segunda-feira, 25 de junho de 2012

Reformas estruturais são inadiáveis


Numa democracia, deve haver respeito pelas leis e pela Justiça, na medida em que ambas sejam aplicadas indiscriminadamente a qualquer cidadão independentemente da sua condição social ou de fortuna. Um dogma incontroverso é a igualdade dos cidadãos perante a lei.

Mas, infelizmente, a nível Estado, há filhos e há enteados, como se conclui por inúmeros casos vindos a público e que os políticos fingem ignorar em atitude de frequentes indícios de falta de vergonha e de ética.

Agora surge a notícia Sargentos e praças vão entregar ao PM protesto contra desigualdades entre portugueses o que constitui mais um sinal de mal-estar de num sector nacional que, pela formação ética, disciplinar e patriótica, não deve ser negligenciado.

E como muito se tem falado com serviços secretos ou de informações, deve ser tido em atenção que o processamento de «informações», começa com a avaliação de «indícios técnicos» e das relações entre eles para concluir da sua veracidade, credibilidade e significado. Tem sido aqui alertado para o perigo de acções menos pacíficas, se as tão prometidas reformas estruturais não vierem em tempo oportuno resolver ordeiramente os problemas do país a contento dos portugueses em geral, e não apenas dos protegidos do regime.

Outros sinais foram aqui trazidos em 20/01/200727/07/200710/03/200811/04/200806/11/20812/11/200830/01/2009... 18/07/201013/06/201223/06/2012…, não para fazer apologia de acções de força, mas porque as detesto e pretendo ajudar a evitar, alertando para a necessidade de adoptar medidas sensatas e adequadas com preocupações realistas e pragmáticas. A notícia atrás referida faz lembrar uma suspeita de amigo dedicado à história recente que diz que a revolução de 1926 foi liderada por generais e uma Unidade militar e a de 1074 foi liderada por capitães, podendo vir a suceder que a de 2012 ou 2013 seja conduzida por sargentos.

Para evitar actos de violência que sempre prejudicam mais os inocentes que, já do antecedente, eram vítimas e deixam escapar os que deviam estar na mira da acção, convém assumir com perfeito sentido de Estado que «as reformas estruturais são inadiáveis» e devem ser preparadas com o máximo cuidado e rigor, para criar um Estado com ética, com justiça social, com honestidade na gestão dos recursos nacionais, sem corrupção, etc

Imagem de arquivo

2 comentários:

José Morais da Silva disse...

Concordo plenamente! Não ao apelo à violência, mas sim recordar que se não forem tomadas as mediadas prometidas mas ainda não cumpridas de re-negociar as condições de pagamento das PPPs, o encerramento de algumas Fundações e organismos paralelos dos Ministérios de utilidade duvidosa a não ser a de manterem as famigerads Administrações para os "boys e girls", o encerramento de algumas Empresas Municipais, os constantes ajustes directos para aquisição de serviços ( veja-se a despesa com ajustes directos para alguns grandes escritórios de advogados amigos),bens e grandes obras, as nomeações de amigos para a Função Pública com suplementos de vencimento que escondem a atribuição dos subsídios de Férias e de Natal e acima de tudo uma Justiça clara e rápida e que ataque em força a corrupção que grassa pelo País.
Se isto não for feito e com rapidez e o Governo tiver a lata de vir com mais medidas de austeridade não tenham dúvidas, senhores políticos que vai ter lugar uma implosão social e depois, o que võ os senhores fazer? E com que crebilidade? E se o poder cair na rua?

A. João Soares disse...

Caro Morais da Silva,

Obrigado pelas suas palavras, claras, objectivas, sem as habilidades de fuga usadas pelos políticos.
A AUSTERIDADE que temos vindo a sofrer só esmagou uma parte da população, a mais indefesa e que é sempre a mesma. Para não me alongar refiro apenas o corte de subsídio de férias e de Natal, a que se tem direito e que por lei não pode ser retirado, representa um roubo de 14,,29% do salário anual. Será que os pensionistas milionários do Estado, alguns com mais do que uma pensão, sofreram idêntico corte? a desigualdade da dos cidadãos perante a lei em geral e perante os sacrifícios agora aplicação agrava a injustiça social existente que tem vindo a ser agravada.

Foi ontem dito que não estamos livre de mais austeridade, o que vai ser muito perigoso. E com isto perguntamos quem nos governa, é quem foi eleito ou a dita troika?
Quem governa Portugal ?

Quando acabam com os favores aos amigos?, Quando encerram organismos que são creches para filhos de amigos e lares de terceira idade para ex-políticos?
Quando decidem recordar as promessas feitas no 1º semestre de 2011 e começam a cumprir uma a uma ou, então, explicar porque o não fazem?

Um abraço
João