Os Produtores de Leite estão descontentes e prometem manifestar-se na rua contra a má distribuição dos dinheiros vindos da União Europeia, tal como aconteceu com os que foram recebidos na CEE. Vale a pena ler o artigo do JN com o título "Dinheiro da UE vai parar à costa do Estoril".
Ao reagirem contra as más decisões da tutela mostram que já despertaram, ou estão a despertar da letargia em que o País tem vivido, como mergulhado em coma induzido por um constante martelar de palavras vazias de conteúdo mas douradas com promessas irrealistas, sem pernas para andar. Estão a seguir as sugestões que têm vindo de pessoas que foram eleitas pelo povo e sentem o seu dever de alertar os mais distraídos.
Mário Soares disse e tem falado várias vezes em consonância com o tema de que o povo tem de usar o seu direito de manifestar a sua INDIGNAÇÃO. Cavaco Silva disse e tem insistido que nada se ganha com a RESIGNAÇÃO. Manuel Alegre, deputado e ex-candidato a PR, criticou a ABDICAÇÃO CÍVICA . Agora (24horas de ontem) Ramalho Eanes diz que os portugueses devem ser «MAIS EXIGENTES» com os governantes e que não podem deixar adormecer «a capacidade de se revoltarem» e, quando necessário, «substituir governantes».
Os agricultores, uma das actividades menos propensas à indignação, mais resignadas, mais dadas à abdicação e à esperança por «milagres» e menos dadas à exigência e à revolta, estão dar sinais de alvorada e de estarem conscientes de que devem lutar pelos seus direitos, em benefício de Portugal, hoje demasiado dependente das agriculturas estrangeiras por a nossa estar moribunda, em grande parte devido ao desvio dado aos dinheiros que lhe eram destinados, como diz o artigo citado.
Grande Angular - Novembro!
Há 1 hora
6 comentários:
Temos de restaurar a nossa agricultura, custe o que custar, assim como as nossas pescas. É um objectivo nacional que nos deve a todos mover.
Odete,
Sem dúvida que sim. Temos de recuperar muita da nossa capacidade de sobrevivência com soberania e auto subsistência, e reduzir a mossa dependência do exterior para sobreviver em casos de dificuldade.
Agricultura, pescas a e algumas indústrias, para não ir ao ponto de suprir as importações mais importantes.
Um abraço
João Soares
Amigos,
Realmente estamos numa total dependência em termos de produtos agricolas, e até nas pescas para já não falar no aspecto industrial.Os dinheiros recebidos não foram devidamente canalizados e aproveitados pelo que neste momento estamos a anos-luz de outros países europeus. Por outro lado os fundos que vieram umas vezes eram para fomentar o crescimento e melhoria de certas areas e outras para o seu derrube, criando-se assim a desertificação dessas mesma areas. Como exemplo disso lembro o aumento da produção do girassol para depois pagarem para o destruir. Com o leite aconteceu coisa semelhante! Isso tambem ajudou ao descalabro da nossa economia. Até parecia que havia interesse nisso para que depois ficassemos dependentes dos outros. Será que é um novo tipo de escravatura, esta escravatura económico-dependente! Talvez. Mas, até por isso, deverão os nossos trabalhadores, agricultores, pescadores e empresários começar a trabalhar por forma a podermos sair desta maldita situação!
Caro Luís,
Os nossos governantes desde há 35 anos não mostraram dedicação ao País, não mereceram o voto que lhes foi dado, para defenderem os interesses de Portugal, dos Portugueses. Não tiveram coragem e competência para, diante da comunidade europeia, defenderem Portugal e acabaram por submeter-se aos interesses de agricultores franceses e alemães. Ficámos sem capacidade de sobreviver no momento em que a UE termine (e tudo o que teve início, terá fim).
Internamente, não houve a honestidade de controlar a aplicação dos dinheiros que vieram da Europa para modernizarmos a nossa economia a fim de podermos aproximar-nos do mesmo nível dos parceiros europeus e estamos na mendicidade.
Merecem a máxima atenção as palavras do terceiro parágrafo do post, pelo que contêm e pelas bocas de onde saíram.
Um abraço.
João
Amigo João, eu acho que já disse isto, mas vou dizê-lo outra vez, é que a nossa indústria, assim como a Agricultura e pecuária, sofreram com a nossa entrada na CEE, enós nada ou muito pouco podemos fazer, não ser, que o estado cria-se uma marca, à imagem de outros países da UE, e incentiva-se o consumo dos produtos nacionais, pois nós temos do melhor leite, as melhores maçãs de montanha, as melhores alfaces, e muitos outros produtos que muitas vezes, por causa das cotas europeias são deitados ao lixo.
Eu penso que temos a solução, ela está à vista, basta vontade Política, que é coisa que eu não vejo.
Abraços do Beezz
Caro Beezz,
Obrigado pelo comentário. Concordo. Já deixei claro o meu pensamento sobre este problema no comentário anterior. A falta de auto-afirmação, a incompetência e a subserviência dos nossos políticos tem ficado bem patente nas relações com a Europa, com a América, com os Palop, com a Venezuela e com o Mugabe.
Um abraço
João Soares
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