A selvajaria ocorrida numa aula de francês entre uma aluna malcriada, sem ponta de civismo, que agrediu, pelo menos verbalmente, a professora, a quem não respeitou nem obedeceu, dando testemunho de não saber o que é educação e não ter pais competentes, é um trunfo impagável a favor dos professores.
Não estou a brincar, senhoras e senhores professores. É que cenas piores do que estas fazem parte do vosso quotidiano nas escolas sob tutela da ministra Maria de Lurdes, segundo dizem os órgãos da Comunicação Social, mas ninguém estava sensibilizado para a gravidade do problema. Por mais manifestações, comunicados, listas de assinaturas e entrevistas, nunca os senhores professores obteriam o efeito desta cena imprópria de um País do primeiro mundo, da forma com que o vídeo do Youtub conseguiu.
Com este vídeo, os professores podem argumentar junto dos assessores do ME, ignorantes das realidades, que é necessário e urgente estabelecer normas de comportamento cívico nas escolas, dando autoridade aos professores para utilizarem meios convincentes, responsabilizando os encarregados de educação pelos actos dos seus pupilos e criando um sistema de faltas disciplinares que conduzam à perda de ano escolar.
Uma escola em que aparece uma aluna a tomar a atitude que foi tornada pública no Mundo da Internet e em que os restantes alunos, não intervieram para evitar o prolongamento da indisciplina da malcriada menina (que poderá vir a ser assessora de ministro, deputada, governante, juíza ou qualquer outra função que, pela amostra, será mal desempenhada), não está a preparar para amanhã os adultos responsáveis de que Portugal precisa.
Há que dar uma volta ao funcionamento das escolas e isso é tarefa do ministério com a colaboração de professores. Estes devem, desde já, pressionar nesse sentido explorando os efeitos deste vídeo antes que o assunto arrefeça.
El País
Há 1 hora
9 comentários:
Olá João Soares , como vai voce?
Tudo bem? estou a visitar aqui seu blog que é muito interessante.
João a sala de aula era para aprender e nao para se tornar o que vimos aqui. Uma aluna derespeitosa , que não respeita a professora, é crítico demais .
Acreito que os pais precisam dar limites para seus filhos. Se isto acontecer com amor , este tipo de episódio nao existiria .
Lamentável.
Um grande abraço para voce .
Ray
Ainda bem que ainda há quem assim pense pois há muito paisinho e encarregado de educação que pensa que os seus "meninos" devem fazer o que lhes aprouver e os professores é que são uns "mausões". Sem disciplina e sem regras a escola deixa de ter a função primeira que é ensinar CIDADANIA à juventude. E não é com esta ministra que os Professores podem vir a ter o PRESTÍGIO necessário para grangearem o respeito dos seus alunos!!!!
Efectivamente, É de pequenino que se torce o pepino. É nos primeiros anos de vida que se aprende educação, a respeitar os outros, a «ter maneiras», isto é, a praticar o civismo.
Os pais têm nessa tarefa a maior responsabilidade porque actuam desde os primeiros dias de idade, antes de ser a ves de os professores actuarem.
Se na escola não houver respeito, disciplina, sentido das responsabilidades quando é que as pessoas aprendem esses preceitos da vida na colectividade?
Aos professores devem ser dadas condições para trabalhar, para transformarem a matéria prima que lhes é dada em obras de arte, como qualquer escultor, em adultos válidos para a sociedade e para si próprios.
Abraço
A. João Soares
Caro Ray,
Inteiramente de acordo com as suas palavras. No comentário anterior expus alguns aspectos da minha ideia que parece estar de acordo consigo.
Abraço
A. João Soarers
Trago para aqui um excerto do Editorial do DMN de 22 de Março, por realçar o facto ocorrido e os efeitos a extrair dele.
O massacre de Santa Cruz não terá sido o mais terrível ocorrido em Timor durante a ocupação indonésia, mas a diferença é que foi filmado e visto no mundo inteiro. Também a agressão numa escola do Porto de uma aluna a uma professora não terá sido a pior do género ocorrida em Portugal, mas a diferença é exactamente a mesma: ter sido vista por todos. E se Timor deixou de ser um problema menor da política internacional a partir de 1991, talvez agora a questão da violência nas escolas/autoridade dos professores passe igualmente a ser um tema urgente da agenda política nacional. Para que se encontrem soluções. Aquilo que é visto é mais chocante do que aquilo é contado. E agora não há desculpa para alegar ignorância.
Em todo este episódio da escola portuense há ainda uma ironia: o uso de um telemóvel por uma aluna na sala de aula causou o problema; o uso de um telemóvel por um aluno, que filmou toda a cena, permitiu que fosse conhecido...
A. João Soares
Desejos de umas felizes festas pascais.
Com um abraco dalgodrense.
Agradeço e retribuo os desejos de Feliz Páscoa
E subscrevo as palavras do amigo Luiz Santilli:
«Nas minhas concepções de vida, todos os dias são de renascimento, de renovação, de harmonização de nossas capacidades físicas e mentais.
Não tenho dia especial para nada, todos os meus dias são especiais, pois ao acordar de manhã, tenho a dádiva da natureza de viver mais uma jornada de minha existência, para praticar a compaixão, a ajuda verdadeira e vivenciar um ser humano digno.
Não festejo nenhuma data, pois datas são apenas símbolos.
Minha opção é por atitudes!
Mas respeito as opções de todos, e respeito, na certeza de que as minhas também serão respeitadas.»
Abraço
A. João Soares
Noticia muito actual:
"Mãe teve de pagar por agressão do filho
Um tribunal da cidade espanhola de Sevilha condenou uma mãe a pagar uma multa de 14 mil euros, depois do seu filho ter agredido um colega na escola.
Segundo noticia a edição electrónica do jornal El País, o tribunal considerou que foi o «laxismo e tolerância» maternos que permitiram a atitude do menor.
O dinheiro desta multa servirá também para custear os tratamentos dentários que a criança agredida necessita.
A mãe do agressor ainda terá tentado responsabilizar a escola, alegando que esta não tomou conta de forma eficaz dos alunos. Mas o tribunal não acolheu como válidos estes argumentos, considerando que «a brutalidade e a intensidade» das agressões são reflexo de «uma falta de fornecimento ou assimilação de educação e moderação»".
Quando isto começar a acontecer em Portugal vai diminuir de certeza a violência nas escolas. Há que coresponsabilizar os Pais e os Encarregados de Educação dos desmandos dos alunos.
Anónimo,
Sobre este assunto, das penalizações aos desacatos dos meninos, aconselho a leitura do comentário em «ONG. Uma solução para o País» em Do Mirante, de Zé da Burra, o Alentejano, idendificado como «Anónimo».
Um tema que se presta a polémica com troca de ideias abertas, sem preconceitos e bem argumentadas.
Abraço
A. João Soares
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