Cada vez sinto mais «orgulho» pelos políticos que temos e lamento a minha pequenez de conhecimentos que não me permite compreender as coisas tão belas que nos dizem. Que o Sr deputado Miguel Frasquilho (da idade do meu filho mais novo, também economista e agora catedrático na Universidade de Newark) queira “deixar uma janela de esperança e encorajamento à população portuguesa», é louvável pela boa intenção, mas não parece correcto que nos queira impingir um novo conceito de «crescimento positivo» como bandeira de Marketing do género das promessas do professor Mamadou que resolve todos os problemas de saúde, de sorte no amor, etc.
Se fala em «crescimento positivo» (mania da adjectivação!) deve ser porque haverá crescimento negativo? Qual a diferença? Será que o primeiro é para cima e o outro é para baixo? Faz lembrar o Dr. Pádua que diz que hoje há jovens que aumentam de estatura, não tanto em altura mas em peso, com crescimento do perímetro da cintura. Num país em crescimento negativo, o que é que aumenta? Será a recessão, o défice, a dívida?
Por Zeus, será bom que os políticos usem uma linguagem de verdade, clara, que não se preste a ilusões, nem a anedotas. Lembrem-se que há ignorantes como eu que não compreendem as palavras difíceis nem sequer os jogos difíceis com palavras fáceis, como é este do «crescimento positivo».
No entanto, não pense o Dr Frasquilho que estou agastado, pois não quero terminar sem o elogiar por, ao contrário do Dr Vítor Gaspar, não usar o verbo garantir, mas ficar-se pelo condicional «se as previsões da Comissão Europeia se concretizarem». É prudente. Cautela e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém!!!
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O Papo-Seco (Crónica) - 4417 carateres
Há 28 minutos
3 comentários:
Perdão! Ignorante como tu, vírgula!
Infelizmente, estes "senhores" sabem que a maior parte das pessoas para quem falam, que chamam "povo", porque chamarem "ralé" é politicamente incorrecto, veneram quem diz coisas que não se entendem...
O que eu ainda não entendi é este terrível complexo de inferioridade, esta tão grande falta de auto-estima do povo português, que tem uma História da qual se pode orgulhar e continua a ser um povo cheio de qualidades... Porquê? Quando é que começámos a ser assim?
Caríssimo Amigo João,
O complexo de inferioridade que o anterior comentarista salientou deve-se à falta de liderança de quem nos tem governado! É difícil ser-se optimista e ter-se força anímica com o espectro de desgraça em que vivemos há anos a esta parte!
É salutar, como dizes, que se comece a dar Esperança ao nosso Povo... Mas que essa Esperança possa ser concretizável e para isso se torna necessário que as políticas que se tomem sejam possíveis, credíveis e contemplem todos de uma forma equitativa. Não tem acontecido!
Espero que comecem a corrigir essas actuações por forma a podermos acreditar num futuro melhor! É que até agora as leis não têm sido iguais para todos... Há sempre uns "apadrinhados" que ficam de fora dos sacrifícios que nos são pedidos. Assim a credibilidade perde-se!
Um abraço amigo e solidário.
Amiga Lélé e caro Luís,
Fomos um povo de heróis, demos novos mundos ao mundo, depois adormecemos. Porém, um dia, houve um grupo que acordou e fez o 25 de Abril. Depois o poder caiu na mão de ambiciosos que só olham para o próprio umbigo e para a conta bancária que têm no offshore e, dos heróis de antigamente, só resta a lembrança mal lembrada, que procura ser esquecida pelos vendedores da banha de cobra que nos querem enganar a cada passo.
Há uma ignorância e uma ausência total de noções de gestão séria. Parece que seriam incapazes de gerir uma mercearia e nem se deveria ter pensado em lhes entregar os destinos de um país.
Passados 8 (oito) meses com as rédeas do Poder na mãos, o País está pior. Estão a aumentar a recessão e não dão sinais de ela passar.
Como dizia o saudoso Pinheiro de Azevedo aquilo que estes tipos dizem «É SÓ FUMAÇA» e, infelizmente, «O POVO É SERENO», demasiado sereno.
Quanto às leis serem iguais para todos, já aqui citei o caso da Islândia e, como parece não ter sido lido, vou deixar novamente o link
Islândia triplicará seu crescimento em 2012 após a prisão de políticos e banqueiros
É pena que os vaidosos e arrogantes governantes portugueses não se deixem da sua teimosia do tipo «custe o que custar» e não procurem seguir os bons exemplos que vêm de países que estão a resolver os seus problemas com decisões correctas, sem andarem pela mão de estrangeiros que não estão muito interessados na nossa sorte, mas sim nos benefícios dos poderes mais ou menos ocultos a que estão ligados.
Esses poderes ocultos já obrigaram a Grécia e a Itália a ter primeiros ministros não eleitos mas impostos por tal Poder ditatorial mundial. Já dizem que o professor António Borges foi pelo tal poder retirado do lugar que ocupava da respectiva organização para vir para cá preparar-se para assumir o lugar de PM, em breve, à semelhança da Grécia e da Itália.
E o povo, meu Deus, continuará a sofrer sem tomar uma atitude? A democracia é o poder do povo, mas este não assume a sua quota parte da soberania, porquê? Onde estão os líderes que o levarão à vitória? Quando será que a geração dos trinta anos deitará mãos à construção do país em que terá de viver? Desses é que tem de sair a força criadora, porque é a eles que o futuro mais interessa, e são eles que já têm responsabilidades que devem assumir, preparando a acção antes de agir, para não fazerem pior do que os exploradores das últimas quatro décadas.
Beijos à Lélé e abraço ao Luís
João
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