As dificuldades, quando bem ultrapassadas, dão experiência e capacidade de racionalizar cada fase de um fabrico industrial ou de produção agrícola. Aquilo que vinha sendo feito por tradição, sem bem avaliar o método e sem se procurarem soluções alternativas pode sair da crise muito beneficiado, com melhorias de rendibilidade.
Em muitas actividades, em que a agricultura pode ser o caso mais grave, os produtores estão muito dispersos e descoordenados, trabalhando cada um por si, o que aumenta os custos de produção e as dificuldades da comercialização, de que se aproveitam intermediários em sequência desordenada que encarece o preço no consumidor.
A esta conclusão já chegaram os produtores de cereja que se associam para exportar em maiores quantidades e começam a mostrar-se interessados na criação de associações ou de cooperativas, embora estas há cerca de meio século tenham deixado fracas recordações.
É pena que a pouca escolaridade dos agricultores não tenha sido devidamente compensada por uma assistência mais eficaz por parte dos técnicos da Agricultura e da Economia, mas talvez a pressão dos intermediários, bem organizados e mais influentes, tenha impedido a adequação das estruturas de distribuição e a sua sujeição a regras mais racionais e propícias à justiça social, com benefício para produtores e consumidores.
Em todo o caso esta notícia já constitui um sinal de evolução que merece ser realçado.
Imagem do CM
El País
Há 2 horas
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