Buracos atrás de buracos mostram o estado caótico em que vegeta a gestão pública. Agora surge a notícia Hospitais fecham 2011 com buraco de pelo menos 383 milhões.
O que dizer de serviços públicos que demonstram, pela sua actuação, não terem o mínimo respeito pelo dinheiro dos impostos dos portugueses? Ao gerirem o seu orçamento sem respeito, sem rigor, sem disciplina, sem dignidade, como esperam depois encerrar as contas honestamente? Porque não existe um sistema eficaz de controlo, inspecção e sancionamento dos resultados da gestão? Qual tem sido o papel da Justiça perante estes desmandos?
Surge a grande dúvida, talvez certeza, do mau critério da nomeação dos gestores. Qual o seu laço de cumplicidade ou compadrio com o responsável da tutela que os nomeou? Em que critério se fundamentou quem os nomeou? Foram escolhidos por concurso público, para seleccionar os portugueses mais idóneos e capazes?
Com estas decisões mal preparadas não se estranha que o País esteja afundado nesta crise que nos esmaga. Há que reformar profundamente o sistema de gestão pública, com a máxima urgência.
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