De notícia do PÚBLICO extrai-se: «O ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, António Mendonça confirmou hoje que haverá um “aumento de cerca de 3,5 por cento para os passes sociais e de 4,5 por cento para as tarifas, no seu conjunto”.»
É mais um sinal que deve suscitar as maiores preocupações da parte de cerca de 90% da população e levá-la a meditar sobre a situação em que foi colocado o País.
Neste dito «Estado social», a «austeridade», consequência de má gestão pública durante anos, constitui um roubo multifacetado ao bolso vazio dos pobres, que se vêm lesados ou mesmo privados de benefícios sociais, de salários e, por outro lado, vêm as suas despesas acrescidas para serem mantidos os lucros de empresas de serviços públicos, desde bancos a transportes, e as benesses dos seus administradores, consultores, accionistas, etc. Isto não dá boa imagem a tal estilo de «Estado social» de que os governantes se gabam e em que o fosso entre os mais ricos e os mais pobres, em vez de ser reduzido, se torna maia largo e mais profundo.
Mas os defensores do sistema não convém se esquecerem de que, quando a justificada ira do povo atingir um grau insustentável, não há muralhas nem fossos que o impeçam de conquistar a fortaleza e aniquilar o inimigo público. Pelo caminho que as decisões superiores estão a tomar, esse momento está cada vez mais próximo. Tenham cuidado. Pensem antes de decidir. Pensem mais nas pessoas do que nos euros dos ricaços. Libertem-se um pouco das grandes pressões dos detentores do poder do dinheiro que os dominam puxando os cordelinhos, e pensem nos 90% de cidadãos, eleitores, clientes, consumidores e nas condições em que está a viver a maioria da população que tão desprezada e sacrificada tem sido.
Não esqueçam que o voto de cada pobre vale tanto como o de cada rico.
Imagem da Net
A Necrose do Frelimo
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