O cronista do JN, Paulo Ferreira no seu artigo Álvaro, o ministro tenrinho, aborda aspectos da situação actual que merecem reflexão e para os quais já aqui, por diversas ocasiões, foi chamada a atenção de governantes e políticos em geral.
«A democracia não legitima o insulto e a arruaça. Convinha que o ministro percebesse isso e dissesse isso, sob pena de um destes dias sofrer na pele os feitos de uma manifestação maior e mais descontrolada do que aquela.»
O ministro «foi de encontro a alguns manifestantes, à espera de com eles entabular uma frutífera conversa com explicações … (mas) esqueceu-se de algo essencial: o que tinha à frente já não era um grupo insuflado por palavras de ordem, mas sim pessoas desesperadas com o presente e receosas do futuro. O indivíduo que se estendeu em cima do carro que transportava o ministro não o fez por a ação estar prevista no cardápio da manifestação. Fê-lo com os olhos carregados de raiva, muito provavelmente por não conseguir, como milhares de outros portugueses, viver um dia sem fazer contas ao que sobra até ao final do mês.»
O autor atribui ao ministro sobranceria disfarçada de timidez, algo de narcisismo, a convicção de ser salvador de Portugal, e imaturidade política na abordagem de multidão enraivecida, sem noção de «que para acalmar a ira dos desesperos não bastam falinhas mansas».
A austeridade produziu os efeitos indesejados de acordar o povo que verifica que o sacrifício ainda não lhe trouxe compensação, antes pelo contrário, e que não vislumbra medidas concretas que lhe dêem esperança de melhores dias. Este pequeno sinal de despertar, pode ser prenúncio de maior violência, o que deve servir de meditação para o Poder usar melhores medidas a pensar nas pessoas e nos problemas que as preocupam.
Para ler todo o artigo deve fazer clic no link da notícia. Também podem ser lidas as seguintes notícias:
- Ministro da Economia assobiado e travado por manifestantes na Covilhã
- Ministro da Economia insultado e vaiado na Covilhã
- Ministro da Economia desvaloriza contestação na Covilhã
Imagem de arquivo
«A democracia não legitima o insulto e a arruaça. Convinha que o ministro percebesse isso e dissesse isso, sob pena de um destes dias sofrer na pele os feitos de uma manifestação maior e mais descontrolada do que aquela.»
O ministro «foi de encontro a alguns manifestantes, à espera de com eles entabular uma frutífera conversa com explicações … (mas) esqueceu-se de algo essencial: o que tinha à frente já não era um grupo insuflado por palavras de ordem, mas sim pessoas desesperadas com o presente e receosas do futuro. O indivíduo que se estendeu em cima do carro que transportava o ministro não o fez por a ação estar prevista no cardápio da manifestação. Fê-lo com os olhos carregados de raiva, muito provavelmente por não conseguir, como milhares de outros portugueses, viver um dia sem fazer contas ao que sobra até ao final do mês.»
O autor atribui ao ministro sobranceria disfarçada de timidez, algo de narcisismo, a convicção de ser salvador de Portugal, e imaturidade política na abordagem de multidão enraivecida, sem noção de «que para acalmar a ira dos desesperos não bastam falinhas mansas».
A austeridade produziu os efeitos indesejados de acordar o povo que verifica que o sacrifício ainda não lhe trouxe compensação, antes pelo contrário, e que não vislumbra medidas concretas que lhe dêem esperança de melhores dias. Este pequeno sinal de despertar, pode ser prenúncio de maior violência, o que deve servir de meditação para o Poder usar melhores medidas a pensar nas pessoas e nos problemas que as preocupam.
Para ler todo o artigo deve fazer clic no link da notícia. Também podem ser lidas as seguintes notícias:
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