segunda-feira, 27 de abril de 2009

Liberdade de expressão em perigo

A Constituição da República Portuguesa dedica o Artigo 37.º à «Liberdade de expressão e informação» e o Artigo 38.º à «Liberdade de imprensa e meios de comunicação social». Acerca de atropelos a esses preceitos constitucionais, recebi o URL de um vídeo, por e-mail de um amigo respeitador da entidade Governo e dos governantes, e que aqui deixo aos visitantes deste espaço, porque constitui uma peça definidora dos problemas actuais da sociedade portuguesa.
Para ver e ouvir o vídeo, basta clicar no link ou, se isso não funcionar, pesquisar no Google com o URL do link:
http://www.videos.iol.pt/consola.php?projecto=27&mul_id=13130598&tipo_conteudo=1&tipo=2&referer=1

26 comentários:

Luís disse...

Caro João,
As ameaças, as censuras, as pressões contra a «Liberdade de imprensa e meios de comunicação social» e à «Liberdade de expressão e informação» está a trazer um mal estar enorme e, dessa forma, poderá virar-se o"feitiço contra o feiticeiro"! Espero sinceramente que tal aconteça para bem de todos nós.
Estamos debaixo de um sistema autoritário sob a capa de algo a que querem chamar liberdade!

A. João Soares disse...

Caro Luís,
A memória dos políticos é muito fraca. Deviam recordar-se que o Cavaco teve dificuldades com os jornalistas no fim do mandato de PM, porque disse que não lia os jornais e se recusava a responder às perguntas, mesmo que tivesse de meter na boca um grande pedaço de bolo!
Não é fácil governar contra qualquer sector da nação e os jornalistas têm muita força, principalmente em época de globalização. Se fecham um jornal nosso as notícias virão nem jornais estrangeiros. Quando criam dificuldades a um blog outros aumentam o tom da sua voz.
Um abraço
João

Beezzblogger disse...

Isto está ficar muito complicado, não que eu tenha medo deles, da SIS, ou de outro PM enfurecido, desse não, ter medo é sim, sinal de inteligência, e do que desconheço, não desta gente que já sei do que são capazes.

Mas se continuarem, concordo que talvez estejam a cavar a própria sepultura...

Veremos...

Abraços do Beezz

José Lopes disse...

Há quem se julgue acima dos outros, quem goste de atacar do alto da tribuna, mas deteste que os outros usem a sua liberdade para dizer o que pensam e para questionar sempre que as coisas não são claras.
Cumps

A. João Soares disse...

Beezz,
Procuro sempre não perder tempo com tricas de incidência limitada e ocupar mais o espírito com os grandes problemas de Portugal. Nesse sentido não acho bem que os partidos gastem as suas energias a pensar e a discutir os vis interesses deles e não dedicarem uns minutos por dia ao povo que deve ser o objectivo da sua acção.
Com os abusos do poder, a recusa em combater a corrupção e o enriquecimento ilícito que são um cancro de Portugal, a recusa em esclarecer dúvidas que o povo sente na carne, estão a arranjar um destino muito duvidoso, e em que todo o País irá sofrer.
Precisamos de sensatez a todos os níveis principalmente no mais elevado da hierarquia nacional.
Portugal não pode continuar nesta pouca vergonha, tem de mudar e seria bom que a mudança fosse bem conduzida,
Tenho falado na elaboração de um CÓDIGO DE BEM GOVERNAR, uma espécie de dez mandamentos para os políticos.
Um abraço
João

A. João Soares disse...

Caro Guardião,
«O Poder corrompe e o poder absoluto corrompe absolutamente». li isto há muitos anos. Agora a arrogância do poder torna-o absoluto, exagerado, intocável.
Isto está a seguir um mau caminho, muito mal iluminado e visando interesses pouco definidos. Há quem esteja interessado na continuação da corrupção e do enriquecimento ilícito pelo que se opõe à sua criminalização. Porquê? Fica ao critério dos cidadãos fazer uma ideia sobre isso. Mas os motivos que os políticos alegam não convence ninguém.
Um abraço
João

Leandro disse...

Meus caros, se se pretende com a divulgação deste vídeo demonstrar que a liberdade de expressão está ameaçada em Portugal, então vou aí e volto já.
Não sei qual é a intenção, embora ela pareça clara e óbvia: apoiar as palavras de Eduardo Moniz e execrar o PM. Este tornou-se o puntching-bal em que alguns descarregam a sua raiva, as suas frustrações, os seus medos e as suas debilidades congénitas. Daí que, para esses, qualquer Moniz que por aí apareça do alto do púlpito que a liberdade de expressão lhe consente, merece o aplauso e a consagração. Para esses, o Moniz tem toda a razão em caucionar a vergonhosa utilização que a sua mulher faz da liberdade de expressão e a afronta que todas as sextas-feiras comete contra a nossa inteligência. Para esses, o carácter de José Sócrates deve sujeitar-se a ser todas as semanas vilmente trucidado perante a opinião pública que ele, o homem, não tem direito a reagir. E nem sequer de fazer uso da liberdade de expressão que a Constituição também lhe confere. Para esses, é perfeitamente normal que um telejornal se transforme num miserável instrumento de perseguição pessoal, para isso usando da mais vergonhosa manipulação de “factos” e a mais saturante e sistemática repetição das atoardas.
Bem, não credito, piamente não acredito que o senhor Luís esteja a falar a sério com o que diz, ou então está a presumir que somos todos parvos.

Bernardo disse...

Meus caros, se se pretende com a divulgação deste vídeo demonstrar que a liberdade de expressão está ameaçada em Portugal, então vou aí e volto já.
Não sei qual é a intenção, embora ela pareça clara e óbvia: apoiar as palavras de Eduardo Moniz e execrar o PM. Este tornou-se o puntching-bal em que alguns descarregam a sua raiva, as suas frustrações, os seus medos e as suas debilidades congénitas. Daí que, para esses, qualquer Moniz que por aí apareça do alto do púlpito que a liberdade de expressão lhe consente, merece o aplauso e a consagração. Para esses, o Moniz tem toda a razão em caucionar a vergonhosa utilização que a sua mulher faz da liberdade de expressão e a afronta que todas as sextas-feiras comete contra a nossa inteligência. Para esses, o carácter de José Sócrates deve sujeitar-se a ser todas as semanas vilmente trucidado perante a opinião pública que ele, o homem, não tem direito a reagir. E nem sequer de fazer uso da liberdade de expressão que a Constituição também lhe confere. Para esses, é perfeitamente normal que um telejornal se transforme num miserável instrumento de perseguição pessoal, para isso usando da mais vergonhosa manipulação de “factos” e a mais saturante e sistemática repetição das atoardas.
Bem, não credito, piamente não acredito que o senhor Luís esteja a falar a sério com o que diz, ou então está a presumir que somos todos parvos.

A. João Soares disse...

Lerandro,
Está certo que não se deve vi
lipendiar ninguém e aqui incluo os governantes. Mas estes têm o acesso à Justiça para esclarecerem aquilo em que o povo tem dúvidas. E se o PM tivesses esclarecido essas dúvidas não deixava margem para a TVI entrar no problema.
Depois, há coincidências que não favorecem o governo como a recusa em criminalizar o enriquecimento ilícito e a corrupção, de que os políticos são os principais beneficiados.
Sócrates tem muuito rabos de palha e não quero aqui entrar no rol das suspeitas. Mas, por exemplo, a propósito da licenciatura meteu o professor António Balbino Caldeira em tribunal e depois desistiu do processo. Porquê? Teve medo de quê? Afinal de que lado estava a razão?
Veremos agora como será resolvido o caso com a TVI em tribunal. Nada tenho contra Sócrates, a não ser exigir que cumpra o juramento que fez ao tomar posse, já que não cumpriu muitas das promessas que fez para nos sacar os votos.
Abraço
João

A. João Soares disse...

A malhação está a funcionar!!!
O Leandro e o Bernardo, enviam um mesmo texto, absolutamente igual, às 22:36 e às 23:07. O senhor engenheiro Sócrates tem razão quando fala de travestis!!! Mas estes saltam em sua defesa e não a hostilizarem-no.
Talvez seja mais um género de pressões como as de que se falou há poucas semanas. E nada esclarecem...

Bernardo disse...

Sim, senhor João Soares. O Bernardo é o mesmo que Leandro. Mas houve uma razão para isso. O texto foi enviado e o blogue recusou-o com a informação de que devia utilizar uma conta diferente. Não houve intenção de duplicar a identidade. E não pretendo outra coisa que contribuir para um pouco mais de pluralismo à vossa discussão,toda ela enviesada pelo partidarismo cego e doentio. Se o Bernardo vingar, como agora espero, que se faça o funeral ao Leandro. Já agora, enviei ontem outro texto como Bernardo e até agora não apareceu. Tudo indica que há um obstáculo qualquer com os meus comentários. A ver vamos.

Bernardo disse...

TEXTO ENVIADO ONTEM E NÂO PUBLICADO ATÉ AGORA


Vamos lá, vamos lá. É irrecusável que o poder absoluto corrompe. Mas se é efectivamente uma verdade, não nos podemos cingir a afirmações-lugares comuns, quase sempre epidérmicas. Falar de poder absoluto obriga a uma análise comparativa e necessariamente de índole histórica e sociológica. É óbvia a insinuação ao actual governo, faça o que ele fizer, proceda como proceder, aja como agir. Se o senhor João Soares reflectir um bocadinho que seja não tardará a concluir que todo o governo (democrático) desde o derrube de Marcelo foi sempre objecto de orquestradas campanhas após um estado de graça mais ou menos prolongado. E isso inclui até o governo de maioria absoluta de Cavaco. Este fenómeno obriga-nos a reflectir, mas a reflectir seriamente, sobre quem somos e o que queremos para a estabilidade deste país.
Então acha que o actual partido que governa é que não está interessado em que se criminalize o enriquecimento ilícito? Então acha que os tubarões da banca que emergiram na cena nacional após o Cavaquismo estão a ser protegidos pelo actual governo e o seu partido? Acha mesmo que os homens do escândalo financeiro que por aí estoirou estão afectos ao actual governo e o seu partido?

Bernardo disse...

Vamos lá, vamos lá. É irrecusável que o poder absoluto corrompe. Mas se é efectivamente uma verdade, não nos podemos cingir a afirmações-lugares comuns, quase sempre epidérmicas. Falar de poder absoluto obriga a uma análise comparativa e necessariamente de índole histórica e sociológica. É óbvia a insinuação ao actual governo, faça o que ele fizer, proceda como proceder, aja como agir. Se o senhor João Soares reflectir um bocadinho que seja não tardará a concluir que todo o governo (democrático) desde o derrube de Marcelo foi sempre objecto de orquestradas campanhas após um estado de graça mais ou menos prolongado. E isso inclui até o governo de maioria absoluta de Cavaco. Este fenómeno obriga-nos a reflectir, mas a reflectir seriamente, sobre quem somos e o que queremos para a estabilidade deste país.
Então acha que o actual partido que governa é que não está interessado em que se criminalize o enriquecimento ilícito? Então acha que os tubarões da banca que emergiram na cena nacional após o Cavaquismo estão a ser protegidos pelo actual governo e o seu partido? Acha mesmo que os homens do escândalo financeiro que por aí estoirou estão afectos ao actual governo e o seu partido?

A. João Soares disse...

Senhor Bernardo Leandro ou Leandro Bernardo,
Antes de tecer algumas considerações às suas palavras, sugiro-lhe que leia os 1383 posts e respectivos comentários existentes até agora neste blog, para não usar de «afirmações-lugares comuns» quando se refere a «partidarismo cego e doentio».

Orgulho-me de não dever obediência a qualquer partido ou movimento político e, no meu patriotismo, apenas procuro defender os interesses nacionais coisa que os partidos abominam quando se desgastam a fazer concorrência com os outros na conquista de votos, esquecendo que o seu objectivo devia ser a procura de mais bem-estar para os portugueses.

Se as apreciações estão mais focadas no governo (tal como nos anteriores - veja as cartas que eu escrevia para os jornais no tempo de Durão Barroso e de Santana Lopes), é porque o Governo está sob juramento e tem um programa de governo a cumprir tal como as promessas eleitorais em troca das quais recebeu os votos. A oposição não está sob juramento e não há de que a criticar, por falta de um «Código de conduta política» que lhe imponha normas.

É nisto que se baseia o facto de todos os governos desde Marcelo terem sido objecto de críticas. Não tinha pensado nisso?

Não há aqui, da minha autoria, «partidarismo cego e doentio», há apartidarismo, isenção distanciamento das tricas partidárias e preocupação na «avaliação do desempenho» dos governantes.

Na leitura que certamente irá fazer dos posts deste blog encontrará a firmação de que, nos primeiros meses deste governo, o considerei o melhor depois do 25 de Abril, com projectos de reformas que já deviam ter sido feitas há muito. Só que depois ao tentar concretizar hostilizou aqueles que nelas deviam colaborar, da Justiça, da Saúde, da Segurança Interna, da Educação, etc.

Fala de «afirmações epidérmicas» e diz que é preciso «reflectir seriamente». Não é isso que faz com estas suas palavras balofas cheias de lugares comuns, nada apontando de concreto, nada que se pareça com a profundidade de muitos posts que aqui pode ler.

Usa a técnica dos assessores que apenas aspiram a receber o gordo salário mensal e outras benesses.

As suas palavras são exageradamente epidérmicas sem tocar na epiderme, usando luvas de cirurgião ou de esteticista!

Com os comentários que tece ao blog seria de esperar algo de mais profundo com linhas de estratégia de longo prazo com solução para a crise, etc.

Mas sobre estes temas pode aqui encontrar algo de positivo, assim o pretenda encontrar. Claro que a dimensão de um post, para ser lido num País onde não há muito gosto pela leitura, não pode ser a de um tratado de ciência política, não acha?

Perante o aspecto epidérmico das suas palavras, não sou obrigado a responder à sua pergunta acerca do enriquecimento ilícito, pois devia ser o sr, a vir esclarecer o assunto. Acha que, pelo menos depois de o Eng João Cravinho, ter apresentado propostas para isso, o PS fez um avanço sistemático, organizado consistente, estratégico, eficaz para resolver o problema? Porque o não fez? Deve haver alguma razão para isso? Porque não confessam essa razão? Será confessável?

O vídeo aqui referido tem na sua origem o caso Freeport. Charles Smith diz agora que antes tinha mentido. Porque veio dizer que mentiu? Qual o seu «benefício» em o dizer? Se é mentiroso, em qual das suas duas afirmações contraditórias devemos acreditar?

Tudo isto é muito confuso e não se esclarece com as suas palavras epidérmicas nem com a malhação do ministro Santos Silva ou do deputado Vitalino Canas. Mas todo o País merece ser esclarecido da verdade, e tal é indispensável para o prestígio e bom nome do senhor Primeiro-ministro de Portugal, para benefício moral dos portugueses. Há que reconquistar a confiança nos bons exemplos que devem vir de cima.

Espero não voltar a ter necessidade de lhe fornecer tantos esclarecimentos, como hoje. As pistas que lhe dei servirão para lhe esclarecer as ideias e ficar menos doente de «partidarismo cego e doentio», usando as suas palavras!
Cumprimentos
João Soares

Anónimo disse...

Caro A João Soares, já nos conhecemos à algum tempo neste meio, e o meu amigo sabe o que penso. Não sou ligado a nenhum partido, mas sou de esquerda, da verdadeira. Irei votar no PCP, sim assumo-o, serei sempre simpatizante ideológico do PCP até este me defraudar. Mas estes "Leandros Bernardos", são os atordoados do costume, são ressaviados egocêntricos, com a mania da perseguição, perseguindo todos aqueles que queiram opinar, na liberdade de expressão que a Constituição da República lhes confere.

Para que não restem dúvidas, deixo aqui, bem escarrapachado, para os "Leandros e Bernardos" lerem, um artigo que recebi hoje por e-mail, de pessoa devidamente identificada e o coloquei no Meu "Memorando Revolucionário".

"Vejam a independência e isenção desta Procuradora, para além desta amizade notória, fez parte da Comissão de Honra da Candidatura do Mário Soares….que, como é óbvio, quer o Almeida Santos quer o Mário Soares, não têm nada a ver com o P.S.!

Agora, percebe-se melhor por que motivo ela e o Sr. Procurador Lopes da Mota ( o tal da Eurojust, na Haia ) declinaram, em Setembro, trabalhar em conjunto com a Polícia Inglesa para esclarecer factos sobre o Freeport… pudera…

Percebe-se, também, mais duas ou três coisas:

1 - Foi peremptória em dizer que não queria ver o vídeo ( já sabemos que não pode constituir prova em Portugal pois não foi obtido por ordem dum juiz, mas, a verdade, é que pode ajudar imenso na constituição e clarificação da prova, como toda a gente diz, a começar pelos peritos, ou seja, os advogados )

2 - É peremptória em afirmar que Sócrates nem é arguido nem é suspeito de nada ! ( Como assim, pois se ele é o principal suspeito de ter recebido “luvas” …….???) pelo que não deve ser inquirido…..Creio que se isto fosse um país decente com procuradores verdadeiramente independentes do executivo - o que manifestamente não é o caso desta Senhora -até no seu próprio interesse, já deveria ter sido inquirido há muito!

3 - Para cúmulo, quando os dois Procuradores que estão a tratar do caso se lhe ( sim, a ela, directamente, pois é ela a sua - deles - superior hierárquica ) queixaram de que estavam a sofrer pressões, “esqueceu-se” de informar a hierarquia, ou seja, o próprio PGR, pelo que estes não tiveram outra solução que não fosse denunciar esta manobra ao sindicato…

Uma última reflexão : por que motivo há pressões e vontade de arquivar o processo ? Quem tem medo que o inquérito siga o seu curso e chegue a conclusões? Quem pressiona e com que objectivo ?

Mas tudo isto não é demasiado óbvio ?

Mas, por que raio de motivo, este tipos insistem em fazer dos Portugueses parvos?
"

Se quiserem Mais, é só dizerem, que lhes enviarei os podres desta gente toda.

Abraços revolucionários do Beezz
Carlos Rocha (Nome Verdadeiro)

Luis disse...

Caro João,
Tive o prazer de ler os teus comentários todos eles muito concretos e, como é usual em ti, totalmente apartidários, bem fundamentados e dirigidos para pessoas sensatas que pugnam por um Portugal mais sádio. Aqui ninguém "malha", o que se procura é encontrarem-se melhores caminhos do que aqueles que nos têem levado à degradação da Justiça, da Saúde, da Educação, do Desemprego, etc., etc. Por outro lado defende-se a credibilidade dos responsáveis sejam eles quais forem, pois não usamos "palas" como os burros precisam para se não distrairem e seguirem outros caminhos. Não, nós sabemos o que queremos e para onde vamos não sem que, por isso, sejamos seguidistas. Aqui há pluralidade de pensamento mas todos temos um interesse comum: Salvar Portugal desta mediocridade em que se tem vivido! Mário Soares é o primeiro agora a referir essa mediocridade que ele estende igualmente à Europa! Valha-nos o bom senso, esse Senhor Bernardo Leandro ou Leandro Bernardo que leia os nossos posts e os respectivos comentários e depois que fale! Diz que não acredita que estejamos debaixo de um sistema autoritário sob a capa de algo a que querem chamar de Liberdade! Então porque se está sempre com ameaças, com pressões, com "malhações", com perseguições a funcionários, etc., etc. Lembra-me aquele dito do Jo Soares: "TEM PAI QUE É CEGO!"

A. João Soares disse...

Caros Beezz e Luís,

Agradeço mais estes vossos comentários imbuídos do verdadeiro sentido de DEMOCRACIA. Pelos vistos, abundam os fanáticos da partiradite aguda que usam indevida e ignorantemente este termo que vem da palavra grega “demos” que significa povo. Nas democracias, é o povo quem detém o poder soberano sobre o poder legislativo e o executivo.
Os eleitores têm todo o direito de prestar muita atenção à forma como os eleitos, seus mandatários, cumprem o dever que lhes foi atribuído pelo voto e pelo juramento que fizeram. Governar honestamente representa mais deveres do que direitos.
E, assim, se compreendem as palavras referidas num parágrafo de outro post que transcrevo:

Mário Soares disse e tem falado várias vezes em consonância com o tema de que o povo tem de usar o seu direito de manifestar a sua INDIGNAÇÃO. Cavaco Silva disse e tem insistido que nada se ganha com a RESIGNAÇÃO. Manuel Alegre, deputado e ex-candidato a PR, criticou a ABDICAÇÃO CÍVICA . Agora (24horas de ontem) Ramalho Eanes diz que os portugueses devem ser «MAIS EXIGENTES» com os governantes e que não podem deixar adormecer «a capacidade de se revoltarem» e, quando necessário, «substituir governantes».

Um outro aspecto significativo é o do anonimato com que os travestis do poder se ocultam, usando múltiplos heterónimos, como acontece com este comentador que, provavelmente, irá aparecer novamente com outra identificação, na ânsia de agradar aos seus chefes a fim de vir a obter promoção, ganhar um tacho dourado e direito a futuras reformas milionárias acumuladas como acontece com a generalidade dos políticos que se preocupam não a governar Portugal mas em sacar o máximo do orçamento que conta com os nossos impostos, cada vez mais onerosos.

Abraços
João Soares

Bernardo disse...

Senhor João Soares, distinto e respeitável proprietário deste blogue. Tenho imenso gosto em responder-lhe, fazendo uso deste bem precioso que é a liberdade de expressão, legado de Abril. Foi o tema liberdade de expressão que, aliás, me fez intervir neste blogue quando, muito casualmente, a ele acedi, sugestionado pelo título do spot por si publicado. A minha resposta irá ser fraccionada em sucessivas intervenções, a fim de não saturar os leitores e, provavelmente, não exceder os limites impostos aos comentadores.
Em primeiro lugar, peço-lhe que me trate apenas por Bernardo, meu verdadeiro nome. Como lhe expliquei, o Leandro é efectivamente um heterónimo e serve tão-só para intervenções bloguistas. Expliquei-lhe a razão pura e simples por que o meu comentário foi inserido em duplicado, ou simplesmente reiterado, assumindo duas identidades diferentes. À primeira vez que o tentei inserir, como Leandro (pseudónimo das minhas intervenções), o blogue pareceu-me não o ter recepcionado, indicando que eu devia utilizar uma conta diferente, o que eu fiz procedendo a novo registo e com outra identidade. Portanto, se é uma pessoa razoável, como me parece sem margem para dúvidas, logo tem de concluir que as minhas razões explicativas da duplicação havida são perfeitamente plausíveis, pois que não faz qualquer sentido nem oculta nenhuma rasteirice inserir um texto duas vezes e com nomes diferentes, funcionando contra o comentarista. Num parênteses, o acesso ao blogue parece-me complicado, dado que tenho tido necessidade de fazer registos de cada vez que comento, repetindo as inscrições anteriormente já feitas.
O segundo esclarecimento que me imponho é sobre mim e as intenções que me movem. Sou apenas um cidadão como o senhor João Soares. Livre como um passarinho, fiel à minha consciência, liberto de compromissos ou amarras quaisquer que sejam. Efectivamente, não pertenço a nenhuma organização partidária, sindical, patronal, ou qualquer outra que me iniba de completa e escorreita expressão do que habita e lavra no meu espírito. Faço por interpretar da melhor forma a fruição deste diamante ainda por lapidar entre nós, que é a DEMOCRACIA e o que ela contém de virtuoso para o nosso progresso como seres ontológicos e sociais. Aos 58 anos de idade e ao longo de todo este tempo em que nos libertámos de um regime autoritário (não direi fascista como por certo preferirá o senhor Beez, fazendo jus à cassete), tento ser um cidadão atento ao que flúi à minha roda, procurando não deixar que o ódio e o sectarismo obscureçam a minha consciência e os meus juízos, ou que a injustiça seja a mandatária das minhas acções. Sempre votei nos partidos “estruturantes” do nosso regime democrático, o que inclui necessariamente o PS, O PSD e, para mim até o CDS, excluindo inapelavelmente os restantes, por serem organizações partidárias atentórias de uma estabilidade sem o que não rasgaremos nem consolidaremos o caminho do futuro. Com esta visão descomprometida dos fenómenos da vida política do nosso país, as minhas opções por mais de uma vez já se repartiram pelos citados partidos estruturantes, escolhendo os homens pelo seu valor e os programas das candidaturas pela sua credibilidade, oportunidade e pertinência.
E é por estas precisas razões que não aceito as intenções que me quer atribuir, e muito menos a filiação partidária a que me quer ligar. Aliás, seria mais uma injustiça não para mim mas para o partido a que se quer referir. E é por todo este intróito que em passos sucessivos irei demonstrar-lhe as razões por que defendo Sócrates e o seu governo de injustas catilinárias venham de onde vierem. Espero que o seu espírito democrático me conceda ao menos esse direito.

A. João Soares disse...

Bernardo,
É justo reconhecer que escreve bem, com muita fluência e boa gramática e com uma expressão das ideias de forma lógica e clara.
Diria que é professor de português ou de filosofia. E, porque não, de matemática?
Cumprimentos
João Soares

Beezzblogger disse...

Em resposta ao Ilustre Bernardo, se me permitir, e eu sei que sim, apenas lhe quero dizer, em tom de "Cassete", que me conota mal ao que me quer conotar. Sem me conhecer pessoalmente, já fez esse juízo, quanto a mim, precipitado, pois o "eu votar no PCP", não é sinónimo de ser militante deste Partido, embora admire em muitos aspectos a sua ideologia.

Primeiro, porque sou trabalhador, sim, assalariado, e luto todos os dias pelos meus direitos e desde o 25 de Abril, apenas o PCP me tem acompanhado nas ideias, mais nenhum partido o fez, o PS chegou a andar perto, no tempo de Guterres e Ferro Rodrigues, mas virou, e salta à vista de qualquer um, até pela legislação aprovada por esta maioria em "pseudo" sede de concertação social. Jamais permitirei, que me maltratem, seja de que maneira for.

Em Segundo Lugar, respeito a sua opção, de votar no bloco central de interesses, bloco esse, que a meu ver, tem os dias contados, felizmente, e só para lhe dar um exemplo, na actual cena internacional, a ISLÂNDIA, governada durante anos pelo tal neo-liberalismo e bloco central, até mais de direita, quem ganhou as Eleições foi uma coligação de esquerda, por aí já se pode puxar o fio, se quiser. Depois quem esteve, ou está ligado, em ideologia, ou em interesses, o deve fazer, deve votar nesse Bloco Central de interesses, a Liberdade assim o permite.

Em terceiro lugar, caro Bernardo, com este assunto posso eu bem, e esta salutar troca de ideias, faz-nos crescer, este espaço do meu amigo que muito prezo, apartidário, como eu, mas que exerço o meu direito cívico votando PCP, relembro que votar não significa pertencer ao partido, serviu para uma coisa importante, que foi, saber verdadeiramente o que querem os apologistas do "Viró disco, e toca o mesmo", ficou claro para mim.

Tenha um resto de uma Boa semana, e passe Bem.

Carlos Rocha (Beezz)

Bernardo disse...

Boa tarde, Senhor João Soares

Em primeiro lugar, quero dizer-lhe que não foi por falta de cortesia que eu não o cumprimentei formalmente nas minhas intervenções anteriores, em sintonia com a praxis deste blogue. Digamos que o frenesim da intervenção e o pisar terreno ainda desconhecido desviaram a minha atenção desse bom princípio.
Agradeço as suas palavras simpáticas sobre a qualidade literária do meu texto. Sem querer entrar em troca de galhardetes, também não posso deixar de reconhecer a qualidade deste blogue, tanto do ponto de vista literário como de conteúdo. Alguns spots anteriores que consultei atestam a qualidade dos temas tratados e os propósitos cívicos que movem os seus autores. A nossa divergência é em certas questões da actualidade, tanto casuísticas como de fundo, e, muito em particular, os juízos sobre a pessoa e o governante Sócrates.
Mas, se está recordado, foi o tema “Liberdade de expressão em perigo” que motivou a minha aparição neste blogue, ao querer contrariar a tese defendida. Penso que são irreversíveis as etapas já atingidas no nosso percurso democrático, não acreditando que as liberdades possam estar ou vir a estar ameaçadas. Podemos ter défices de coesão nacional no nosso viver colectivo, mas as liberdades desta vez vieram para ficar e, se outras razões não houvesse para crer na sua irreversibilidade, o simples facto de pertencermos à União Europeia torna inviável qualquer aventureirismo político que as comprometa.
As insinuações com que alguns se comprazem não fazem sentido. Ainda mais sendo o PS o partido político que suporta o actual governo, que se alguma coisa o diferencia positivamente dos seus opositores é exactamente no crédito contraído para conquista e consolidação das liberdades cívicas, inexistentes (ou insuficientes) antes de Abril de 1974 e ameaçadas logo após a sua conquista. Acontece que no tempo dos governos de Cavaco também houve insinuações do género, e então como hoje não acreditei que algumas situações apontadas pela oposição tivessem fundamento e significado.
Qualquer governo de maioria absoluta só por si desperta no inconsciente colectivo medos ou receios que alguns auto-indigitados “psicanalistas” da nossa praça não tardam em empolar ou interpretar maldosamente para fazer a nuvem passar por Juno. Basta um pouco mais de firmeza na acção governativa para que ela seja acusada de conspiração contra as liberdades. É bom que comecemos a reciclar de uma vez por todas a nossa mentalidade, alijando-a de temores injustificados, esconjurando fantasmas que ainda possam subsistir dos tempos inquisitoriais e pidescos. E é bom que tomemos consciência de que as maiorias absolutas são indispensáveis para estabilizarmos as condições para a governação.
Aludindo ao actual governo, diz que “depois ao tentar concretizar (as reformas) hostilizou aqueles que nelas deviam colaborar, da Justiça, da Saúde, da Segurança Interna, da Educação, etc.” Quanto a isto, não acredito que se consiga fazer qualquer reforma sem implicar com os ditos direitos adquiridos dos sectores atingidos. Por esta percepção no espírito de alguns é que elas nunca foram feitas, avolumando-se os problemas estruturais que são a origem dos nossos males. Note que nem o Cavaco, tido como governante modelar, se atreveu a meter a foice nessa densa seara. Quando o Barroso anunciou que o seu governo ia reformar a função pública aplaudi e apoiei. Foi o que sabemos. O Cavaco mais do que ninguém teve uma conjuntura favorável para empreender reformas profundas, ao passo que o Sócrates teve de as iniciar em contra-ciclo, isto é, em simultâneo com a imposta redução do défice. Não vou adiantar mais nada sobre os engulhos e os pedregulhos mentais que ao longo dos tempos sempre entravaram o nosso progresso. Isto pode ser tema para outras discussões.
Agora, acho que o Sócrates merece o reconhecimento nacional pelo que fez até agora pelo seu país, apesar dos seus defeitos e de erros pontuais cometidos, pois que também os tem e não podem deixar de ser assinalados. E quem é perfeito? E quem poderá reformar o país sem atrair sobre si ódios e incompreensões? Mas um erro que aponto ao governo é não ter feito uso de mais tacticismo político, é não aceitado propostas de outros partidos, em especial do PSD, concernentes à política de reformas. Neste particular, não usou de toda a inteligência política, porque caso tivesse comprometido a oposição com as reformas mais críticas, mesmo engolindo alguns sapos das suas convicções, teria repartido o ónus do odioso despertado por muitas delas, desarmando a virulência do ataque dos opositores. Bem, pode ter pensado na experiência de António Guterres e no seu gosto pelo diálogo, não esquecidas as desilusões que averbou no seu pouco conseguido governo. Por outro lado, é de perguntar se as oposições seriam capazes de contribuir construtivamente e de boa mente para as reformas, sabendo nós o que a história nos diz sobre o parlamentarismo português.
E, contudo, se estas reformas não prosseguirem, contra tudo e contra todos os seus encarnecidos obstrutores, não creio que tão depressa voltem a ser tentadas, muito menos por governos minoritários. Não estou a ver neste momento alternativas credíveis na oposição. Talvez o Rui Rio. Quanto ao PCP e sua CGTP e ao Bloco, devia preocupar-nos que capitalizem ganhos eleitorais com o descontentamento provocado por qualquer reforma que se queira fazer neste país.
Se defendo o PM, causando-me indignação as campanhas para o denegrir e crucificar, é por acreditar que ele é um raro exemplo de líder nacional e merece ser defendido. E é também por entender que o fundo dos nossos problemas não tem nada a ver com ele. O problema é connosco e reside no nosso inconsciente colectivo. Se passarmos os olhos pela nossa história, veremos que os construtores de Portugal foram pessoas do mesmo perfil e quilate de José Sócrates. Com a mesma têmpera, com a mesma energia, com a mesma coragem e com a mesma determinação e ousadia. Basta pensarmos em Afonso Henriques, em Nuno Álvares, agora feito santo, no Infante D. Henrique e no rei D. João II. E até no Marquês de Pombal. Todos eles com enormes defeitos, como bem sabemos, só que, diferente deles, o Sócrates vê a sua imagem permanentemente reflectida no espelho da opinião pública e a sua acção permanentemente escrutinada e avaliada pelos meios políticos e pelos media. Mas ainda bem! Mas é pena que esteja a ser combatido menos no terreno das ideias que no da maledicência. Tivesse o Infante vivido hoje, submetido a qualquer escrutino, Portugal jamais teria conquistado terras no além-mar e criado um império. Seria provavelmente uma simples província espanhola.

Os meus cordiais cumprimentos

Bernardo

Bernardo disse...

Boa tarde, senhor Carlos Rocha

Creia que considero respeitáveis as opções eleitorais que faz. Mas acredite que, também eu, sou um trabalhador e não é por isso que simpatizo com o ideário comunista.
O sistema capitalista faliu, sim senhor, e merecem-nos hoje as maiores censuras os desvios de percurso que levaram à actual crise. Mas foram apenas desvios de percurso, não o sistema em si, que provocaram a situação. Pelo contrário, no mundo comunista, bem sabe que foi a filosofia que estava errada, e por isso ela foi rejeitada por todos os que nela acreditaram, à excepção de Cuba, que ainda persiste na sua vocação de dinossauro. Mas não vai ser por muito tempo.

Um bom fim-de-semana para si.

Bernardo

A. João Soares disse...

Meus caros,
E tudo isto para se analisar a diferença de reacção de dois indivíduos que se consideraram ofendidos. Um reagiu com arrogância e palavras de carroceiro, o outro usou modos e palavras de um diplomata, de um nobre.
Refiro-me apenas às palavras de cada um.
Os políticos em funções de Estado não deviam assumir direitos especiais, porque sobre eles pesa um pesado ónus, o dever de abdicar dos seus interesses pessoais para se dedicarem de corpo e alma a criar as melhores condições de vida para os seus concidadãos que acreditaram nas suas promessas eleitorais, tiveram confiança e esperança neles e lhes deram o voto nomeando-os seus mandatários para as tarefas da governação.
E creio que não é preciso entrar em pormenores.
Abraços
A. João Soares

Miguel Letra disse...

Boa tarde a todos.
Gosto de ser curto nas minhas intervenções, daí passar ao acto:
Apenas me recordo de uma música da Lena d'Água que dizia:

Demagogia feit'á maneira
é como queijo numa ratoeira

Deixo um anúncio:
Precisa-se Governo, para cuidar dum povo abandonado!
Cumprindo suas funções garante-se:
Emprego Longo e Bem Apoiado!

ESTÁ SIM MUITA COISA EM PERIGO E EU DAQUI DO BRASIL VEJO ISSO AÍ CADA VEZ PIOR!
Abraço a todos e viva a Liberdade!

Maria Letr@ disse...

Caros compatriotas,
Depois de ter lido TUDO o que foi aqui escrito, palavra por palavra, com muita atenção, curiosidade e (permitam-me dizê-lo) satisfação, eu gostaria de - usando a nossa, aqui bem confirmada, regalia da liberdade de expressão - dizer o seguinte sôbre estes comentários:
1. Comentário ao artigo (e comentários) do amigo João Soares: Excelentes! Não tenho nada, mas mesmo nada, a contrapôr ao que escreveu. Conheço-o suficientemente bem para, através do que escreve e defende, reconhecê-lo como um cidadão inteligentemente atento ao que se passa à sua volta, procurando, através do uso da escrita, porque mais não posso enunciar, ir 'tentando' bradar aos céus e ao Mundo, do que é que todos nós precisamos de corrigir para que os objectivos: Paz no Mundo - Amor entre os homens e Justiça Social - passem de meros 'sonhos' a realidades concretas. Bem haja, João!
2. Relativamente aos comentaristas que fizeram uso da abençoada e aqui já referida liberdade de expressão, fiquei feliz por verificar que qualquer deles teve a coragem de expôr os seus pontos de vista, independentemente de aceitarem, ou não, o julgamento feito por todos nós, àquilo que sentiram deverem escrever.

Constatei, porém, que há da parte de dois dos comentaristas, Bernardo e Carlos Rocha, um notório apego a duas ideologias políticas, completamente opostas, apesar da sua, afirmada, não filiação a qualquer um dos partidos. E é aqui que eu gostaria de chegar e expôr o que penso, porque sou livre (não?): Fiquei com a sensação de que, tanto num, como noutro, há uma demasiadamente acentuada determinação em defender valores afectos aos partidos PS e PCP. Quanto a mim, é aqui que reside a base do problema levantado ao ser discutida a liberdade de imprensa e atrever-me-ia a sugerir mais imparcialidade, até que seja provado (virá a ser?) de que lado está a razão. Senti que, de alguma forma, foi 'beliscada' a sensibilidade partidária de cada um dos dois referidos comentaristas e que, no desenvolver das suas justificações por comentário, suavemente, entraram no campo da necessária aceitação democrática da justificação dada pelo amigo João Soares. Poderei estar errada, mas isso não me liberta do regozijo que sinto por ver que, repito, democraticamente, cada um saíu 'limpinho' de maus juízos, pelo menos da minha parte.
Abençoada Lei Democrática que me permite fazer esta série de comentários.
Viva a Liberdade de Expressão!
Maria Letra

A. João Soares disse...

Cara Maria Letra,

Agradeço a amizade demonstrada pelas palavras que me dirige, que considero exageradas, mas gostava de as merecer.
Quanto à sua defesa da liberdade de expressão e de opinião não me surpreende por já ter lido vários escritos seus. Oxalá essa liberdade perdure e não nos venha a ser escamoteada, sob qualquer pretexto. A Democracia precisa dela, pois não conseguirá sobreviver sem ela. As boas decisões em defesa dos interesses nacionais devem ter em conta as opiniões dos diversos sectores do País e, para isso, deve haver liberdade de elas serem expressas. A decisão acabará por se traduzir na escolha da melhor solução, de entre as possíveis, em conformidade com o critério referido em Pensar antes de decidir.

Um abraço
João