Como a greve me impede de circular, e tenho que permanecer em casa, aproveito para alinhar alguns elementos que estão dispersos. Quanto à greve, apenas recordo o que consta em A greve é uma arma.Mas um dia de greve acaba por ser muito menos prejudicial do que uma «greve» suave, continuada consentida, tolerada, aceite – o imobilismo burocrático que domina a actividade de rotina, tornando-a menos eficiente. A diferença visível e mais propalada da greve oficialmente organizada reside no eco audível na Comunicação Social.
Seguem-se alguns casos na área que agora conheço melhor:
1. Há alguns anos o município decidiu fechar e tornar pago o estacionamento na área vizinha da PSP Trânsito. Embora pudesse colocar a «bilheteira» dez metros ao lado e a entrada ser pelo lado Leste da Praça, abusou do habitual desrespeito pelos peões e cortou totalmente o passeio com a instalação do contentor. Como o parqueamento não tem clientes foi desactivado mas a casota lá continua a lesar os direitos dos peões que, em tempo de chuva, têm que meter os sapatos na água quer contornem por um ou outro lado. A isso se referiu o post de 05-03-2010 Peões devem ser respeitados, mas que não alterou nada.
2. A Praça de Touros foi demolida em 2007. De seguida aplanaram o terreno e colocaram blocos de cimento, supostamente, para dividir o espaço a fim de ordenar o parqueamento em tão vasta área. Mas, passado pouco tempo, o porteiro acabou por ser retirado porque apenas ali era estacionado o seu carro! Continua sem utilização, nem obras, embora antes da demolição constasse haver projectos de construção de obras adequadas à área disponível. Consta que outros projectos apareceram, depois, mas a burocracia parece estar à espera de lubrificação adequada, para passar licença de construção. Semelhantes demoras no licenciamento de obras é visível em vários pontos da vila pelos cartazes afixados.
3. Em 5 de Dezembro de 2009, no post Cascais. Promessa não cumprida era referido o cartaz existente, aparentemente há vários anos, na Casa Henrique Sommer, que prometia obras a iniciar até Outubro de 2009. Ainda lá continua o cartaz, tendo-lhe sido retirada a promessa da data do início das obras.
4. Em 15-01-2009, no post Sarjetas, chuva e técnicos de hidráulica era referido o mau escoamento das águas pluviais, nomeadamente, na Avenida 25 de Abril entre o mercado e o cruzamento da R Amaro da Costa, em que o choque da água que desce, quando chove com intensidade, e os carros que sobem cria um jacto forte contínuo que torna impossível a utilização do passeio do lado Norte. Quem, por descuido, ali passar fica totalmente encharcado com água suja. Passados quase três anos, tudo continua na mesma, apesar de ter sido enviado e-mail ao presidente do município que respondeu mostrando intenção de rever o sistema de escoamento da água, e comunicou tal intenção ao sector «competente», mas, sem resultado visível.
5. Em 16-09-2011, enviei ao município um e-mail em que alertava para a situação de perigo criada por um pinheiro na Avenida Nossa Senhora do Rosário nas proximidades da antiga Praça de Touros na área em que foram abatidos três pinheiros junto das moradias. Ficou um que há muito me preocupa por estar com todo o peso inclinado para a faixa de rodagem, podendo desabar por efeito do vento, da chuva que humedeça o terreno junto da raiz, ou da sua própria velhice. Tal caso pode causar graves danos em carros e seus ocupantes. Seguiram fotografias para facilitar a compreensão do problema. Depois disso, abateram mais dois pinheiros, certamente sem apresentarem perigo semelhante e, também, em dia de vento forte, houve vários estragos nas proximidades, mas aquele pinheiro parece não ter merecido a devida atenção. Oxalá esta árvore não seja derrubada como a do parque de estacionamento contíguo ao Hipódromo que causou danos importantes.
6. No largo da Estação, encontra-se, como cartaz da cidade para quem chega de comboio, um prédio em construção embargado há vários anos. De quem depende a legislação que permita a resolução rápida de casos tão lesivas do interesse público? Também, ali perto na Rua Direita, dois sistemas de iluminação de Natal estão ancorados em prédios em ruínas ou com falta de manutenção. Porque continuam em tal estado de degradação?
O almirante e o medo
Há 29 minutos
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