Transcrição seguida de NOTA:
Coragem e patriotismo
Destak. 14 | 06 | 2011 19.36H. JOSÉ LUÍS SEIXAS
O silêncio que tem rodeado a formação do novo Governo pode ser um bom augúrio. Mais importante do que as linhas programáticas – as quais, em bom rigor, se acham desenhadas no memorando de entendimento que contratualiza o auxílio financeiro internacional – são as pessoas que irão assumir o timão deste barco tão frágil perante uma tempestade com a dimensão da que se avizinha. O governo destes tempos exige muito músculo, muito prestígio e muita determinação.
E, sobretudo, um enorme desprendimento e um grande patriotismo. Quando os portugueses sentirem na pele os sacrifícios de que, por enquanto, apenas se fala, os ‘rostos do poder’ serão apupados e vilipendiados. Então já ninguém se recordará do Eng. Sócrates, do memorando ou da crise internacional.
Nesse momento o governo em formação converter-se-á no bode expiatório do passado que colocou o País à beira do abismo. Serão os nomes dos seus ministros os pronunciados nas praças públicas como os responsáveis das muitas desgraças que baterão à porta de todos os portugueses. É bom ter presente que a memória histórica dos povos é um breve instante que se esvai como o fumo de um cigarro.
NOTA: Este texto não é profecia, antes um conclusão lógica da situação actual e recente. Nada se poderá resolver por um gesto de varinha mágica. É preciso inspirar a confiança do povo, através de verdade e transparência, de explicar as razões dos sacrifícios exigidos e os benefícios deles esperados, agir com rigor e bom senso para não cometer erros que possam afectar a confiança e a esperança das pessoas e o prestígio dos governantes. Para isso ,não pode esquecer-se o patriotismo, não se deixar pressionar por políticos partidários de baixa estatura ética que não sabem o que são os interesses nacionais e apenas visam regalias pessoais, como ficou visível nas palavras de Sílvia Ramos
E é preciso muito músculo, coragem e determinação para enfrentar as reformas indispensáveis para emagrecer o Estado e conter as despesas dentro das possibilidades das receitas, como por exemplo a eliminação de instituições inúteis que além dos custos financeiros acarreta aumento de burocracia e de ineficácia dos serviços públicos.
Portugal precisa que o Governo não fraqueje nesta via dolorosa e consiga vencer todas as dificuldades e escolhos que se lhe apresentarem no percurso.
Imagem do Google
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1 comentário:
É, veremos a quem dói.
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