Todos os dias recebo muitos e-mails de várias origens e com diversos estilos, trazendo sinais de pessimismo acerca da situação actual e de falta de esperança numa solução. Parece que a confiança no governo e nos destinos do País vai desaparecendo à medida que o tempo passa.
Mas, apesar das tendências centralizadoras, do autoritarismo arrogante, e do «quero, posso e mando», a oposição está a mostrar-se vigilante e actuante, com propostas e sugestões que poderão moderar as ânsias absolutistas do Poder. Estas foram evidentes quando um ministro ainda sem ter a cadeira bem quente, disse «os eleitores deram-nos a maioria absoluta para nós governarmos como quisermos», o que mostrou a sua determinação para ignorar as promessas eleitorais e o programa de Governo, o que é condenável em termos de ética, moral e lealdade.
Mas, como os recentes títulos da Comunicação social abaixo linkados mostram, felizmente a oposição existe e está actuante, o que dá a esperança de a democracia não estar moribunda. A oposição tem o papel de moderar os ímpetos do Governo, sugerir alterações e novas soluções, tendo sempre em vista o desenvolvimento e a melhoria do bem-estar dos portugueses:
- Paulo Portas pede que recandidatura de Durão não seja arma de arremesso
- Sindicatos e PCP querem mais fiscalização a empresas em dificuldades
- Bloco de Esquerda defende “renacionalização” do sector de energia
- Graças ao Bloco
- Deputada do Bloco desafia PS a dizer o que pensa da nomeação de Domingo Névoa
- BE e Sá Fernandes criticam nomeação de Domingos Névoa para presidir Braval
- Paulo Portas quer explicações de Alberto Costa no Parlamento
- Legislatura do PS foi “uma clara oportunidade perdida”, disse vice-presidente do PSD
- PCP quer criminalizar o enriquecimento ilícito
- PSD quer criminalizar enriquecimento ilícito
- PCP e Bloco insatisfeitos com explicações do procurador sobre alegadas pressões a magistrados
- Louçã acusa PS de "não querer" combater a corrupção e o enriquecimento ilícito
- Juiz propõe criminalização do "enriquecimento ilícito"
- Ferreira Leite acusa Governo de confundir prioridades ao escolher ministro com maior problema do país para coordenar eleições no PS
- PSD Ferreira Leite acusa PS de preterir interesse nacional
terça-feira, 7 de abril de 2009
Felizmente, há oposição
Publicada por A. João Soares à(s) 18:10
Etiquetas: Democracia, oposição
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4 comentários:
Amigo A João Soares, deixe-me discordar num só ponto:
- A oposição, do maior partido (PSD) é inexistente ou quase nula, porque agora criticam todas as medidas de investimento Público que apoiaram anteriormente, e mesmo que as lançaram (O TGV não foi a Drª Manuela Ferreira Leite que o lançou?)
A verdadeira oposição, esta à esquerda, no BE e no PCP/PEV, esses sim, são oposição, mas são pequeninos, pode ser que cresçam nas próximas eleições, para ver se isto melhora...
Isto tem dias...
Abraços da Prisão
Caro Pulseira Electrónica,
O papel da oposição deve ser activo, pensando no interesse nacional, porque não tem que defender tachos e porque tem interesses em convencer os eleitores da sua dedicação ao bem público.
O PSD está desde há anos com graves problemas internos com sucessivas eleições de novos líderes que, mal tomam posse, são logo confrontados com oposição interna.
Os mais pequenos sem ambições de governo no curto prazo, têm mais liberdade para se pronunciarem e, nesse sentido, têm feito um bom trabalho que lhes permite falar alto no caso da corrupção. Seria interessante, ue quando oportuno tragam a público os projectos-lei que apresentaram anteriormente, sobre os temas em debate.
É urgente que os partidos criem um «Código de bem governar» para orientação do governo e da oposição. A colaboração desta é indispensável em decisões que se vão materializar durante muito tempo, como grandes investimentos e reformas da administração pública.
Alguma oposição vai funcionando, mas a lógica partidária sufoca a expressão do exercício cívico de muitos portugueses não enquadrados nestas estruturas. A lógica do poder que tem presidido ao funcionamento dos partidos já não consegue mobilizar a maioria dos portugueses e por isso cada vez menos reflecte o sentir dos cidadãos.
Duvido que consigam renovar-se e que se aproximem mais dos eleitores, o que pode ser muito mau para a Democracia.
Cumps
Caro Guardião,
Os partidos consideram o País como um condomínio fechado, bem cercado, onde a população não pode meter o bedelho. E não auguro longa duração para as emissões em directo das discussões na AR, porque com elas o o povo vê quem eles são, sem cortes nem retoques. Uma vergonhosa exposição de crâneos vazios de ética, moral, educação e bom senso, salvo eventuais excepções.
Um abraço
João Soares
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