Neste espaço, tem havido a preocupação de realçar casos que contrariam a ideia de que os jovens pertencem a uma «geração rasca». Não há regra sem excepção e, com vista a fomentar um futuro melhor para as gerações mais jovens, convém sublinhar os casos positivos.
Há muitos meses a ANEBE - Associação Nacional de Empresas de Bebidas Espirituosas – criou um incentivo para os jovens cultivarem o espírito da «taxa zero de alcoolemia». Trata-se de uma iniciativa muito interessante por contrariar o vulgar espírito de lucro através de maior consumo, sobrepondo-lhe a função social de uma empresa, neste caso, zelando pela saúde e pela segurança dos consumidores.
A ANEBE, presidida pelo ainda Jovem Mário Moniz Barreto, promotora da iniciativa "100%Cool", desenvolve acções para promover o consumo moderado de álcool e colabora com a GNR em operações de controlo de taxa de alcoolemia, com fins didácticos nas noites das grandes cidades em locais onde o perigo de excessos pode ser mais provável.
Na noite da passada quinta-feira foram fiscalizados em Lisboa 160 condutores, com idades entre os 18 e os 30 anos, dos quais 144 apresentaram uma taxa de zero gramas de álcool por litro de sangue. De entre os 160 testes realizados apenas um estava em infracção legal, acima dos 0,5 gramas por litro de sangue. A seis dos condutores fiscalizados foi detectada uma taxa de alcoolemia entre os zero e os 0,5 gramas.
É positivo que os jovens se desloquem em grupo para os locais nocturnos e que um deles se comprometa a não ingerir álcool a fim de conduzir os amigos a casa em segurança.
O presidente da ANEBE faz um balanço «extremamente positivo» desta acção e realça que «90 por cento dos jovens fiscalizados tinham conhecimento da campanha e começam a alterar os seus comportamentos».
Imagem da NET
A Decisão do TEDH (397)
Há 2 horas
2 comentários:
O abuso ainda existe e é uma pena que gente tão jovem se enfrasque a cada fim-de-semana. Ainda bem que vão existindo campanhas destas.
Cumps
Amigo Guardião,
Desejo que tenha uma boa continuação das Festas.
Os abusos e as atitudes polémicas são próprias da juventude, numa afirmação de capacidades adultas ainda não estruturadas. É pena que muitas vezes sejam demasiado prejudiciais à saúde e à sociedade. De uma forma geral, há nos portugueses desprezo pelas medidas de segurança, de precaução de bom senso e uma acentuada propensão para o perigo e o risco. Pode ser fruto de uma educação mal conduzida pelos pais, desde a amais tenra idade e, depois, pelo ensino escolar. Vive-se de ilusões e com desprezo pelas realidades mas são estas a principal matéría-prima das nossas vidas.
Os idosos hoje são pouco ouvidos pelos jovens mas tem havido da parte deles pouca consciência de que as realidades se foram tornando diferentes diferentes, principalmente nos tempos actuais.
A juventude sempre se entregou a atitudes consideradas irreverentes, como disse o Velho do Restelo nos Lusíadas, mas hoje é mais grave, segundo o ponto de vista dos idosos. Porém, isso é compreensível, porque os jovens precisam inovar, criar novos sistemas, novas actividades, novas maneiras de estar na vida, porque a isso obrigam as profundas alterações que o mundo sofreu.
E não podemos esquecer que eles recebem uma herança de vícios graves: corrupção, tráfico de influências, insensatez na gestão pública, dívida escandalosamente elevada, etc.
Por isso a ANEBE, não vai pelo caminho da moralização radical, mas sim pelos condicionamentos que tornam a vida mais saudável e segura, sem restringir pequenos abusos por parte dos que não colocam a vida alheia em perigo.
Merece ser sublinhada esta campanha de uma associação de empresas que, pela lógica empresarial, estão interessadas no consumo do álcool.
Em vez de condenarmos os jovens de uma forma geral, devemos realçar aquilo que neles surge de mais positivo, para que as melhores atitudes sirvam de exemplo e de estímulo para comportamentos mais positivos tendo em vista um mundo melhor.
Abraço
João
Saúde e Alimentação
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