Muito se tem falado das «gorduras do Estado» e da necessidade de as eliminar.
Recentemente, foram anunciadas algumas medidas contra as fundações e logo surgiram as esperadas reacções daqueles que se sentem lesados nos benefícios que vinham usufruindo.
Em teoria e ideologia, é provável que todas as fundações tenham sido criadas para fins socialmente recomendáveis e usando métodos de gestão honestos, mas as realidades da sua existência, muitas vezes, ignoram as finalidades e as justificações visadas no momento da criação e tornaram-se pontos de fuga dos capitais do Estado, do dinheiro dos nossos impostos.
As notícias vindas a público mostram que a má gestão do dinheiro público acontece não apenas nas fundações (veja-se o post de 20 de Outubro de 2010 Fundação Cidade de Guimarães), mas também, de uma forma geral em milhares de actos públicos, principalmente nos contratos directos. Agora surge a notícia Câmara de Lisboa paga 19 mil euros a Mega Ferreira por estudo que já tem o que pode traduzir amiguismo ao amigo (Pesquisar no Google «CML – Antóno Mega Ferreira») por não ter sido reconduzido na presidência do CCB.
Torna-se urgente um esforço partilhado por todas as sedes de poder para reorganizar a sociedade, definir os destinos dos dinheiros públicos e fiscalizar rigorosamente as despesas públicas. Porque será que os ex-políticos e seus amigos e coniventes estão ricos, com pensões milionárias muitas vezes acumuladas e vários tachos???? Porque será que os políticos, apesar de terem cometido graves erros não se sentaram no banco dos réus???
Devemos meditar nesta tão grave situação que conduziu à crise em que nos encontramos, mas que não afecta os que beneficiaram com as causas que a ela conduziram, os quais continuam a querer colher o máximo com a sua continuação.
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Há 10 horas
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