São vários os comentadores que evidenciam preocupações de isenção, rigor e realismo que acusam o sistema financeiro mundial de ter gerado a actual crise e preconizam como solução a criação de novas regras mais adequadas a um futuro mais seguro e socialmente mais justo, sem deixar de temer uma rotura financeira mundial se a terapêutica ajustada não for aplicada sem demora.
Internamente, os nossos «sábios» têm demonstrado incapacidade para fazerem um diagnóstico credível e sugerir soluções promissoras de um futuro melhor. As medidas já anunciadas e as previstas no OE 2012 pecam por agravar o clima de injustiça social que já é demasiado preocupante. São o oposto daquilo que Milionários norte-americanos pedem: “Aumentem os nossos impostos” e de algumas medidas anunciadas em Itália e Grécia.
Porém, em hora ainda oportuna, surgiu a voz de pessoa bem colocada para sentir a crise financeira e que dá um sinal de alerta que não pode ser desprezado – Mantém-se a falta de regulação na área financeira, nota o presidente da CMVM.
O presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), Carlos Tavares, afirmou que as áreas financeiras não reguladas continuam não reguladas e as reguladas estão mais difíceis de regular. Apelou para que se evite “repetir os erros do passado”, um risco que, considerou, “não está afastado”.
Apesar de terem surgido diagnósticos muito bem feitos sobre as causas da crise, as regras de utilização, circulação e controlo dos instrumentos financeiros, ainda não beneficiaram de reestruturação que faça prever uma vida social e económica mais saudável nos próximos anos.
A rotura financeira mundial pode eclodir a qualquer momento.
Imagem do Público
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