loureiro, agora bem instalado em Cabo Verde numa empresa que estava ligada ao BPN, Morais Sarmento que foi acolhido pela empresa espanhola Iberdrola e Agostinho Branquinho que aceitou o presente oferecido pela Ongoing, e isto para não falar dos que foram ocupar brilhantes cargos internacionais, por ordem cronológica, António Guterres, Manuel Durão Barroso e Jorge Sampaio.
Daqui, se conclui que é muito sensato e oportuno o conselho dado por Cavaco Silva aos jovens para se interessarem pela política. Está aí uma carreira de futuro promissor, pois a dedicação ao líder do momento, a conivência, a cumplicidade e a amabilidade para empresas e donos do capital em geral, rende sempre bons dividendos e uma imunidade e impunidade que a experiência diz ser incontornável. Isto aplica-se mesmo internamente, pois é expressiva a lista dos «tachos» de ex-políticos, que circula com frequência pelos e-mails.
Entretanto a AOFA informa, por comunicado de 27 de Outubro de 2010, que «jovens que sobrevivem no Afeganistão e noutras missões poderão não resistir ao terror em Portugal. O Orçamento de Estado atira para o desemprego 3.000 jovens militares em regime de contrato». Realmente a carreira política é muito mais compensadora e sem os riscos de vida que aqueles militares correm.
Imagem da Net
domingo, 12 de dezembro de 2010
Eles abandonam o barco
Publicada por A. João Soares à(s) 12:02
Etiquetas: dignidade, ética, sentido de Estado
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
4 comentários:
Ser do partido é condição necessária e suficiente para ser um parasita e um incompetente a ascender a lugares de influência e de ordensdos milionários! Temos um governo que rouba aos pobres para dar aos ricos! Se isto é democracia o Salazar era mais democrata que este Sócrates.Isto é uma vergonha. Nunca fomos roubados por tantos!
E vão todos parar aos territórios africanos que estiveram sob administração colonial portuguesa.
Coincidência??
Abraço
António de Sousa,
Obrigado pela visita e pelas palavras. Salazar é um nome que choca muita gente, mas maior choque é sentido quando se compara que ao fim de tantos anos de governo morreu pobre, enquanto estes em poucos meses amealham fortunas milionárias para eles, para as famílias (com ou sem nomes de legumes), para os amigos e para os amigos da família e dos amigos.
Todos os protegidos, agem como elementos de um bando com conivência, cumplicidade e dever de segredo. Para manter este, como «quando se zangam as comadres descobrem-se as verdades», funciona um sistema de troca de favores, em que cada um vai obtendo mais privilégios à custa do erário. É um vórtice sugador dos recursos nacionais que são absorvidos pelos boys do «grupo».
Depois se surge o risco de ficarem sob a alçada da Justiça, o que é raro por ela normalmente complacente ser para os políticos, saem do país para exploração do sucesso no enriquecimento, como o que está na ilha do Sal e o que agora vai para Angola e Moçambique.
Reze a Deus para que isto melhore a fim de a sua criança não vir a ter um futuro pior do que aquele que estamos a imaginar.
Um abraço
João
Sempre Jovens
Caro Pedro Coimbra,
O Sr repara em cada coisa!!!
Porque será? Gosto de aceitar desafios que me obrigam a pensar para retardar o envelhecimento do cérebro!
Primeiro, surge o idioma que é um traço de união dos Palops. E os foragidos, como a generalidade dos boys são pessoas pouco sabedoras e só eventualmente terão conhecimento das línguas de países evoluídos.
Segundo, Os países evoluídos querem pessoas bem preparadas, competentes que lhes aumentem o desenvolvimento e recusam receber mendigos ou pessoas sem qualificação e com muitos vícios, do género de querer enriquecer sem fazer esforço.
Terceiro, porque nos Palop, resta um tradicional apreço pelos portugueses que outrora os ajudaram a viver e a respeitar como pessoas, embora tenha havido algumas excepções.
Quinto, para esses países, ir da Europa, é ter um olho e como diz o ditado, «em terra de cegos quem tem um olho é rei». E os vícios de corrupção não serão muito conflituais com os usos actuais dessas terras.
Será isto? O meu amigo, ao levantar a questão, já teria uma análise mais completa. Poderá expô-la aqui, para nosso aumento de saber.
Um abraço
João
Só imagens
Só imagens
Enviar um comentário