sexta-feira, 29 de junho de 2012

Futuro da periferia europeia

Terminada a exagerada euforia do Euro-futebol, é oportuno começar a pensar de forma sistemática sobre o Euro-moeda e sobre o futuro da periferia europeia principalmente na faixa mediterrânica, em que Portugal está incluído, em destaque.

Para esse efeito, será útil prestar atenção à análise de Costas Lapavitsas, professor de economia da SOAS (Escola de Estudos Africanos e Orientais da Universidade de Londres) constante na entrevista publicada no PÚBLICO com o título

“O debate tem de passar de como resgatar o euro a como gerir a ruptura ordeira do euro”

Sugiro que nos primeiros parágrafos resista á tentação de realçar o texto, porque, sem tal precaução, pode ficar com o texto todo realçado, o que deixa de ter significado !!!
Mas não resisto a transcrever a parte final: os países que saírem do euro «Irão precisar, claro, de um default na dívida pública. Mas irão também precisar de um programa amplo de reorganização das suas sociedades, o equivalente de um plano Marshall interno. Terão de reorganizar os seus recursos, reequilibrar as suas economias, terão de controlar os bancos e de lançar uma política industrial. A periferia da Europa precisa de reorganizar o seu sector produtivo, apostar em algumas áreas, ligar a produção à educação, reorganizar o Estado social».

Imagem de arquivo

1 comentário:

A. João Soares disse...

Por o achar de grande interesse, transcrevo o seguinte comentário recebido por e-mail:

Meu caro João Soares,
Conforme bem sabes não gosto de postar comentários em blogues, embora aprecie teus «blogspot»! Mas prefiro responder a tuas mensagens.
Concordo que estamos num momento escatológico de redefinição da Europa que queremos ser e do modo como pretendermos construir (ou reconstruir) essa sonhada «Europa das Nações» como um espaço de liberdade, prosperidade e paz, com base na solidariedade entre Estados!
Considero que a Europa como União de Estados solidários não pode continuar dividida entre um «centro norte» rico e um «sul periférico» pobre, tal como há dois séculos dizia Abraham Lincoln sobre a construção dos EUA: «Esta Nação não pode continuar metade livre e metade escrava»!
Nem tão pouco desejaria recordar as 1ª e 2ª Guerras Mundiais, que começaram por ser duas «guerras civis» europeias!...Será que ainda se torna necessário sofrer os horrores de uma 3ª guerra para os povos europeus aprenderem a conviver juntos em prosperidade e paz?!...Apesar de tudo, confiemos e esperemos que não!...Seria desastroso para a Europa e para o Mundo!!!
Abraço amigo,
AMF.