Não podemos ficar indiferentes à notícia que informa que em Portugal Há 885 novos desempregados por dia, pois isso é um indício de situação explosiva de elevada gravidade, é uma bomba armadilhada de resultados imprevisíveis. Transcreve-se um pouco da notícia mas sugere-se a leitura atenta da totalidade, fazendo clic no seu título.
«A troika em Setembro passado avançava com perspectivas pessimistas: Portugal atingirá uma taxa de desemprego oficial de 13,5% ao longo de 2013, valor que seria o pico deste flagelo no país. O governo, na mesma altura, dizia que não. Vítor Gaspar não admitia um cenário tão grave, antecipando “só” um pico no desemprego de 13,3% e ao longo deste ano, depois tudo melhoraria ao longo do ano seguinte. Ambos estavam completamente enganados.
No final de 2011, o desemprego oficial bateu os recordes e chegou a 14%, fruto de um salto trimestral nunca antes visto: mais 1,6 pontos. E a tendência, como se antecipa nas previsões do governo e da troika, é piorar.
Mas mais do que números, falemos de pessoas. O que quer dizer um salto de 1,6 pontos percentuais no desemprego entre Outubro e Dezembro de 2011?
Este valor significa que em três meses mais de 81 mil residentes em Portugal ficaram sem emprego, qualquer coisa como 885 pessoas por dia em todos os 92 dias de Outubro a Dezembro, úteis ou não. No final de Dezembro, segundo dados divulgados ontem pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) havia 771 mil desempregados em Portugal. Em Outubro eram 689,6 mil.
Enquanto isso, a Alemanha bateu o recorde de pessoas empregadas desde a reunificação do país, com 41,6 milhões de trabalhadores em finais de 2011, mais 560 mil. Dados também ontem divulgados.»
NOTA: Além dos graves problemas sociais e de segurança interna, é preciso ver também a dinâmica do desenvolvimento. Para haver desenvolvimento tem que ser estimulado o empreendedorismo, a inovação, a criatividade e o trabalho orientado para produção que substitua importações e que aumente as exportações em sectores voltados para o futuro mais previsível.
Isto suscita algumas interrogações:
Que estímulos estão a ser dados ou vão ser implementados pelo Governo, para reactivar o emprego?
Como tem sido desenvolvido o diálogo com empresários (grandes, médios e pequenos), com jovens licenciados e potenciais empregadores?
Que conferências estão previstas para fomentar a inovação, a criatividade, ajustadas às realidades actuais e previsíveis?
É imperioso que os governantes, demais políticos e técnicos especializados se debrucem seriamente sobre este importantíssimo tema e em todos os factores que o podem influenciar.
Imagem do Ionline
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