Depois das convulsões no Egipto no início deste ano que culminaram com o abandono do Poder por parte de Osni Mubarak, têm ocorrido frequentes manifestações de desagrado com as autoridades e a última, na noite de sexta-feira, fizeram dezenas de feridos em confrontos entre partidários e opositores de Mubarak.
É mais um caso a confirmar que é melhor evitar do que remediar, o que significa que o Poder deve prestar mais atenção à vontade do povo e não governar contra ele, mas sim para ele e por ele. Os governantes não devem considerar-se donos do País, mas sim servidores dos cidadãos e actuando em nome deles e com o pensamento em criar melhores condições de vida para a generalidade deles.
Os ouvidos do poder devem estar atentos a reclamações e lamentos dos cidadãos e resolver atempadamente aquilo que não está devidamente correcto e com justiça social. Dessa forma se poderá evitar convulsões violentas que sempre deixam rastilhos para posteriores confrontos, sempre indesejáveis pelos custos sócio-económicos que acarretam.
Fica aqui este alerta para a necessidade de prevenir situações graves de desagrado, principalmente neste período em que se deseja a melhor convergência de esforços para ultrapassar a crise que nos preocupa.
Imagem do Google
A Decisão do TEDH (397)
Há 2 horas
3 comentários:
É difícil conciliar medidas de mais austeridade sempre dirigidas aos que menos terão contribuído para a crise, sabendo-se que os seus responsáveis estão impunes, e muitos ganharam mesmo com tudo isto. Os apertos de cinto já têm muitos anos e a situação não melhorou, pelo contrário.
Cumps
Caro Guardião,
A história e a experiência recente mostram que os políticos e os poderosos estão conluiados, ou melhor os primeiros estão pressionados e maniatados pelos segundos e fazem aquilo que estes desejam. O sacrificado é sempre o mais pobres que tema menos peso de influência.
Mas quando o mais sacrificado se revolta as coisas não melhoram para ele. O pPoder fica sempre na mão do mais forte.
Por isso o governante deve ter ética e governar para o povo, com o povo.
Transcrevo umas palavras ditas por António José Seguro no lançamento do seu livro do seu livro «COMPROMISSO PARA O FUTURO»
Na sua intervenção, António José Seguro fez um rasgado elogio a Mário Soares, considerando que o ex-chefe de Estado personifica “a liberdade livre” e que deixou a lição de que “é o futuro que conta” e que só pelo futuro “a política ganha relevância”.
Depois, Seguro fez uma vigorosa defesa da ética e da moral ao serviço da política, numa conjuntura em que “as palavras em política estão gastas e desacreditadas”, em que os cidadãos estão distantes e desiludidos com a política e em que os votos brancos e a abstenção aumentam em cada ato eleitoral.
“Há muita coisa a mudar no regime político português. Alguns estudos revelam que os portugueses são críticos do funcionamento em concreto da democracia, mas persistem fiéis aos valores dessa mesma democracia. Cabe a cada um de nós reduzir essa tensão que existe entre democracia ideia e real, através do exemplo, de novas atitudes e sermos coerentes entre a nossa palavra e a nossa acção política”, disse.
Segundo Seguro, a vida pública “exige ética e transparência – e este livro aborda a ética e a transparência no exercício de cargos públicos e partidários”.
“Para mim, a ética republicana acrescenta à lei, é mais do que a lei. Muitas vezes somos confrontados com leis injustas que até nos podem trazer uma pequena vantagem patrimonial, mas, confrontados com a nossa exigência e princípios, consideramos ser nossa obrigação não beneficiar dela, ainda que legalmente possa ser admitido”, apontou a título de exemplo.
Do seu comportamento anterior não é difícil acreditar na sua sinceridade. E haverá bom efeito se aparecerem muitos outros políticos a dizer o mesmo. As palavras acabarão por influencias os comportamentos.
Abraço
João
Para haver «justiça social» e reduzir o fosso entre os mais ricos e os mais pobres, tema não debatido tanto como o necessário, surgiu agora a opinião do mega-milionário americano Warren Buffett. Devemos ler, meditar e divulgar a ideia.
"Parem de acarinhar os super-ricos", pede o milionário Warren Buffett
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